Em um conto do vencedor do prêmio do Nobel de Literatura, Gabriel Garcia Márquez, a cantora mineira Mariana Nunes buscou referências e encontrou o nome de seu primeiro disco solo, "A Luz é como a Água".
No conto "A Luz é como a Água", do clássico livro "Doze Contos Peregrinos", de Garcia Márquez, duas crianças aproveitam a ausência dos pais para inundarem o apartamento de luz e navegarem entre os móveis da casa. Inspirada por esta imagem poética, Mariana Nunes convidou os compositores mineiros Flávio Henrique e Makely Ka para criarem juntos a faixa-título de seu primeiro trabalho solo. Em onze músicas, a intérprete se mostra fiel à MPB, mas passeia pelos sons do Nordeste, de Minas Gerais, de São Paulo e cria também forte interlocução com os timbres da América Latina.
Nas composições escolhidas para o disco, Mariana conta um pouco de sua história. "A Violeira", de Jobim e Chico Buarque, ganha ares autobiográficos. "Coração Civil", de Milton Nascimento e Brant, tem uma versão delicada e pessoal. A cantora ainda se lança com coragem na interpretação de Assum Branco (gravada anteriormente por Caetano, José Miguel Wisnik e Mônica Salmaso) e se diverte em "Rositas de Maiz", canção popular de Cuba, absorvida por ela durante uma turnê recente pela Ilha. O poema "Mortal Loucura", de Gregório de Matos, musicado por José Miguel Wisnik, com participação de Artur Andrés (Uakiti), fecha o disco com competência.
Preço – R$20,00
Faixas
01 - Sirena de la Tierra – Flávio Henrique
02 - A Violeira – Tom Jobim e Chico Buarque
03 - A Luz é como a Água – Flávio Henrique e Makely Ka
04 - Coração Civil – Milton Nascimento e Fernando brant
05 - Polícia. Bandido, Cachorro, Dentista – Sérgio Sampaio
06 - Rave no Sertão – Flávio Henrique
07 - Assum Preto – José Miguel Wisnik
08 - O Colibri – Flávio Henrique e Vander Lee
09 - Cecília – Luiz Cláudio Ramos e Chico Buarque
10 - Rositas de Maiz – F. Henrique, V. Santana, J. Perdigão e T. Mercador
11 - Mortal Loucura – Wisnik e Gregório de Matos
12 – Capulito de Alleli – Rafael Hernandez
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