segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Celso Moretti – Estilingue (2015)

O disco é o quinto da carreira de Celso Moretti e está sendo divulgado em várias cidades do país. Com 12 faixas autorais “Estilingue” conta com uma temática bem-definida. Inclusive o nome do álbum é uma referência do cantor sobre si. “O reggae saiu da Jamaica para o restante do mundo como se fosse uma arma. Quando comparo isso com minha música, vejo que ela é apenas um estilingue. Daí o nome da obra”, diz.

Celso Moretti é um ícone do reggae em Minas Gerais, por ser um dos pioneiros a introduzir o ritmo no Estado. Nascido em São João del Rei, o cantor teve sua formação praticamente construída em Contagem, aonde chegou aos 7 anos de idade. Na época, morador da Vila Nova Brasília, tomou gosto pela música e formou em 1984 a banda Nego Gato, considerada a primeira de reggae em Minas.

Da influência absorvida no período em que viveu na Vila Nova Brasília, Celso Moretti conservou o estilo que permanece em toda sua arte. Prova disso é a criação por ele do “reggae favela”, um gênero musical oriundo do reggae jamaicano com mistura de outros sons que o músico aprecia. Atualmente, ele é a maior referência do gênero em Minas Gerais e já conquistou o respeito da comunidade artística de todo o país.

Além de apresentações por todo o Brasil, Celso Moretti já esteve duas vezes no continente africano divulgando sua música. Em 2010, o cantor se apresentou em Senegal. Já em 2014, o músico fez dois shows na cidade de Kumasi, em Gana.

Preço - R$20,00

Faixas:
01 – Água Mole em Pedra Dura, Tanto Bate Até Que Fura (Não Pare a Luta) – Celso Moretti
02 – Rastaman – Celso Moretti
03 – Semente – Celso Moretti
04 – Tendiquerê – Celso Moretti
05 – Cadeira – Celso Moretti
06 – Ponto de Ônibus – Celso Moretti
07 – Pinta Daninha – Celso Moretti
08 – É A Lei – Celso Moretti
09 – Abraçar o Mundo – Celso Moretti
10 – Poder – Celso Moretti
11 – Gueto – Celso Moretti
12 – Referências – Celso Moretti

Maurício Tizumba - Galanga Chico Rei (2015)

“Galanga Chico Rei” traz 11 faixas, todas compostas por Paulo César Pinheiro, um dos mais consagrados compositores brasileiros, sendo três delas fruto da parceria de longa data com o cantor, violonista e produtor musical Sergio Santos e duas com o próprio Tizumba.

Oito das faixas gravadas nunca tinham sido registradas. O álbum foi produzido e arranjado por Sergio Santos, que responde, ainda, pelos violões e, em algumas faixas, pelos vocais. “Galanga Chico Rei” conta também com as vozes de Bia Nogueira e Júlia Dias, o piano e a sanfona de André Mehmari, a percussão de Sérgio Silva, o baixo acústico de Beto Lopes, o vibrafone de Antônio Loureiro e um quinteto de madeiras formado por Catherine Carignan, Cássia Lima, Alexandre Barros, Maria Liebrech e Marcus Julius Lander.

“A música da manifestação popular já existe, não cabe apenas repeti-la. Buscamos nesse trabalho uma linguagem instrumental distinta, que também se aproxima da música erudita e da música instrumental brasileira. Embora tenha esse colorido diferente, é um disco do Tizumba, enraizado nele”, explica Sergio Santos.

Com sofisticada sonoridade, que remete às nossas mais profundas raízes musicais afro-brasileira, sobretudo a do congado, o álbum é uma homenagem ao rei africano escravizado no Brasil e convertido em herói ao comprar a própria liberdade, adquirir riqueza e libertar centenas de outros escravos. A narrativa sonora, fruto de extensa pesquisa empreendida pelo próprio Paulo César, foi criada originalmente para a peça homônima escrita por ele, dirigida por João das Neves e protagonizada por Tizumba que estreou em 2011.

“O povo negro foi vitorioso também, não apenas sofredor. Precisamos contar as histórias desses heróis que a historia oficial tenta sempre apagar. Contar a história de Galanga, a história invisibilizada de um herói negro vencedor, é também um ato de resistência política e cultural”, diz Tizumba.

Preço – R$30,00

Faixas:
01 – Embaixada do Congo – Paulo César Pinheiro
02 – Capitão e Capitã – Paulo César Pinheiro
03 – Falange – Paulo César Pinheiro e Sérgio Santos
04 – Orumilá – Paulo César Pinheiro
05 – Galanga Chico Rei – Paulo César Pinheiro e Sérgio Santos
06 – Congado do Candombe – Paulo César Pinheiro
07 – A Rainha e a Princesa – Paulo César Pinheiro
08 – Congadeiro – Paulo César Pinheiro e Sérgio Santos
09 – Na Ginga do Congo – Paulo César Pinheiro
10 – Louvado Seja – Paulo César Pinheiro e Maurício Tizumba
11 – Viva Zambiapongo – Paulo César Pinheiro e Maurício Tizumba

Adrianna - Antes de Abrir os Olhos (2015)

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Tudo Bem – Robson Jorge, Lincoln Olivetti e Katia Garcia
02 – Com a Boca No Mundo – Rita Lee, Luiz Carlini e Lee Marcucci
03 – Tudo Que eu Preciso – Alexandre Massau, Egler Bruno, Thiago Corrêa e Xande Tamietti
04 – Envergo Mas Não Quebro – Lenine e Carlos Rennó
05 – Meu Alento – Péricles Garcia e Paulo Valle
06 – Absurdo – Carlos Pontual e Fernando Velloz
07 – Sem Saber – Adrianna
08 – Já Não Há Tempo – Adrianna e Barral Lima
09 – Resposta – Adriana Moreira, Play, Mônica Horta e Tibless
10 – Carrossel – William Magalhães, Sérgio Choppa, Cláudio Choppa e Cláudio Rosa
11 – Antes de Abrir os Olhos – Adrianna e Duke

Cristina Lourenzo - Parte de Mim (2015)

A cantora mineira lança seu primeiro CD com um trabalho autoral voltado para a música jovem, com leituras diversas entre todos os ritmos e musicalidade.
Produção musical - Renato Piau
Arranjos - Renato Piau, Humberto Araújo e Mário Silva

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Aliança – Tião Pinheiro e Léo Pinheiro
02 – Paixão – Herman Torres
03 – Por Um Momento – Haroldo Bala
04 – Cuida do que é seu em mim – Tião Pinheiro, Léo Pinheiro e J Bulhões
05 – Quadris – Zeca Costa e Cristina Louzeiro
06 – Aquela Janela – Zeca Costa
07 – Livro Raro – Zeca Costa e Haroldo Bala
08 – Arpejos de Lua – Haroldo Bala

Maurinho e Os Mauditos - O Riso do Tempo (2015)

Todo músico que já possui uma carreira, ou uma banda com uma trajetória de sucesso, costuma ter também um projeto paralelo. Não era o caso de Maurinho Berrodagua, ou Maurinho Nastácia. Mesmo depois de lançar dez CDs e rodar todo o país participando dos principais festivais de música com sua banda Tianastácia, como o Rock in Rio em 2001, ele ainda tinha muita música guardada na gaveta. Até que em 2009 ele foi convidado pelo então diretor de Programação da Rede Minas, Luciano Alckmin, para participar de um especial de Natal da emissora com projetos paralelos de músicos já famosos: "Maurinho, você tem um projeto paralelo?", perguntou Alckmin. Ele não tinha, mas dessa pergunta nasceu a banda Maurinho e os Mauditos (com u mesmo, pois é uma brincadeira com o nome dele).

Depois de quase seis anos, muitos shows, um CD gravado em 2009 e muito rock and roll ao lado de Fernando Murcego, bateria; Vinícius Cavalo Doido, baixo; e Lucas França, guitarra; será lançado o segundo CD, com nome de uma das músicas: O riso do tempo. Com produção musical de Ronaldo Gino, o disco foi gravado com recursos do Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte.

Todas as músicas do disco são de Maurinho Berrodagua. "Muita coisa eu já havia tentado compor para o Tianastácia, mas não se adequaram ao estilo da banda. Fui compondo rock, nu e cru, sem um enquadramento mercadológico. Esse disco não segue a receita básica do pop", comenta. Ao todo, são 9 novas músicas inéditas e a música Circus, que havia entrado como vinheta no disco Orange 7, do Tianastácia, e que agora ganhou corpo e está completa no Riso do tempo.

De acordo com Maurinho, as letras falam do dia-a-dia, do amor, da falta dele, da saudade, das drogas, da tristeza. Mas engana-se quem acha que o resultado final foi dramático. "Muito pelo contrário, é um disco alto astral, com muita energia!", pontua. "O tempo brinca com a gente, essa estrela que a gente vê hoje nem deve existir mais... O tempo e sua ironia, o seu riso. Daí, tiramos disso nossa inspiração para fazer rock!", conclui, se remetendo ao título do CD.

Tal pai, tal filho 
O disco tem participação especial de estrelas como Célio Balona (que toca acordeom em Pra vocês), Marcelo Brandão (viola de 10 cordas em O riso do tempo) e de Túlio Carvalho (cítara em Destilado). Mas o destaque mesmo vai para o garoto Zeca Porfírio, 12 anos, filho de Maurinho, que gravou três passagens do disco. "Gravei o som do metrô em Londres, de pedestres em uma rua de Dublin e de um piano que toquei em Berlim. Achei bem legal. Daí chamei meu filho para gravar umas guitarras em cima desses sons. Adorei o resultado, mas ele queria muito mais!", conta, orgulhoso.

Preço – R$15,00

Faixas:
01 – Destilado – Maurinho Berrodagua
02 – Madrugada – Maurinho Berrodagua, Piriquito Nastacia e Leonardo Lachini
03 – Fissura – Maurinho Berrodagua
04 – Passagem Metrô – Ronaldo Gino e Zeca Porfírio
05 – Me Tira Daqui – Maurinho Berrodagua
06 – Passagem Sinal de Pedestre – Zeca Porfírio e Ronaldo Gino
07 – Pra Vocês – Maurinho Berrodagua
08 – Passagem Pombos – Ronaldo Gino
09 – A Sua Tristeza – Maurinho Berrodagua
10 – Eu Não Me Lembro – Maurinho Berrodagua
11 -  O Riso do Tempo – Maurinho Berrodagua
12 – Circus – Maurinho Berrodagua
13 – Passagem Piano – Maurinho Berrodagua, Zeca Porfírio e Ronaldo Gino
14 – Desde Aquele Dia – Maurinho Berrodagua

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Assanhado Quarteto - Feira (2015)

O Assanhado Quarteto surgiu a partir de uma proposta coletiva de execução do repertório de choro com uma formação pouco convencional, utilizando instrumentos como o baixo-acústico, a bateria, a guitarra e o vibrafone.

A partir de sua criação, em 2011, seus integrantes passaram a arranjar e compor peças que combinassem com a instrumentação proposta, valendo-se de uma concepção estética singular dentre os que lidam com o gênero no Brasil.

Da característica dialógica e heterogênea do conjunto, surge o conceito de "Feira" - momento de troca; tempo de encontro; lugar de fascínio, por sua pluralidade, cores, densidade, secularidade e poesia. Na apresentação de lançamento de disco homônimo, o Assanhado busca sintetizar o intercâmbio, a troca e as múltiplas sociabilidades – vivências comuns às feiras livres e matérias-primas básicas para a confecção do primeiro registro fonográfico do grupo.

O resultado é um som dotado de personalidade, inovação e brasilidade, executado em show enérgico através do qual buscam a aproximação entre o público e o ambiente da música instrumental brasileira.

Preço – R$28,00

Faixas:
01 – Põe Fiado! – André Milagres, Lucas Ladeia e Rodrigo Heringer (Picolé)
02 – Tilho No Choro – Lucas Ladeia
03 – Dia Bom – Rodrigo Heringer (Picolé)
04 – Maíra – André Milagres
05 – Atreva-se – Lucas Ladeia
06 – Cocada Preta – André Milagres
07 – Trevithick Way – Lucas Telles
08 – Ao Mestre – André Milagres
09 – Bambolê – André Milagres
10 – Do Avarandado – Rodrigo Heringer (Picolé)

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Todos os Caetanos do Mundo – Pega a Melodia e Engole (2015)

"A gente tem que perder tempo, sim” é um trecho de “Então, Pense”, faixa que abre o álbum Pega a melodia e engole, da banda Todos os Caetanos do Mundo. A frase abre uma reflexão sobre o tempo, no nosso tempo. O tempo em que vivemos correndo, que desencontramos os amigos, as paixões, os amores. E o tempo que sobra, quando queremos o encontro da respiração, do abraço, do beijo. Sim, o tempo é o senhor do disco de estreia da banda belo-horizontina.

As canções passeiam, principalmente, pelo pop e pelo rock e traduzem nosso sentimento de falta de tempo e o modo como nos relacionamos uns com os outros na contemporaneidade, na maior parte do tempo, pela internet. Aliás, muitas ideias do álbum surgiram de encontros virtuais, com canções feitas por redes sociais, outras em quartos de hotel.

De cara, assim que recebi o link do disco, tudo bateu forte, foi profundo. Soou muito particular com o meu momento. Cada palavra cantada reafirmava a vontade de que é preciso dedicar-se mais ao outro; é preciso estar próximo de quem se ama. E o sentimento pipocava em passagens como “no momento, digo que tá foda”, da faixa “Sim”, e mais adiante, em “Farte-se”, em que a recomendação é parar de chorar, parar de lamentar e viver "sensacionais fins de semana inteiros".

Densa, a dançante “Sim” sinaliza uma saída da bolha que a gente cria a nossa volta. Encarar a realidade, de uma vez por todas, é a possibilidade de enxergar que dias melhores virão. Tudo é transitório. Nosso inverno pessoal acaba e acredita-se que “setembro sopra para um caminho feliz”. Tudo é poético.

O álbum também traz diálogos musicados, como em “Amanhã é Véspera”. Em boa parte da faixa, a voz de Julia Branco dialoga com o baixo de Thiago Braga; a canção cresce na medida em que o diálogo se intensifica e tem seu auge, entre desespero e alívio, marcado pelas guitarras de Luiz Rocha e a bateria de Adriano Goyatá. A faixa “Nhem-Nhem-Nhem também” também é uma conversa de (ótimas) rimas.

Um presente para a banda, amigos e fãs, é a participação especialíssima de Arnaldo Antunes, dividindo os vocais na faixa-título do álbum. “Pega a melodia e engole”, conhecida por frequentadores dos shows do grupo, ganhou outra dimensão. A letra é intensa e resume, de maneira clara, não apenas pelo nome, a síntese do trabalho. De um lado a voz doce de Julia, de outro, a voz grave de Arnaldo. Juntas formam um dueto de arrepiar. Coloco a faixa na pasta das músicas mais bonitas que ouvi nos últimos tempos. Ela cresce, cresce e, como sugere a letra, explode.

Importante mencionar que Arnaldo não aparece apenas na participação de “Pega a Melodia e Engole”. Na faixa “Farte-se”, é nítida a influência da obra do cantor e poeta paulistano sobre Todos os Caetanos: efeitos diversos, piano eletrônico e melodia que embala. Um hit. Consigo até imaginar Arnaldo dividindo o palco com o grupo e dançando à sua particular maneira. Seria sensacional.
Luiz Rocha assume os vocais em "Por que você só pensa em Deus?", a mais rock de todas as faixas, e na faixa "Pra nunca mais", onde os instrumentos marcam cada interrogação da letra.  A francesa “Là-Bas”, outra canção conhecida do público que acompanha a banda, é outra joia do disco. Suave e introspectiva, a música toca profundamente a alma.

“Tempo pra dizer” é a balada que encerra lindamente o álbum. Apesar de também falar de desencontro, ela exerce a função de responder várias perguntas que aparecem ao longo do trabalho produzido (e muito bem amarrado) pelo requisitado Chico Neves.

Todos os Caetanos do Mundo lança “Pega a Melodia e Engole” com um caldeirão de influências que dialogam com o grande inspirador da história, Caê. Ouça esse belo registro com tempo. Farte-se da sensibilidade dele e rabisque papéis, lousas, paredes. Ligue para alguém que há muito você não encontra. Ligue mesmo, não envie inbox! E convide-o para ouvir o disco junto e perder tempo.
*por Paulo Proença

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Então, Pense – Luiz Rocha
02 – Sim - Luiz Rocha e Natália Gomes
03 – Amanhã é Véspera - Luiz Rocha
04 – Pega a Melodia e engole - Luiz Rocha e Julia Branco
05 – Porque Voce só Pensa em Deus? - Luiz Rocha
06 – Farta-se - Luiz Rocha
07 – Nhem-Nhem-Nhem - Luiz Rocha e Julia Branco
08 – Pra Nunca Mais - Luiz Rocha e Thiago Braga
09 – Lá-Bas - Luiz Rocha e Luna Castell
10 – Tempo pra Dizer - Luiz Rocha, Julia Branco e Thiago Braga