terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Regina Souza – Inversões (2014)

Regina Souza é cantora, atriz, mineira de Belo Horizonte e tem 23 anos de carreira, alternado trabalhos de música e teatro.

Inversões é o seu terceiro CD solo, e foi produzido por Rodrigo Campello com direção artística de Pedrinho Alves Madeira.

Tudo começou em 2011, quando foi convidada a participar do Projeto “Aqui Jazz”, em Belo Horizonte, do qual o jornalista, pesquisador musical e gestor cultural Pedrinho Alves Madeira responde pela direção artística. No repertório, cantaria uma versão em português de “Blue Moon”, assinada por Rita Lee.

Depois de um ensaio, Pedrinho contou do seu desejo de criar um show somente com versões, e também “inversões”, canções brasileiras versadas para outras línguas. Propôs que fizessem juntos esse projeto que ele já vinha pesquisando há um tempo.

A partir daí, e durante vários meses, Regina escutou mais de noventa versões e inversões de todos os gêneros. Selecionaram o repertório e estrearam o show numa manhã de domingo no Parque Municipal, BH, no projeto SESC MPB.

Depois daquele show, e de outros que fizeram, Regina se viu completamente envolvida no universo das versões, principalmente do recorte indicado por Pedrinho, de clássicos americanos das décadas de 30, 40 e 50, e sugeriu que gravassem o CD.

E para produzi-lo, a cantora se inspirou no seu tio Francisco Mário, que em 1980 gravou o LP “Revolta dos Palhaços” através da venda antecipada do disco. O encarte trazia a assinatura de todas as pessoas que colaboraram e que apoiavam a ideia do disco independente.

E a partir de setembro de 2012 começou a enviar diversas cartas por e-mail, de venda antecipada, mesma época em que foi convidada pelo Grupo Galpão para participar da nova montagem, “Os Gigantes da Montanha”, de Luigi Pirandello, com direção do Gabriel Vilella.

E durante os dois anos que se passaram, alternando a música e o teatro, o CD foi sendo produzido, trazendo nessa primeira tiragem o nome dos 170 “co-produtores” que colaboraram com uma parte dos recursos do projeto.

O disco tem concepção, seleção de repertório e direção artística do Pedrinho Alves Madeira; arranjos e produção musical de Rodrigo Campello; direção de voz da Babaya; design gráfico do Guili Seara e fotos da Márcia Charnizon. Conta com os músicos Rodrigo Campello, Felipe Fantoni, Fernando “Bola Delgado”, Sacha Amback, Humberto Araújo, Aquiles Moraes, Everson Moraes, Paulino Dias, Pablo di Lauro e participações especiais de Clara Souza e Camila Nicácio.

Preço – R$30,00

Faixas:
01.Que De-Lindo (It’s De-Lovely)
Cole Porter – Versão: Carlos Rennó

02.Louca me chamam (Crazy he calls me)
Carl Sigman , Sidney Russell – Versão: Augusto Campos

03. Amada minha (Amado mio)
Doris Fisher, Allan Roberts

04. Samba e amore (Samba e amor)
Chico Buarque – Versão: Chico Buarque

05. Begin theBeguine (Begin the Beguine)
Cole Porter – Versão: Haroldo Barbosa

06. Blue moon (Blue moon)
Richard Rodgers, Lorenz Hart – Versão: Rita Lee

07. Como Um Rio (Cry me a river)
Arthur Hamilton – Versão: Nelson Motta

08. Sol da meia-noite (Midnight sun)
Johnny Mercer, Lionel Hampton, Sonny Burke - Versão: Aloysio de Oliveira

09. O amor é sempreamor (As time goes by)
Herman Hupfeld - Versão: Jair Amorim

10. No me digas adiós
Paquito, Luiz Soberano, João Correa da Silva

11. Oh! Que dia tão feliz (It’s a hap-hap-happyday)
J. Neiburg, Sammy Timberg, Winston Sharples – Versão: João de Barro

12. Rome (Chovendo na roseira)
Tom Jobim – Versão: Eddy Marnay

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Túlio Mourão – Come Toghether (2014)

Numa longa carreira com 12 álbuns, Come Together é o primeiro projeto de Túlio Mourão que não é autoral. O CD conta com 11 músicas, executadas por um trio instrumental – piano, baixo e bateria – em arranjos jazzísticos criados por Mourão.

Canções que o acompanham por toda a vida como She's Leaving Home, Lady Madonna, Eleanor Rigby, e outras tantas ganharam arranjos e recriações elaboradas  com a marca mais pessoal do artista, garantindo muito além de um registro,  mas também um emocionado  tributo.

Novas concepções, harmonias e grooves exalam da vivência musical que o músico exibe hoje e recriam as melodias em atmosfera arrojada e sofisticada.  “O trio, é um formato que propositadamente expõe os músicos com grande transparência para nuances e intenções, ao mesmo tempo que os desafia a criativamente a ocupar mais espaços” revela Tulio Mourão, que conta com as participações de Vagner Faria, Enéias Xavier e Pablo Souza (baixo), Edvaldo Ilzo e Lincoln Cheib (bateria) que se revezam nos baixos e bateria, e o pandeirista Túlio Araújo.

A música dos Beatles  tem  cativado  geração  após geração  desde seu aparecimento nos anos sessenta. O transcorrer do tempo tem contribuído para fixar a constatação de que as canções  nascidas  da dupla Lennon  McCartney  há muito migraram  de um  fenômeno  jovem  local  dos anos sessenta  para  o que hoje  se percebe como música planetária  onipresente  e eterna.

Para o músico Túlio Mourão, tocar Beatles não é questão de escolha, mas muito mais uma questão de identidade. Muitos amigos e estudantes do Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, ainda se lembram de Túlio, em final dos anos sessenta, tocando Beatles no piano do auditório. Matando aula? De certa forma...  De outra, o músico exercitava ou aprendia mais do ofício que marcaria sua vida.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Lady Madonna
02 – Things We Said Today
03 – Cant’Buy Me Love
04 – Here, There and Everywere
05 – Black Bird
06 – And I Love Her
07 – She’s Leaving Home
08 – Eleonor Rigby
09 – Al My Loving
10 – Ticket to Ride
11 – Come Together

Todas as músicas de Lennon e Mc Cartney

Tavinho Moura – Caboclo d’Água (1992)

Tavinho Moura - nome artístico de Otávio Augusto Pinto de Moura (Juiz de Fora, 9 de agosto de 1947), instrumentista, cantor e compositor mineiro da geração do Clube da Esquina - gravou vários discos e trilhas sonoras de filmes, com notável expressividade no meio musical e cinematográfico. Participou de festivais de música em Minas Gerais, onde conheceu Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Milton Nascimento e outros compositores mineiros ligados ao Clube da Esquina.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Caboclo d´água – Tavinho Moura
02 – Mato Grosso – Tavinho Moura
03 – Serra do Ão – Beto Lopes e Tavinho Moura
04 – Manoelzim da Crôa – Tavinho MouraInhuma – Zezinho da Viola
05 – Suindara
06 – Encontro das Águas – Tavinho Moura
07 – Dança do Mineiro Pau – Tavinho Moura
08 – Inhuma do Brejo – Tavinho Moura
09 – Dois Rios - Tavinho moura, Sergio Santos e Fernando Brant
10 – Noites do Sertão – Tavinho Moura e Milton Nascimento
11- Inhuma - Zezinho da Viola
12–  Minas Texas – Tavinho Moura
13 - Coração Disparado – Tavinho Moura
14 - Dona Menina - Tavinho Moura
15 - Alma de Gato - Tavinho Moura e Murilo Antunes

Tavinho Moura – Diadorado (1995)

Preço – R$25,00

Faixas:
01 - Diadorado - Tavinho Moura
02 - Marcha de Quadrilha -
03 - Capitão do Mato - Tavinho Moura
04 - Pegada da Onça - Tavinho Moura
05 - Inhuma Pantaneira - Almir Sater
06 - Estrela Alpacita - Tavinho Moura
07 - Pé Vermelho - Tavinho Moura
08 - Rosário de Mariá - Tavinho Moura e Murilo Antunes
09 - Rio Abaixo - Tradicional
10 - Romãozinho - Tavinho Moura
11 - Luduvina - Zezinho da Viola
12 - Corpo Fechado - Renato Andrade
13 - Manoel Por Fora Violeiro Por Dentro -Tavinho Moura
14 - Tinhosa - Manoel Neto de Oliveira
15 - Folia Sorriso de Nuvens - Tavinho Moura e Ronaldo Bastos

Tavinho Moura – O Tronco (1999)

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Morte de Virgilato
02 – Jabuti
03 – Serra da Maravilha
04 – Que Alegria meu Tio
05 – Alice
06 – Incendiários
07 – Vicente vai para a Cidade
08 – A Queima dos Documentos
09 – As Tropas começaram a Viagem
10 – Jabuti
11 – Dura Caminhada
12 – Chegada das Tropas
13 – Soldados vão a Fazenda
14 – Preparando a Retirada
15 – Fazendo a Mudança
16 – Emboscada
17 – Delírio e Morte do Coronel
18 – Catulino procura Deputado
19 – Jagunços
20 – O Tronco
21 – Anastácia na Igreja
22 – Vicente vai a Igreja
23 – Vicente e Anastácia
24 – Anastácia Foge
25 – Anastácia entre os Jagunços
26 – Jagunços perseguem Soldados
27 – Jagunços estão Chegando
28 – jagunços Atacam
29 – Homens no porão presos no Tronco
30 – Vai Virar um Inferno
31 – Quebrando a Coragem dos Homens
32 – Viva Nossa Vitória
33 – Desespero do Catulino
34 – Estão Matando os Prisioneiros
35 – Morte do Catulino
36 – vamos Voltar para Nossa Terra
37 – Vicente e o Jabuti
38 – Anastácia
39 – jagunços

Todas as músicas são de autoria de Tavinho Moura

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Fase Rosa – Leveza (2014)

Inspirada pela ideia de renovar os ritmos brasileiros mais populares a partir de uma estética moderna e urbana, a banda belo-horizontina A FASE ROSA volta à cena com o lançamento de seu mais novo álbum, LEVEZA.

Experimental e multiculturalista, com timbres ricos e sonoridade singular, o disco é norteado pela liberdade e leveza, tanto na criação como no conceito. No repertório, um apanhado das muitas possibilidades que permeiam o som do grupo, que tem sua força no suingue da música brasileira, aqui, revigorado pela energia própria de uma banda de rock. Tudo isso materializado de maneira prazerosa, exatamente como o nome do disco sugere.

Vigor renovado depois de um ano e meio desde a elogiada estreia com o CD “Homens Lentos”, é também a leveza que parece refletir nova luz sobre o processo criativo e a trajetória da banda, formada pelos músicos Fernando “Feijão” Monteiro (bateria e voz), Rafael José (guitarra e voz), Rodrigo Magalhães (baixo e voz) e Thales Silva (guitarra e voz). “É possível notar um diálogo ainda mais forte com os procedimentos de crítica e criação característicos dos artistas brasileiros.

Continuamos com o desejo de traduzir a música e a cultura brasileira para o mundo, mas respeitando e tentando compreender diariamente o que de fato somos”, observa o guitarrista Thales Silva. Nesse novo capítulo da história do grupo, a mudança é sutil, mas profunda. As letras do novo disco continuam muito críticas, politizadas e atentas ao que acontece ao redor dos músicos, mas o ângulo é outro – mais leve e otimista.

Em tom arrojado, de quem sempre optou por sair da zona de conforto, a aspiração que emerge do som e da fala do grupo é pela novidade, que, entretanto, não desconsidera as tradições. É da beleza, que gera encantamento, mas também dúvida e estranhamento, e se revela a partir da descoberta – para eles, sempre mais surpreendente.

Preço – R$30,00

Faixas:
01 – Mãos Unidas - Thales Silva
02 – A Praia - Thales Silva
03 – Leveza - Thales Silva
04 – Treasures and Tragedies - Thales Silva
05 – Paraíba - Rafael José e Thales Silva
06 – BH-SP - Thales Silva
07 – Guanabara - Thales Silva
08 – Essa nega me Falta! - Paula Berbert e Thales Silva
09 – Florzinha - Thales Silva
10 – Cheiro Bom - Paula Berbert
11 – Vadiar - Thales Silva
12 Coisa Preta - Thales Silva

Fernanda Takai – Na Medida do Impossível (2014)

Eu poderia responder apenas: porque eu sonhei assim!
Só que nada pode resumir com tanta facilidade os motivos que me levaram a fazer o disco desse jeitinho.

Tudo à primeira vista parece meio caótico musicalmente, mas foi pelas arestas que encontrei o encaixe de mundos tão distintos. Não pelo insólito. Pela nobreza de cada voz, compositor e músico que participa desse caminho.
Gente que ouvi muito durante minha vida, gente que cresceu profissionalmente à mesma época que eu, autores que talvez gerações desconheçam, parcerias que soam como sacrilégio ou privilégio…

Dediquei-me a esse álbum de uma forma agressivamente leve. Tinha prazos a cumprir e todos tem agenda comprometida.

Às vezes algumas vontades não acontecem por conta da inércia. Ou por timidez. Ou por qualquer um buzinar ao seu ouvido que isso “não funciona bem assim”.
Hoje com internet e avião, nada pode deter o encontro. Gastei todo o meu arsenal de convicção para convocar alguns amigos e outros que se tornam agora parte da minha história.

“Te mandei a música”, “vamos marcar?”, “eu vou aí!”, “sim, posso mudar o dia”, “eu te busco no aeroporto!”, “vale almoço no Xapuri…” foram frases recorrentes.
Tudo o que faço precisa ainda encontrar pares visuais e sensoriais, por isso o grande ajuntamento de talentos para embalar as canções. A equipe que se reuniu para dar conta dessa necessidade trabalhou de modo inspirado e obstinado. O projeto gráfico, a roupa, os vídeos, a produção, a logística, o patrocínio, a gravadora. A arte!
Não, não é só a música. É o olhar, o sorriso, a lágrima, o detalhe.
É o sim!

Foi por causa de várias respostas positivas que este disco aconteceu. O que me resta é esperar de volta alguma cumplicidade e satisfação de quem torceu a favor.
E quem mais quiser se juntar a nós…
Feliz eu já estou.
*por Fernanda Takai

Preço – R$30,00

Faixas:
01 – Doce Companhia – Julieta Venegas / versão Fernanda Takai
02 – Como dizia o Mestre – Benito de Paula
03 – De um Jeito ou de Outro – Marcelo Bonfá e Fernanda Takai
04 – A Pobreza (Paixão Proibida) – Renato Barros
05 – Seu Tipo - Fernanda Takai e Pitty
06 – You and Me and the Bright Blue Sky – Cholly
07 – Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme – Cleide
08 – Quase Desatento – Climério Ferreira, Fernanda Takai e Marina Lima
09 – Amar Como Jesus Amou – Pe. Zezinho
10 – Liz – Robson e Cesar de Merces
11 – Partida - Fernanda Takai
12 – Pra Curar essa Dor – George Michael – versão John Ulhoa
13 – Depois que o Sol Brilhar – Yann Pierre – versão Zélia Duncan

Janaína Moreno – Festeira (2014)

Gravado entre maio e julho de 2013 e com produção musical e arranjos do violonista Luiz Brasil, “Festeira” é disco inspirado na diversidade musical brasileira e inclui canções de ritmos variados - do samba ao pop - e lança Janaína ao desafio de passear por diferentes nuances com seu canto de voz suave e marcante numa incursão profunda na MPB contemporânea, passeando do hip hop ao baião, blues, baladas e o bom e velho rock.

Das 11 faixas, cinco são composições autorais de Janaína, como “Quintal das Ilusões”, inspirada na saudade da infância do filho numa balada com uma pitada de rock and roll. Em “Você só vale o que tem” destila um blues da saga de uma mulher feminista e determinada à frente de seu tempo, assim como em “Semeou Cumpadi” narra a transformação de uma mulher que deixa de ser submissa para mostrar-se segura diante da vida. Já em “Todo Mundo Notou”, ela apresenta uma canção pop com a participação do MC e seu parceiro na composição, Akira Presidente. Essa música, exclusivamente, tem produção de Janaína Moreno.

Um ponto forte é a canção-homenagem “Cantoras do Meu Brasil”, inédita do baiano Moraes Moreira que celebra as divas da música popular brasileira, citando entre tantas Carmem Miranda, Dalva de Oliveira, Araci de Almeida, Maysa e Clara Nunes. O álbum ainda possui regravações Chico Buarque de Holanda (“Assentamento”) e Paulo César Pinheiro (“Capoeira coração”), além de outras inéditas do sambista mineiro Dé Lucas (Clarear) e Beto Soroli (“Semeou cumpadi”). O álbum conta com programação visual e fotos de Vinicius Monzichuki.

Sobre Janaína
Atriz e cantora, Janaína Moreno seja cantando ou atuando no palco tem o talento de atrair a atenção do espectador. Foi assim que ao conhecê-la o ator e diretor Paulo José disse-lhe certa vez: “você é muito cantora. Invista!”. A moça que ainda aos sete anos de idade se apresentou em um programa de TV e com formação em artes cênicas aceitou o desafio. Há seis anos, Janaína partiu para o Rio de Janeiro, onde venceu concursos como o “Novos bambas do velho samba”, do tradicional bar Carioca da Gema e o prêmio “Divas da MPB”, que teve curadoria de Ná Ozetti, do titã Charles Gavin e Sérgio Cabral.
Já excursionou pela Espanha, Argentina, Holanda e Noruega, além de alguns países africanos e dividiu palco com nomes como Moraes Moreira, Alcione e Diogo Nogueira.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Festeira – Janaína Moreno
02 – Cantoras do Meu Brasil – Moraes Moreira
03 – Clarear – Dé Lucas
04 – Filha D’oxum – Thiago da Serrinha e Leo Antunes
05 – Quintal das Ilusões - Janaína Moreno
06 – Lampião de Maria - Janaína Moreno e Rafael Pondé
07 – Capoeira Coração – Paulo Cesar Pinheiro e Sombra
08 – Baião pra Ficar - Janaína Moreno e Thiago da Serrinha
09 – Semeou Cumpadi – Beto Soroli
10 – Assentamento – Chico Buarque
11 – Você só Vale o que Tem - Janaína Moreno e Glad Azevedo

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

The Junkie Dogs - The Junkie Dogs (2014)

Uma noite com os cinco rapazes do The Junkie Dogs é suficiente para acreditar que rebeldia e utopia são palavras que não rimam por acaso. Para os que acreditam que o rock’n’roll esteja fazendo barulho de menos nos tempos atuais, a trupe mostra porque tem motivos de sobra para ser ouvida.

Amigos inseparáveis desde uma festa impublicável em 23 de dezembro de 2002, Rafael Ludicanti, 32 anos; Bruno Leal Medeiros, Marcos Braccini, Marcos Sarieddine (os três com 33 anos) e Flávio Freitas, 37, estão entre os nomes mais badalados – e respeitados – da cena musical de BH. O disco é, portanto, uma oportunidade para os que querem conhecer um dos sons mais criativos que vêm sendo produzidos na cidade – e que parece ter em vista um futuro promissor.

Com letras feitas em inglês e música criada a partir de referências britânicas do Portishead e Led Zeppelin, os junkies foram buscar no livro “Junkie” (1953), de William Burroughs, a gêneses do nome. Aliás, todo o movimento literário Beatnik é influência para o grupo. “Jack Kerouac é nosso herói literários, ao lado de Rimbaud”, brada Ludicanti.

A quinta faixa do álbum, “Lost Paradise Temple”, é apontada pelo grupo não somente como a música mais “nobre” do disco, como a essência do que o quinteto acredita e canta.

“Somos uma banda que trata sobre fragilidades e vulnerabilidades. Nesta faixa, cantamos a fragilidade das coisas, do amor incondicional, da força a partir da vulnerabilidade e da fragilidade. A arte é o lugar onde é possível ser vulnerável sem ser ridículo, sem parecer idiota ou fraco. A arte nos permite ser profundamente verdadeiros”, afirma ele.

Segundo Medeiros, a banda tem ouvintes de perfis diferentes “e eu não acho que é um som chocante a ponto de não ser ouvido pela geração mais ‘antiga’, mas não há concessão na nossa música mesmo, porque ela foi feita de acordo com o que a gente gosta, com propósito de agradar nossos próprios ouvidos, no fim das contas”.

Com formação em ciências sociais, filosofia, belas artes, jornalismo e música, os junkies destacam que por muito tempo estiveram à procura do timbre perfeito. “Submetidos à paranoia da repetição, do rifle tocado múltiplas vezes. E eu acredito que ela (a música) pode alcançar áreas e pessoas que a gente não tem a menor ideia”, comenta Medeiros.

“Às vezes, as pessoas podem ter um impacto com o nome do grupo, mas, na verdade, a gênese da banda tem relação com a delicadeza. O nosso encontro tem muito a ver com isso, a própria capa do disco reproduz muito o que somos na verdade. Existe um repertório do Junkie extremamente delicado, que as pessoas não conhecem”, completa Braccini.

E antes que alguém sugira o contrário, Ludicanti reitera: “Nós, junkies, vemos o mundo de maneira utópica, romântica, irreal, ilusória, sonhadora, mas infinitamente mais interessante. Quem não concordar, que vá gravar o próprio disco”, brinca.
*por Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia

Preço – R$25,00

Faixas:
01. Pocket Fuck Friend
02. Shot By Dawn
03. Chasing Rapture
04. Brain Damage
05. Lost Paradise Temple
06. Celestial Peace
07. Junkie Girl
08. Cotton Club
09. Hurricane
10. 69 Blues
11. The Owl
12. Toxic Glue
13. Mystic Purse

Músicas e letras The Junkie Dogs

Mamutte – Quase-Disco (2014)

Há sete anos o jovem músico Mamutte, egresso do grupo Os Camarões, é atuante no cenário cultural do estado, realizando apresentações e shows em bares e festivais da capital mineira, bem como em outros municípios, além de premiações em festivais de música independente como intérprete e também como compositor (1° lugar no Festival Estudantil Maestro Villa Lobos;  1° lugar do Festival da Canção Universitária, ASSUFEMG no XXIII Rosas de Abril (UFMG); 2° lugar do Festibandas da rádio Extra FM e UNI-BH).

Mamutte utiliza-se de uma linguagem popular que percorre a sonoridade regional, o rock, ritmos afro-brasileiros e latinos.

Em 2014, apresenta o show solo “Voltou”. Depois de lançar em formato digital, pela internet o “Não Disco (de fundos de quarto – Grunidos, Cordas e Samplers)” em um registro de home Studio realizado em parceria com o músico Jorge Lucca, sem o acompanhamento de banda. Mamutte lança seu primeiro material discográfico, o EP “Quase Disco” produzido na cidade de Mariana (MG) com a participação de músicos locais.

A proposta estética do “Quase-Disco” propõe apresentar três registros estilísticos da possibilidade musical do artista. Trazendo uma dinâmica variada de registros vocais, como também das semântica das canções que tratam desde as relações sentimentais do humano e das condições do amor, objeto decorrente em outras fases criativas do autor, como de reflexões sobre políticas culturais e intertextos de expressões visuais e da história da arte. Em diálogo com a presença urbana do “Funck de Favela”, e as sonoridades regionais com viola caipira e rabeca, experimenta vocalizações onomatopaicas e abôio em seu canto. Trazendo no repertório rítmico o transito entre o ijéxá, maculêlê, maracatu, côcô e carimbó.

Preço – R$7,00

Faixas
01 – Met(amor)fode
02 – Canção Quase Disco
03 - FunCool

Composições, Violões, Voz e Direção Artística: Mamutte 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Eduardo Pio - Conversas de Bar (2014)

Cantor, compositor, instrumentista e produtor musical, o músico Eduardo Pio gravou o seu primeiro disco no ano de 2014.

O CD “Conversas de bar”, é o primeiro de sua carreira e apresenta 12 faixas inéditas e autorais do músico no universo do samba e samba-rock. Para realizar este artesanato sonoro e passar as ideias do papel ao disco, o compositor contou com um time de grandes músicos e amigos, dentre eles: Leonardo Brasilino, Rafael Pansica, Fábio Martins, Juventino Dias, Bruno Veloso, Samy Erick, Jonas Victor, Adriano Goyatá, Rodrigo Torino, Andrea Furtini, Paulo Espinha, Samuel Ekel, Sérgio Danilo, Gustavo Scarpa, Rômulo Oliveira, Rapha Dutra, Sheyla Barroso, Clarice Borges e Leonardo Mendonza.

A produção musical foi feita juntamente com seu parceiro Rafael Pansica.

O disco foi gravado nos estúdios Casa Antiga e Giffoni entre janeiro e novembro de 2014 sob os olhares e ouvidos dos técnicos Fabrício Galvani e Sérgio Giffoni.

As canções do disco são extrovertidas e engraçadas. Remetem a um clima divertido e malandro. As letras são crônicas sobre: futebol, paquera no baile, o chato, política, saudade, bêbado desiludido, exaltação a vida e sobre a mulher negra como musa. As letras são carregadas de bom humor e brasilidade e remetem a assuntos e conversas que não faltam em uma mesa de bar com os amigos.

Preco – R$25,00

Faixas:
01 – Croquete
02 – Mariola
03 – Magnífica
04 – Lá vem
05 – Cadê a Katia
06 – É(ti)tica
07 – Pela vida
08 – Baile de samba
09 – Cara do gol
10 – Conversa afiada
11 – Pão duro
12 – Fecha a conta

Todas as musicas são de autoria do Eduardo Pio