quinta-feira, 24 de julho de 2014

Músicas do Espinhaço – Janelas (2013)

 
Viabilizado através do projeto de música com o maior número de apoiadores na história do crowndfounding (patrocínio colaborativo) em Minas Gerais, o CD "Janelas", do grupo Músicas do Espinhaço, é lançado virtualmente nesta semana através do site e das redes sociais da banda. O trabalho, patrocinado por quase 300 fãs, é o resultado de um expressivo período criativo do grupo que culminou nas 19 canções do disco. Nos quase 80 minutos de áudio ininterruptos, Janelas apresenta composições de grande versatilidade, a maioria delas assinadas pelos próprios integrantes, mas também parcerias com o cantautor cearense Joaquim Izidro e Márcio Borges, lendário letrista que fundou com Milton Nascimento o Clube da Esquina.

Para a banda, formada no final de 2010, este é um momento bastante diferenciado. Depois de dois CDs produzidos quase que de maneira artesanal no estúdio caseiro do grupo, "Janelas" recebe cuidados de uma produção assinada pela própria banda, mas também por César Santos, que trabalhou com projetos de Paula Santoro, Robertinho Brant e mais recentemente Juliana Perdigão. As gravações aconteceram entre fevereiro e março de 2013 no Estúdio Verde, em Belo Horizonte, e contaram com a participação do jovem pianista Rodrigo Lana, do violeiro paulista João Arruda e de Joaquim Izidro.

Nas canções o grupo reitera sua proposta de interpretar as paisagens, os aspectos culturais e as histórias da Serra do Espinhaço, cadeia de montanhas entre Minas Gerais e a Bahia que recebeu o apelido de cordilheira do Brasil. Travessias, vilarejos esquecidos e personagens inesperados são os temas retratados pela singular sonoridade do Músicas do Espinhaço. Entre o regionalismo, o pop, o jazz e a riqueza harmônica do Clube da Esquina o grupo vai levantando suas bandeiras pela preservação, pela sustentabilidade e pela vida ao ar livre.

O trabalho está sendo parcialmente disponibilizado na internet. 13 das 19 canções podem ser baixadas gratuitamente no site da banda. Já o CD físico apresenta um projeto bastante inovador. Idealizado pela artista plástica Eloise Frota e Bernardo Puhler, a embalagem é feita com pano de chão, jornais e fitas, além de um encarte tradicional com ilustrações temáticas. "Tivemos a preocupação de apresentar algo fortemente embasado na sustentabilidade, com o reaproveitamento de materiais, e ainda desfrutar do espaço pra propagar conceitos mais abrangentes. Todos os jornais utilizados eram de cadernos 'leves e positivos' como cultura, entretenimento, turismo, etc", pontua Bernardo.

Preço – R$35,00

Faixas:
01 - Vale Barbado – Bernardo Puhler
02 – Mão do Sol - Bernardo Puhler
03 – O Correr de Vida Embrulha Tudo - Bernardo Puhler
04 – Namoradeira - Bernardo Puhler
05 – Luzir - Bernardo Puhler e Joaquim Izidro
06 – Varanda - Bernardo Puhler
07 – Alimento - Bernardo Puhler
08 – Borboletar - Bernardo Puhler
09 – A Travessia do Extremo Ermo - Bernardo Puhler
10 – Lua no Igarapé - Bernardo Puhler e Marcio Borges
11 – Janelas - Bernardo Puhler
12 – Limão Capeta - Bernardo Puhler
13 – Abraço-Espinhaço - Bernardo Puhler
14 – Gandarela - Bernardo Puhler
15 – Seu Zué - Bernardo Puhler e Rafael Furst
 16 – Fábrica de Tinta - Bernardo Puhler
17 – Capivari - Bernardo Puhler
18 – Brilho nos Óio - Bernardo Puhler
19 – Felicidade - Bernardo Puhler

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Paz-Me – Casa de Roça (2014)


Os mineiros da [Paz-Me] estão há mais de dez anos na estrada. Nesse meio tempo, já tocaram em diversos festivais ao redor do estado, já mudaram de formação algumas vezes e, o mais importante, nunca desistiram da vontade de fazer música autoral de qualidade.

Tendo como inspiração o Rock'n'roll dos anos 1970 e toda o lirismo das melodias e letras do Clube da Esquina, a banda acaba de lançar o primeiro álbum de sua carreira. "Casa de Roça" foi produzido entre 2011 e 2014, contando com a gravação e mixagem em um dos mais conhecidos estúdios de BH, a Pato Multimídia. As artes da capa e do encarte são de Glau Viana e Felipe Vilela, da Designalata. A data para o lançamento foi estrategicamente escolhida: dia 13 de julho, o Dia Mundial do Rock. Uma homenagem ao estilo que a [Paz-Me] segue, sem se deixar influenciar pela atual corrente do mercado fonográfico brasileiro.
A canção "Hoje você vai comigo" é uma das preferidas do público presente nas apresentações da banda, e foi lançada como single em 2009, no projeto Coletânea Membrana, e ganhou novos arranjos para o álbum. A nova versão conta com a participação da cantora e atriz Milene Viana.

Com letras que remetem à nostalgia, à exaltação do amor, da mulher (seja ela mãe, namorada ou protagonista de uma luta diária, como é o caso da sequência  "Da Preta", "Da Tereza" e "Da Maria), "Casa de Roça" remete ao gosto do interior de Minas, aos mais diversos sentimentos e ao Rock, claro, esse estilo que nunca morre.

[Paz-Me]: Formada por: Alex Scott Ferreira – Bateria; Charles Galvani – Baixo; Flaviano “Fly” Ferreira – Teclado e Raufe Pereira – Vocal e Guitarra.

Preço – R$15,00

Faixas:
01 – Da Preta – Raufe Pereira e Charles Galvani
02 – Da Tereza - Charles Galvani
03 – Da Maria - Charles Galvani
04 – Adoro o Sol - Charles Galvani
05 – Hoje Você Vai Comig0 - Charles Galvani
06 – Matuto - Charles Galvani
07 – Casa de Roça - Charles Galvani
08 – Da Nilma – Nilma Sanches
09 – Seu Manel - Raufe Pereira e Charles Galvani
10 – Aqui Não Cai Não - Charles Galvani

Fab Palladino – O Que é Real ?/ What’s Real? (2014)

 
No caminho do metrô voltando para casa, em meio às turbulências emocionais que vão se acumulando ao se terminar um disco, eu chorei. Nunca deixou de ser difícil fazer um disco. E parece que cada vez fica mais difícil. Mas eu amo fazer isso.

Chorei porque sabia que havia conseguido juntar a minha arte e a da minha filha, Ana Cândida para sempre. A faixa ‘Deixe o Silêncio Falar’ tem um diálogo entre o coelho (eu) e o cavalo-de-pele (ela). O diálogo é de um trecho do livro ‘O Coelho de Veludo’ de Margery Willians.

Esse é o núcleo do disco. Um disco para a Criança que deixamos adormecida dentro de nós. Não me interessava fazer um disco só para crianças e não conseguiria fazer mais um disco pra gente grande. Eu precisaria renascer. Minha filha me deu a chave.

Na capa do disco estamos, como eu já disse, eu, criança, de coelho e ela, criança também, um pouco mais crescida, de cavalo-de-pele. Como diz a canção, é o amor do outro que nos torna real.
‘Quando éramos crianças, todas as varinhas eram mágicas’ – Raoul Vaneigem

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Shock Pop Nhac Pum - Fab Palladino
02 – Eu sei o que é Feliz – Ana Cândida
03 – O Gato de 6 Olhos – Fab Palladino
04 – Choque de Monstro – Fab Palladino
05 – Por Favor – Fab Palladino
06 – Cante Esta Canção – Fab Palladino e Gabriel Telles
07 – Deixe o Silêncio Falar – Fab Palladino
08 – Coringa, eu Queria Ouvir o seu Coração – Fab Palladino
09 – ABC Tananan – Ana Cândida
10 – O Que Você Vê Você É – Fab Palladino
11 – Viajamos pra Natureza – Ana Cândida
12 – Adônis – Fab Palladino
13 – Chucotó – Ana Cândida
14 – Você é um Anjo Longe de Casa – Fab Palladino
15 – O Sorthegah – Ana Cândida
16 – Despedir dá Febre – Fab Palladino

Senhor Kalota – Dois Iguais (2014)

Formada por três integrantes de bandas já conhecidas na cena underground nacional, a “Senhor Kalota” é uma das mais bacanas na mistura de ska com pop e rock, trazendo ainda leves pitadas de blues, dub e reggae. O som da banda mineira promove um resgate aos estilos oitentistas, apostando na liberdade musical.

Integrada por Visso Lana na guitarra e vocal, Alexandre DeLeo no baixo e backing vocal e Leo Lago na bateria e backing vocal, a banda realiza uma alquimia rítmica acentuada, após dois anos de processo evolutivo – que culminou na criação efetiva do grupo. Mostram uma música robusta e levada por essência emotiva, materializando-se em grooves e riffs repletos sentimentos, além de vocais bem trabalhados.

Preço – 20,00

Faixas:
01. PARA EU AMAR ALGUÉM – Arnaldo Brandão, Tavinho Paes e Senhor Kalota
02. SUA FACE – Visso Lana e Senhor Kalota
03. LUCI (DOIS IGUAIS) - Visso Lana e Senhor Kalota
04. SÚPLICA - Visso Lana e Senhor Kalota
05. FOTOGRAFIAS - Visso Lana e Senhor Kalota
06. BABY A ESPERAR - Visso Lana e Senhor Kalota
07. AQUELA CANÇÃO - Visso Lana e Senhor Kalota
08. SE NÃO FOR DEMAIS - Visso Lana e Senhor Kalota
09. BAGUNÇADO - Visso Lana e Senhor Kalota
10. VÊ SE SOME - Visso Lana e Senhor Kalota
11. DIA CHATO (QUE SE DANE!) - Visso Lana e Senhor Kalota
12. DUB KALOTEIRO - Visso Lana e Senhor Kalota

terça-feira, 15 de julho de 2014

U-Gueto – Vai Neguinho (2014)

 
Nascido na comunidade Morro das Pedras, em Belo Horizonte, o arte-educador Hugo Heleno, mais conhecido U-Gueto, lança o seu primeiro CD: “Vai Neguinho”, com 12 faixas de autoria própria. O disco conta com as participações muito especiais dos amigos Pedro Morais, Cubanito (o cubano da banda Black Sonora) e Stadu Maior (músico africano que mora em BH).

O CD conta com recursos da Lei de Incentivo Municipal. A produção musical e arranjos são de Pilo Rangel, e a gravação foi feita no Estúdio Giffoni & Casa Antiga (Sergio Giffoni e Fabricio Galvani). “Eu, Pedro Morais e Cubanito, amigos de anos e grandes compositores, sempre tivemos essa vontade de fazer juntos, alguma música, até a surpresa e descoberta do novo amigo Stadu Maior, jovem africano que está em Belo Horizonte, em um intercâmbio universitário.

Assim, nos bastidores desse CD, existe uma história muito linda, com a participação essencial da minha família e de vários amigos, pessoas que me ajudaram a erguer a cabeça e seguir em frente, acreditando na música”, afirma U-Gueto.

Preço – 10,00

Faixas:
01 – É o Som que Vem do Gueto
02 – Vai Neguinho
03 – Boteco do Bugalu
04 – Cartão Postal
05 – Na Batucada
06 – Fenomenal
07 – Balada
08 – Sabor de Alegria
09 – Afro Brasileira
10 – Pensa Nêgo
11 – Saudade de Você
12 – Vou te Contar

Todas as composições de Hugo Heleno

Felipe Continentino - Felipe Continentino (2012)

O disco homônimo de Felipe Continentino é o primeiro de sua carreira, lançado em 2012 pelo Savassi Jazz Festival e também no Festival Cervantino, na Argentina, nas cidades Azul e La Plata.

O jovem baterista, de apenas 22 anos, também é o compositor de todas as faixas do álbum. Para o disco, Felipe contou com jovens músicos promissores da cena intrumental brasileira, Frederico Heliodoro no baixo, Breno Mendonça no saxofone tenor e Pablo Passini na guitarra.

As referências musicais do disco são muito amplas, transitando entre o folk de James Taylor e Joni Mitchell, para a música mineira do Clube da Esquina e até o jazz de John Coltrane.

Preço – R$25,00

Faixas:
01. Open Space
02. Space Between Glass
03. Valnilla
04. Voando pra Casa I
05. Voando pra Casa II
06. Fisheye
07. Fractal

Produção, direção, composições e arranjos Felipe Continentino

Desorquestra – Desorquestra (2012)

 
Banda de Belo Horizonte, 1º Álbum lançado em 2012 e vencedora do festival Palco 98FM de 2013.

Quando os amigos Leo, Lucas, Marcus e Stênio se juntaram em 2008 a ideia era tocar versões de
rock/ska improváveis e animadas de músicas já consagradas no cenário musical brasileiro. Ao longo de 4 anos essa ideia foi se transformando em uma identidade musical, que, mais tarde, veio a se chamar “Desorquestra”, lançando em 2012 seu primeiro álbum com 13 músicas próprias.

Com temáticas “anti-stress” e descontraídas sobre problemas cotidianos, as músicas misturam riffs marcantes dos instrumentos de uma banda de rock com arranjos de trompete e trombone, desfazendo-se de rótulos e estilos predeterminados e dando origem a Desorquestra.

A Desorquestra já se apresentou em diversos festivais e eventos ao lado de bandas emergentes e consagradas do cenário independente nacional e internacional. Em 2013 foi vencedora do concurso Palco 98 da rádio 98 Fm, composto por 4 etapas eliminatórias e com participação de mais de 800 bandas.

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Nada Abala Minha Tranquilidade - Lucas rocha e Marcus Marini
02 – A Arte de Esquecer – Leonardo Sommerlatte e Marcus Marini
03 – Não Valho nada às 7 Horas da Manhã – Leonardo Sommerlatte e Marcus Marini
04 – Quero Dizer – Sommerlatte e Marcus Marini
05 – Sinusite – Marcus Marini
06 – Viciados em Discordar – Leonardo Sommerlatte e Lucas Rocha
07 – O Resto é Flor – Leonardo Sommerlatte
08 – Demais pra Mim – Marcus Marini
09 – Leve uma Vida Sossegada – Leonardo Sommerlatte e Lucas Rocha
10 – Continuar – Leonardo Sommerlatte e Lucas Rocha
11 – Contrapeso – Leonardo Sommerlatte e Lucas Rocha
12 – O Caminho de Lá – Marcus Marini
13 – Sem Rumo – Lucas Rocha

São Doidão - Os Devotos de São Doidão (2013)

 
"São Doidão" canta clássicos da MPB e combate o preconceito à loucura

No palco, luzes, movimento e oito vozes ensaiadas cantam clássicos da MPB em releituras ousadas. Por trás de refrões e melodias, histórias de sofrimento mental que encontraram na arte uma ponte para vencer o a doença e o preconceito.

O grupo São Doidão, formado por Andrea Dario, Janice Teixeira, Joao Paulo, Ricardo Rodrigues, Suzane D’Avila e Wander Lopes, pacientes que se conheceram numa oficina de música do Cersam (Centro de Referência em Saúde Mental) do bairro São Paulo, região nordeste de BH. Chico Buarque, Tim Maia, Vinícius de Morais e João do Vale são alguns dos cantores e compositores que recebem interpretações do São Doidão. No disco há ainda composições de José Anacleto Teixeira, paciente do centro.

O maestro e violinista Helvécio Viana, que fundou o grupo em 2006, explica que o trabalho nas oficinas de música impulsionou o tratamento dos pacientes.

— Muitos não tocavam um instrumento há anos, e as oficinas de canto e coral proporcionaram isso. A arte tem um viés terapêutico, e a gente tem avaliado que há uma melhora na socialização e no campo emocional. Há diversidade no universo da loucura.

As canções ajudam os pacientes-cantores a desafiar o preconceito. 

— Há um desconhecimento sobre o universo da loucura que gera o preconceito. Mas hoje esse tema tem sido mais abordado, e todo mundo conhece um caso na família ou de amigos com problemas de saúde mental. A perspectiva é de inclusão, de vivência cidadã.

O grupo recebeu, em 2009, o prêmio "Diversidade pela Loucura", do Ministério da Cultura e da Fiocruz.

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Tanto Mar – Chico Buarque
02 – Lamentos – Pixinguinha e Vinícius de Moraes
03 – Partido Alto – Chico Buarque
04 – Canto do Peru – José Anacleto Teixeira
05 – Coronel Antonio Bento – Luiz Wanderley e João do Vale
06 – Amor de Favela – José Anacleto Teixeira
07 – São Doidão – helvécio Viana, Paulo Tolentino e Wander Lopes

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Kadu Vianna – Querendo Chegar (2011)

 
O novo disco é o terceiro da carreira do artista e mostra um trabalho mais amadurecido, tanto nas composições e arranjos quanto na interpretação. Produzido por César Santos, Arthur Rezende e pelo próprio Kadu, Querendo Chegar tem uma áurea pop acentuada, mas que mantém, como é a marca registrada do artista, um diálogo constante com outras vertentes, como o jazz e a MPB. “Não se trata de uma ruptura propriamente dita, mas, sem dúvida, esse trabalho sinaliza uma evolução artística na minha trajetória”, explica ele.

Compositor de 11 das 12 faixas do álbum, Kadu escolheu o “amor” como tema central do álbum. Seja ele vivenciado entre amantes ou entre pais e filhos, seja ele feito de encontros ou desencontros, alegrias ou tristezas, o amor aqui é sempre revelação e redenção. Como compositor e intérprete de sua geração, a releitura de Kadu dessas assunto incontáveis vezes cantado é contemporânea e urbana. Simples sem ser simplório e profundo sem ser hermético.

Impregnadas das vivências do artista e de suas percepções de mundo, as composições dizem de histórias que, reais ou fictícias, têm como fonte de inspiração o cotidiano. A faixa que dá nome ao disco, escrita durante o auge da última crise mundial, contrapõe a situação-limite global à harmonia pessoal de um casal que espera pela chegada de sua primeira filha.

Esse casal é Kadu e sua mulher Luciana. A ela é também dedicada a faixa cinco, que leva seu nome. “Foi um presente para essa pessoa que está ao meu lado desde o primeiro trabalho”, diz ele. A vida familiar ainda é retratada na lindíssima “Welcome Manuela”, onde Kadu dá as boas vindas à filha. A música em inglês é fruto das referências norte-americanas do artista – como Paul McCartney, Prince, Jamie Cullum e John Mayer – e de seu fascínio pela língua. Em inglês também são a otimista “Your Road” e a swingada “Your Eyes”.

A parceria de longa data com Magno Mello permanece com “Deixa o Amor Levar”, escrita há mais tempo e nunca gravada. Outro parceiro constante, Leo Minax é compositor da música em espanhol e português, “Rojo Y Blanco”, e co-compositor de “Outra Vez”. Querendo Chegar também inaugura a parceira de Kadu com a compositora Fernanda Mello na dançante “Imperfeito”. O CD traz também “Vila Bueno”, sobre os romances virtuais, “Só um dia”, que tornou-se a música-guia da sonoridade de todo o álbum, e o “Sol já Saiu”, que conta a história de uma paixão não concretizada.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Querendo Chegar – Kadu Vianna
02 – Deixa o Amor Levar – Kadu Vianna e Magno Mello
03 – Your Road – Kadu Vianna
04 – Vila Bueno – Kadu Vianna
05 – Luciana – Kadu Vianna
06 – Your Eyes – Kadu Vianna
07 – Só Um Dia – Kadu Vianna
08 – O Sol já Saiu – Kadu Vianna
09 – Rojo y Blanco – Leo Minax
10 – Imperfeito – Kadu Vianna e Fernanda Mello
11 – Outra Vez – Kadu Vianna
12 – Welcome Manuela – Kadu Vianna

Kadu Vianna – Dentro (2007)

 
“Dentro”, chega ao mercado com sonoridade límpida e moderna. Os arranjos são muito bem elaborados, ricos em detalhes percebidos na primeira audição ou naqueles só encontrados após longas degustações. Gravado e mixado em estúdios no Rio, Curitiba, Belo Horizonte e masterizado no Sterling Sound, em New York, a sonoridade faz ressaltar todas as nuances de cada um dos instrumentos, sem deixar de manter em primeiro plano a voz, que reflete a maturidade e personalidade do artista.

A banda base se mantém intacta ao longo de todo o disco, sendo formada por Arthur Rezende na bateria, Aloízio Horta no contra baixo e Kadu Vianna nas guitarras, violões, vozes e programações. Colorindo a sonoridade límpida desse ‘power trio’, as participações especiais dos pianistas Flávio Henrique e Jeff Sabag, e ainda de Leo Minax, cantando e tocando um swingado violão na versão em espanhol da música “Frio”.

Um dos grandes momentos do disco é a junção dos timbres vocais de Milton Nascimento e Marina Machado ao do próprio Kadu. Interpretando “Miragem”, as três vozes se fundem perfeitamente, levando o ouvinte a atingir novas atmosferas. A amizade com Bituca surgiu após Kadu gravar “Nada será como antes” em seu disco de estréia. O disco chegou às mãos de Bituca, que ficou encantando com o arranjo  e a nova interpretação do jovem músico. Em uma de suas vindas à capital mineira, Bituca esteve na platéia de um show de Kadu, e após uma série de encontros informais e o descobrimento de muitas afinidades musicais, a relação foi se intensificando e resultou nessa empolgante participação.

Ao contrário do primeiro disco, em que Kadu Vianna se lança principalmente como intérprete cantor, em “Dentro”, o artista desvenda sua pluralidade musical. Produz, arranja, toca e canta, além de ser compositor de 10, das 11 faixas. Seus parceiros Magno Mello, Pedro Morais, Leo Minax, Murilo Antunes e Ricardo Nazar emprestam sua inspiração e sensibilidade agregando ainda mais musicalidade ao trabalho. A releitura de “Pedras Rolando”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, deixa nítida a ligação com os mestres do Clube da Esquina, movimento que o influencia ainda nos dias de hoje.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Frio – Kadu Vianna e Leo Minax
02 – Futuro em Flor – Kadu Vianna e Murilo Antunes
03 – E o que for, Já é – Kadu Vianna, Magno Mello e Pedro Morais
04 – O Fim do Fim – Kadu Vianna e Leo Minax
05 – Intro
06 – Faisca na Medula – Kadu Vianna e Murilo Antunes
07 – Difícil Não se Apaixonar – Kadu Vianna e Ricardo Nazar
08 – Pouco Tempo – Kadu Vianna
09 – Irremediável – Kadu Vianna e Magno Mello
10 – Miragem – Kadu Vianna e Magno Mello
11 – Pedras Rolando – Beto Guedes e Ronaldo Bastos
12 – Amar Faz Calor – Kadu Vianna e Leo Minax
Frio (Bonus Track)

Duzão Mortimer – Trip Lunar (2014)

Uma trip musical
por Marcelo Dolabela
Há, na história recente da música brasileira, uma geração, ainda não estudada, que, erroneamente, é considerada “perdida”. Uma geração que surgiu e teve seu primeiro momento entre meados da década de 1970 e os descaminhos da Era-Collor.

Pós-Tropicalista, pós-Clube da Esquina, paralela e, às vezes, confundida com o Rock Brasil’80 e as vanguardas capitaneadas pela Lira Paulistana, e pré-massificação do canto de cisne da Era do Vinil (Neo-Sertanejo, Axé-Music, Pagode e outros subgêneros), esta geração, grosso modo, foi uma tradução da geração “College” – depois “Indie” – da música pop norte-americana.
Isto é, formada, quase que na sua maioria, por jovens universitários, bem informados e sem pretensões de profissionalização artística, fez a música que queria, acreditava e curtia, sem os mandos e desmandos da indústria pop-fonográfica.

Eduardo Fleury Mortimer, o “Duzão”, é um dos bons exemplos desta geração. De militante nas lutas do movimento estudantil contra a ditadura militar a professor universitário, trama sua música nas brechas, nas frestas e nos insights de sua produção acadêmica.
Dois discos em 25 anos – um LP, em 1988, com O Grande Ah!, e um CD,  com o grupo Mariantivel, de 1997 – parecem pouco. Não estabelecem, dentro dos padrões da indústria, uma discografia. Mas é aí que a obra se faz mais presente e vital.

Esta geração tem uma característica singular: não lança discos “de carreira”, lança “songbooks”, discos que fazem o “clique” que o poeta João Cabral de Melo Neto dizia ouvir quando um texto / obra estava pronto.

O que estabelece não um movimento, mas um momento que vai além de um determinado período. Assim, se antes, o grande parceiro musical de Duzão era Marcos Pimenta; hoje, a viagem continua, com uma segunda geração, tendo, como músicos, os filhos: Lucas e Ivan Mortimer, de Duzão, e Rafael Pimenta, de Marquinhos, que fazem a indústria sonora – guitarra, contrabaixo e bateria –, com maestria e inventividade.

Se o LP foi um álbum-performance, principalmente pelas participações dos vocalistas Letícia Coura e Rodrigo Rocha; se o CD foi um álbum-instrumental; este Trip Lunar é um verdadeiro álbum-canção. Onde, arranjos, instrumentais, vozes e produção concorrem para realçar melodias que sobrevivem no violão.

Mais do que parceiro de algumas faixas, sou testemunho deste repertório. Vi, ouvi e vivi estas canções sendo compostas, ensaiadas e estabelecidas. Em shows e eventos no memorável DCE-UFMG-Cultural e no festival WoodIcex. É mais do que positivo ver que algumas músicas, com o passar dos anos, são como livros que param em pé na estante, que tomam o ouvido de assalto com um frescor e rumor dos dias atuais. Músicas que reafirmam que esta geração “não (se) repete, apesar do bis”, como diria Marcel Duchamp. Que só vem à tona para mostrar novos combustíveis e novíssimas labaredas.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Trip Lunar – Duzão e Marcelo Dolabela
02 – Cidade Luz - Duzão e Marcelo Dolabela
03 – Claro Feitiço - Duzão e Marcelo Dolabela
04 – Fogo Nu – Duzão
05 – Coração Menino – Duzão, Marcelo Dolabela e Marcos Pimenta
06 – Não - Duzão e Marcelo Dolabela
07 – Muita Alegria - Duzão e Marcelo Dolabela
08 – Quem Inventou? - Duzão e Marcelo Dolabela
09 – Bacia de Latão - Duzão e Marcelo Dolabela
10 - Ponto de Mutação – Duzão

João Pires – Caminhar (2013)

 
“Caminhar é partir de um ponto, iniciar um movimento e seguir. Continuar é atravessar pontes, tropeçar em pedras, subir e descer ladeiras, sonhar o impossível. Ouvir o mar… útero do universo. Transformar a poeira em vida, em poeira, a vida. Viajemos então, desequilibrados como palhaços numa corda bamba, desejosos de pôr do sol e fé. Quem se deixa levar pelo vento, sabe. Alguns carregam a arte na alma. negra, mulata, branca, moura, flamenca, portuguesa, africana, brasileira, instante, infinita, violão. E por que não, tudo isso João?”
por Brisa Marques

Preço – R$25,00

Faixas
01 - A Barca (João Pires)
02 - Batuku I ( João Pires/ Brisa Marques)
03 - Caminhar ( João Pires/ Brisa Marques)
04 - Mazurka (João Pires)
05 - Navega ( João Pires/ Brisa Marques)
06 - Fé (Um Pedaço) ( João Pires/ Hélder Quiroga)
07 - Picadeiro ( João Pires/ Brisa Marques)
08 - Xaile (Fado Valsa) ( João Pires/ Brisa Marques)
09 - Batuku II ( João Pires/ Brisa Marques/José Luis Braga)
10 - Estrela ( João Pires)

Márcio Hallack – Aquelas Canções (2014)

 
Márcio Hallack, pianista, compositor e arranjador de currículo e talento caudalosos, está com disco novo na praça – seu quinto CD próprio, além das dezenas de participações em trabalhos em grupo e de outros músicos. Aquelas Canções é um álbum que abre nova vertente na carreira de Márcio, até aqui marcada por transitar naquela região do espaço & tempo, múltipla, que se costuma chamar ‘Brazilian Jazz’, MPB instrumental ou, como uma vez o crítico Zuza Homem de Mello definiu o trabalho de Hallack, a música que “une a introspecção mineira à liberdade carioca”.

Em seu novo trabalho, Márcio – que por sinal tem formação em música erudita – não só toca seu piano preciso como canta, divide vocais com figurinhas carimbadas e assina as 13 faixas – algumas em parcerias, com destaque para cinco delas compostas com Murilo Antunes, da turma do Clube da Esquina.

O nome do álbum diz tudo – é um disco devotado a canções. Há de sambas rasgados a bossas-novas delicadamente contidas. O CD é um presente aos sentidos e, com certeza, uma reafirmação da sacada de Zuza: há na produção de Hallack uma mineiridade quietamente ruidosa e um bocado de carioquice que não gosta de limites.

Márcio, que soma larga experiência internacional em palcos & estúdios e já tocou com gente da pesada como Hermeto Pascoal, Jacques Morelembaum e Raul de Souza, entre uma penca de outros de igual importância, também em Aquelas Canções se une a músicos de primeira ordem. Estão lá Nivaldo Ornelas, Fernanda Cunha, Robertinho Silva e Toninho Horta, para ficar só em alguns.
Aquelas Canções foi dedicado ao músico Flávio Goulart de Andrade, que participou nas guitarras do álbum. Flávio morreu na época das gravações. Também homenageado foi Geraldo Pereira, na faixa O Rei do Samba, que fez parte da trilha de um documentário sobre o legendário sambista dirigido por José Sette.

Duas vezes vencedor do Prêmio BDMG-Instrumental e já comparado a John Coltrane (pelo crítico musical Jose Domingos Raffaelli), Márcio Hallack reforça a sensação, com seu novo trabalho, de que vem há muito merecendo mais espaço no cercadinho da cultura brasileira. Aquelas Canções é um belo disco que não deve faltar na estante, virtual ou física, de quem sabe reconhecer a melhor música que se cria no País.

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Album de Fotografia – Márcio Hallack e Luiz Sergio Henriques
02 – Pescador - Márcio Hallack
03 – Aonde Começa o Rio - Márcio Hallack e Gerraux
04 – Velhos Segredos - Márcio Hallack e Ricardo Barroso
05 – O Rei do Samba - Márcio Hallack e Moacyr Luz
06 – Encantado - Márcio Hallack e Murilo Antunes
07 – Viradouro - Márcio Hallack e Murilo Antunes
08 – Não me Olhe Assim - Márcio Hallack e Murilo Antunes
09 – Almas Viscerais - Márcio Hallack e Gerraux
10 – Chão do Tempo - Márcio Hallack e Kadu Mauad
11 – Era uma Vez - Márcio Hallack e Luiz Sergio do Nascimento Henriques
12 – Lua Inquieta - Márcio Hallack e Murilo Antunes
13 – Um Piano, Um Coração - Márcio Hallack e Rodrigo Barbosa

Coletivo A.N.A. (2014)

 
Um dos primeiros movimentos mineiros de mulheres compositoras na música popular, o Coletivo A.N.A foi criado a partir do desejo de incentivar e revelar a crescente cena de autoras no país. O grupo, criado em 2011 e estabelecido em Belo Horizonte, reúne oito jovens “cantautoras” que realizam shows, mostras e eventos pela cidade e juntas procuram fortalecer suas carreiras. O A.N.A. é formado por Deh Mussulini, Irene Bertachini, Michelle Andreazzi, Leonora Weissmann , Leopoldina,  Laura Lopes, Luana Aires e Luiza Brina. Todas as compositoras atuam intensamente na nova cena de música autoral do estado, são também cantoras, instrumentistas, produtoras, artistas visuais e participam de diversos festivais, discos, grupos e coletivos.

O trabalho reúne canções criadas coletivamente entre as integrantes do A.N.A. e possui também parcerias com outras compositoras da cidade como Déa Trancoso, Jennifer Souza e Brisa Marques. O CD contou com a participação da cantora e compositora paulista Ná Ozzetti. O álbum conta com a direção musical de Rafael Martini, integram o trabalho os músicos Rodrigo Lana, no piano, Natália Mitre, na bateria, percussão e marimbas, Ana Lu Braga, na percussão. O CD possui arranjos de músicos mineiros e cariocas, tais como: Joana Queiroz, Luiza Brina, Thaís Montanari, João Antunes, Aline Gonçalves, Felipe José, Rafael Martini e Leandro César.

Os arranjos do CD “Ana” refletem uma pesquisa sonora das vozes como um elemento rítmico, melódico, se assemelhando em alguns momentos há um instrumento. A voz como instrumento foi o ponto de partida para a criação do CD e dos arranjos, os quais possuem de quatro à oito vozes trazendo a tona um novo colorido a canção popular brasileira. O “Ana” é um CD único por reunir oito vozes marcantes do cenário belorizontino e canções que evidenciam a poética do olhar feminino. O show de lançamento e o CD são marcados pela multiplicidade de linguagens de suas artistas e integram poesia, música e artes visuais.

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Ana – Luana Aires, Irene Bertachini, Laura Lopes e Deh Mussulini
02 – Inteira – Leopoldina e Irene Bertachini
03 – Uroboro – Déa Trancoso e Irene Bertachini
04 – Canção pra Mim – Luiza Brina e Leonora Weismann
05 – Parto - Luiza Brina e Michelle Andreazzi
06 – Filho – Luiza Brina, Irene Bertachini, Deh Mussulini e Laura Lopes
07 – Daqui pro Futuro - Deh Mussulini e Laura Lopes
08 – Retiro – Jennifer Souza e Laura Lopes
09 – Sobre que Face? – Luana Aires, Irene Bertachini, Deh Mussulini e Laura Lopes
10 – Oração 5 – Luiza Brina e Brisa Marques
11 – ANA - Luana Aires, Irene Bertachini, Deh Mussulini e Laura Lopes

Warley Henrique – Pra quem Não me Conhece (2014)

 
Um músico especial está lançando o segundo disco: o cavaquinista Warley Henrique. O novo CD se chama 'Pra quem não me conhece' e vai ser lançado nesta terça, com show às 20h30 no Teatro Bradesco. O álbum vem depois de 'Delicado', de 2008, que reunia composições do músico, de Waldyr Azevedo, Paulinho da Viola, Jacó do Bandolim e Dona Ivone Lara – que participou do disco, assim como o baterista Wilson das Neves. O trabalho de estreia rendeu ao artista atenção da crítica, turnê pelo Brasil e indicação como melhor CD instrumental de Minas e ao Prêmio da Música Brasileira na categoria revelação.

“Chegou a hora de apresentar coisas novas”, afirma Warley Henrique. Ele até pensou em dar ao novo disco o título de 'Pra quem não me conhece e pra quem conhece'. “Mas ia ficar muito longo”, reconhece. O nome, conta, se refere ao fato de apostar na inovação, em “outra história artística” para o cavaquinho. Proposta distinta da apresentada no primeiro CD, marcado pela tradição e reverência aos mestres. “Fiz 30 anos e há 15 toco cavaquinho. Não sou mais adolescente, estou começando vida adulta, tudo isso traz outro olhar sobre as coisas e se reflete no que a gente faz”, conta.

“Fiz disco que tem rock, soul, samba, baião, passa por maracatu, congado, bossa nova e termina em jazz”, conta Warley Henrique. “Minha música sempre foi muito variada. Estou tornando isso evidente”, afirma. “Uso o cavaquinho para fazer música, não estou preso à história de um instrumento”, acrescenta. O músico revela que também compõe o violão. “Experimentando, a gente observa onde cabe o cavaquinho”, pondera. “Meu desejo é criar novos sons para o instrumento, trazendo o cavaquinho de cinco cordas, que é antigo, para a atualidade”, completa.

União Pra quem não me conhece traz 10 composições de Warley Henrique. Ele toca cavaquinho em todas as músicas, assina arranjos, direção musical e canta o samba Pensando na vida. Motivo de orgulho para ele é a participação de amigos e colegas que toparam mergulhar no projeto, realizado sem patrocínio. São eles: Aline Calixto, Sérgio Pererê, Thiago Delegado, Raquel Coutinho, Janaina Moreno, Marina Gomes, Brisa Marques, Raissa Anastácia, Lucas Viotti, Juventino Dias, Aluísio Horta, Rodrigo Carioca, Pablo de Souza, Rafael Leite, Amauri Aranha, Marcelinho Guerra e Flávio Henrique.

 “Fazer esse disco trouxe um sentimento de união forte entre nós”, conta Warley Henrique. “Somos de geração que tomou a decisão de fazer música, fazer arte, independentemente das dificuldades. Cada um tem seu estilo, vem de um segmento, mas a gente se encontra, toca e dá tudo certo”, encanta-se. É uma geração faz-tudo. Ou seja: compõe, canta, toca e faz arranjos.

“Ter gente de talento no disco traz gás, força, dá motivo para continuar fazendo música”, afirma Warley. A satisfação com a colaboração de tantos, não impede observação de que é preciso chegar à situação que permita pagar cachê a todos. “Música é a nossa gasolina, mas temos de sobreviver”, recorda. O instrumentista é direto ao falar sobre como sobrevive um jovem músico: “Jogando nas 11 posições. Chuta, defende e cabeceia”, garante. Warley toca em duas casas (A gosto de Deus e no Bolão). Acrescente-se shows, participação em festivais e gravações, fazer arranjos e, quando sobra tempo, dar aulas.
por Walter Sebastião - EM Cultura

Preço – R$25,00

Faixas
01 - Bença - Warley Henrique
02 - Pra quem Não me Conhece - Warley Henrique
03 – Samba pra Ela – Amauri Aranha
04 – Tempo - Warley Henrique
05 – Pensando na Vida - Warley Henrique
06 – Segunda Parceria - Warley Henrique e Thiago Delegado
07 – Coisas de Minas - Warley Henrique
08 – Saudade de Mim - Warley Henrique
09 – Pra dizer que te Amo - Warley Henrique
10 – Novos Rumos - Warley Henrique

Paulo Mourão – Flores e Feridas (2014)

 
FLORES E FERIDAS é o novo CD do violeiro Paulo Mourão. Blues, baladas e rock, canções compostas na década de 70. No trabalho, gravado na Bahia, Paulo Mourão teve o suporte do guitarrista Ismera Rock, responsável pela maioria dos arranjos. Também do baixista Ayam Ubráis Barco e do baterista Jorge Bullet, Todos Baianos.

Paulo Mourão revela que desenterrar as canções que compõem o álbum foi mexer fundo em feridas antigas. Mas garante: "vi o quanto o ser humano é forte, supera situações e passagens por mais duras e pesadas que sejam".

Ele se refere aos tempos de estrada, quando viajou por três anos de carona. Cruzou o Brasil todo. Conheceu a repressão, a Ditadura, a covardia dos homens quando preso e torturado em Belém do Pará, 1974.
Mas seguir viagem foi a alternativa. Percorreu a Amazônia toda, seus rios, igarapés, suas matas, sua gente.

Também a Guiana Inglesa, Suriname, Venezuela. Trabalhou como estivador em barcos do norte, foi peão de trecho na Transamazônica, andou.
FLORES E FERIDAS tem a marca da esperança e da força. Tem o sonho de mudar o mundo que o artísta ainda carrega.

Jornalista, profissão que exerceu por 38 anos, Paulo Mourão continua um sonhador de categoria.
FLORES FERIDAS trás todas as influências que marcaram o artísta: Bob Dylan, The Birds, Beatles, Joe Cocker, Janis Joplin e outros tantos artístas que na década de 70 incorporavam a contra-cultura mundial.
FLORES E FERIDAS tem cara e identidade.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Sentir o Vento
02 – Algo para Ser
03 – Só Poeira
04 – Velho Bluesão Desbotado
05 – Meu Companheiro
06 – Linda Canção
07 – Menino de Rua
08 – Se
09 – Estrela Morta
10 – Bege

Todas as músicas e letras são de autoria de Paulo Mourão

Vitor Soares – Se Não Me Fale a Memória (2014)

 
Variações rítmicas e melódicas são características básicas do CD “Se não me Fale a Memória” do cantor e compositor mineiro Vitor Soares. O disco autoral, sendo o primeiro de sua longa carreira como interprete, chega com nove canções que passeia no universo da musica popular brasileira num experimentalismo onde se junta o antigo com o contemporâneo. A direção e produção ficaram a cargo de Daniel Cosso e o próprio Vitor Soares participando de toda a construção e co-produção. O rock, o samba, o soul, o regional e outros elementos da musica brasileira foram de certa maneira influências e destaque na carreira do musico, fazendo deste trabalho uma mistura muito pessoal.

O título do disco “Se não me Fale a Memória”, faz jus a maioria das letras que já estavam prontas há algum tempo esperando o momento para serem arranjadas e gravadas. O cantor já tinha em mente tudo planejado inclusive o processo independente de gravação. Isso permitiu uma liberdade e personalidade para expressar as canções. Nomes de peso como Maciel de Brito Trompetista que já trabalhou em turnê com Benito de Paula, o baixista Mestre Jorge que tocou e gravou discos com a big band Black Rio nos anos 70 e o produtor e guitarrista Marcílio Rosa deram uma mágica contribuição em algumas canções.

A canção Carta Para os Amigos tem notável influência do Soul de Tim Maia e do Samba Rock de Jorge Ben com um solo de trompete completamente jazzístico. Domingo no Jogo que foi composta em parceria com o cantor e compositor Chicó do Céu. Na música o futebol é também motivo de uma grande paixão mesmo com a emoção de estar no estádio. Nela se ouve as narrações dos gols de Pelé e de Garrincha que abre e fecha a canção, retiradas de um disco de vinil. A Outra Parte do meu Coração o amor e a poesia se entrelaçam e mostra muita sensibilidade de uma vida a dois.

A influência regionalista e praticada em Menina Rosa Maria Flor, canção da cantora e compositora do Vale do Jequitinhonha Maria Letícia, onde os vocais também são divididos. A viajem sonora segue em Chico Bento, Corda Bamba, Seu Moço, Tudo se Ajeita e Carta Para Firmina Daza. O álbum é recheado de brasilidade onde as palavras “Se não me fale a Memória” são transformadas em poesias, cores e canções de um novo artista autoral brasileiro.

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – A Outra Parte do meu Coração - Vitor Soares
02 Carta para Firmina Daza - Vitor Soares
03 – Carta para os Amigos - Vitor Soares, Mou Freitas e Paulo Walter
04 – Chico Bento - Vitor Soares
05 – Corda Bamba - Vitor Soares, Paulo Walter e Daniel Cosso
06 – Domingo no Jogo - Vitor Soares e Chico do Céu
07 – Menina Rosa, Menina Flor – Maria Leticia
08 – Seu Moço - Vitor Soares e Chico do Céu
09 – Tudo se Ajeita - Vitor Soares e Maciel de Britto