sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Juliana Perdigão – Álbum Desconhecido (2011)

Há pelo menos dois anos, Juliana Perdigão vem mostrando no palco sua faceta como cantora, já que o público está mais acostumado com o lado instrumentista dela.

Integrante do grupo Graveola e o Lixo Polifônico, Cortando um Dobrado (Ex-Corta Jaca) e também do Quadro na Roda, onde toca flauta e clarineta, ela se prepara para lançar seu primeiro disco soltando a voz: Álbum desconhecido.

“É um CD de canções inéditas e vários compositores são desconhecidos do grande público. A maioria é de Belo Horizonte, mas alguns são de São Paulo, caso de Tulipa Ruiz e Nuno Ramos. E muita gente não conhece meu trabalho, principalmente, o lado cantora, por isso o nome apropriado do disco”, explica.

O álbum tem 13 faixas. A de abertura, Perdigonzer, é instrumental e foi criada por Flávio Henrique. Nela, Juliana Perdigão toca clarone, clarineta e flauta. Há composições de Makely Ka (Fio desencapado), Cristiano Vianna e Pedro Portella (Hortelã) e duas de Pablo Castro (Casa grande e Arrepio).

Apesar de ter raízes musicais na família, foi por meio do Festival de Inverno da UFMG, que frequenta desde os 15 anos, que ela acabou se interessando pelo ofício. E pelo visto tomou gosto não só por tocar, mas, mais do que nunca, por cantar.
Ana Clara Brant - EM Cultura

Preço – R$15,00

Faixas
01 – Perdigonzer – Flávio Henrique
02 – Cada Voz – Tulipa Ruiz
03 – Fio Desencapado – Makely Ka
04 – Casa Grande – Pablo Castro
05 – Arrepio – Pablo Castro
06 – Miroir – Gustavo Ruiz e Juliana Perdigão
07 – Recomeçaria – Luiz Gabriel Lopes
08 – Vendaval – Thiakov
09 – Céu Vermelho – Brisa Marques, Vitor Santana e João Pires
10 – Gangorra – Maurício Ribeiro e Zéfere
11 – Cidade Bahia – Rômulo Fróes e Nuno Ramos
12 – Que Bom – Renato Negrão
13 – Hortelã – Cristiano Vianna e Pedro Portella

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Garbo – Discurso Romântico com Finalidade Erótica (2011)

Oscar Wilde, Fiodor Dostoievsk, Murilo Mendes, a trindade – Sarah, Billie e Ella, Waly Salomão, Luis Capucho, Marina Lima e Bia Grabois são fontes de inspiração para o cantor Eduardo Garcia, o Garbo, que estreia em disco cem por cento autoral.

O repertório do disco traz composições influenciadas pela época em que Garbo viveu no Rio, trabalhando com Ronaldo Bastos, artista de estética refinada ao compor, e sob a inspiração da liberdade maldita do poeta Waly Salomão. O período era de fertilidade para Garbo criar suas canções. “Era uma catarse, um instinto de sobrevivência e uma necessidade de expelir sentimentos e os olhares sobre a vida”, dispara.

Do celeiro de grandes amigos, o cantor formou o time para a gravação. Assina a produção musical Chico Neves, responsável, dentre outros trabalhos, por CDs de artistas como Los Hermanos, O Rappa e Lenine. Para a empreitada dos arranjos das dez canções, o convite foi feito ao músico e artista plástico Julio Curi. A mixagem e masterização ficou por conta de Ben Findlay, que trabalha com Jeff Beck, Paul McCartney e Peter Gabriel. Segundo Garbo, esse time estava sintonizado com a leveza que pretendia para o disco, com músicas bem descontraídas e outras mais delicadas.

Para a atmosfera malandra dos sopros, o cantor chamou para os metais os amigos que conhece das noites musicais em BH: Leonardo Brasilino (trombone), Juventino Dias (trompete e flugelhorn), Sérgio Danilo (sax, clarinete e flauta transversal) e Isaque Macedo (tuba). Na bateria, Lincoln Cheib que será substituído no show de lançamento pelo baterista Luiz Paulo

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Babilônia 336
02 – Perdão
03 – Bovary
04 – O Elegante
05 – H.E.V.U.A.
06 – Vem Brincar
07 – Dois
08 – Quem Vem Lá
09 – Scliar
10 – Pandemia

Todas as Composições são de autoria de Garbo

André Limão Queiroz (2011)

Chegou a hora do conhecido baterista de vários projetos artísticos de grupos e artistas mineiros se lançar em produção própria. André “Limão” Queiroz, o Limão, apresenta seu primeiro CD homônimo.

A criação do disco nasceu de uma história de parceria de 25 anos com o músico e compositor Beto Lopes e com uma força motivadora vinda da premiação do concurso BDMG Instrumental, realizado em Belo Horizonte em 2007, quando André foi um dos ganhadores com as composições “Abril“ e “Para os Filhos“. A partir das premiações, foram realizados shows em Belo Horizonte e São Paulo com um repertório de composições do próprio Limão, Beto Lopes e Milton Nascimento.

Acompanhando por uma banda de renomados e experiêntes músicos - Chico Amaral, Cleber Alves, Beto Lopes e Magno Alexandre, o retorno do público presente aos shows e das transmissões feitas para todo o Brasil pelo Sesc TV e Rede Minas, trouxe o aval necessário para o músico se dedicar ao registro do repertório em um álbum.

Além da banda de peso, o CD conta com as participações especiais de Enéias Xavier e Wilson Lopes, guitarrista que estará presente no show de lançamento.

Preço – R$30,00

Faixas
01 – Para os Filhos – André “Limão” Queiroz
02 – Mensageiros – Beto Lopes (Homenagem a Hermeto Paschoal e Jaco Pastorius)
03 – Lua Cheia – Beto Lopes
04 – Emoções Contemporâneas – Laércio Vilar e Beto Lopes (Solo de bateria em homenagem a Laércio Vilar)
05 – Abril – André “Limão” Queiroz
06 – Cruzeiro do Sul (B.W.B.) – Beto Lopes (Solo de bateria em homenagem a Lincoln Cheib)
07 – Poesia para Ogan – André “Limão” Queiroz (Dedicada a Esdra “Neném” Ferreira)
08 – Cadê – Milton Nascimento e Ruy Guerra (Dedicada a Milton Nascimento)
09 – A Voz Dela – Beto Lopes
10 – Valsa Florana – André “Limão” Queiroz
11 – Cirque du Soleil – Wilson Lopes
12 – Missão 101 – André “Limão” Queiroz (Homenagem a Alberto Continentino) 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Siricotico – Siricotico (2009)

O SIRICOTICO é um grupo de música instrumental que se formou no ano de 2002 em Belo Horizonte.

Foi criado por músicos que tinham interesse na pesquisa e performance da música brasileira e, desde então, tem contribuído para a divulgação, ampliação e valorização do Choro. Desde então o Siricotico passou por várias formações em sua trajetória, participou de festivais e tem se destacado no cenário da música mineira.

Em 2009 o grupo gravou um CD em que retoma composições de Francisco Mário – grande compositor brasileiro ainda pouco executado e divulgado –, além de músicas autorais.
Em sua formação atual, o Siricotico conta com o bandolinista Marcos Frederico que é também compositor e produtor.

Em sua carreira solo, Marcos já contabiliza a gravação do disco Sinuca Tropical, apresentações em Buenos Aires e Paris e várias premiações. Entre essas premiações destaca-se a escolha de melhor instrumentista de 2010 (BDMG Instrumental).

É Humberto Junqueira quem responde pelo violão de 7 cordas no Siricotico. Humberto é arranjador, professor e conclui seu mestrado em música pela UFMG. Foi um dos vencedores do BDMG instrumental de 2010.

Francisco Bastos é flautista, cavaquinista, arranjador e compositor. Já acompanhou diversos artistas da MPB, dentre eles Elza Soares. É formado em música pela UFOP e tem grande experiência como músico de samba e choro.

Felipe Bastos é percussionista e termina sua graduação na UFMG no curso de percussão. Participou de diversas oficinas e cursos com grandes nomes da música brasileira. Participa de vários grupos da capital mineira, inclusive o grupo de percussão da UFMG, coordenado pelo professor Fernando Rocha.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Firma o Pelo – Humberto Junqueira
02 – Siricotico – Humberto Junqueira e Marcos Frederico
03 – Ginga – Chico Mário
04 – Pijama de Seda – Chico Mário
05 – Sobrevivendo – Chico Mário
06 – Chorinho Interior – Chico Mário
07 – Cromachoro – Chico Mário
08 – Guerra de Canudos – Chico Mário
09 – Choro Novo – Chico Mário
10 – Esperando a Chuva – Marcos Frederico e Rômulo Marques
11 – Banzo – Marcos Frederico

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Marcos Frederico – Onze (2011)

O disco é composto por 11 faixas autorais incluindo parcerias com Carlos Walter, Gabriel Guedes, Gustavo Maguá e Rômulo Marques.

Para o instrumentista, a escolha do nome Onze para o segundo álbum da sua carreira tem a ver com espiritualidade e intuição. “O número onze sempre foi um número significativo para mim e o ano de 2011 foi importante para a minha vida, com conquistas pessoais e profissionais. Essa foi uma forma de registrar uma época”, confirmou o músico. Os “onzes” não param por aí, já que o disco foi finalizado no dia 11 de julho de 2011, com 11 faixas autorais.

Nesse novo trabalho Marcos Frederico contou com importantes nomes da música popular brasileira, entre eles, Chico Amaral, Flávio Henrique, Thiago Delegado, Tatá Spalla, Humberto Junqueira, Aloizio Horta e Dudu Braga. No Museu o bandolinista subirá ao palco acompanhado pelos músicos Rafael Martini (piano e acordeon), Carlos Walter (violão), Felipe Bastos (bateria e percussão) e o convidado especial, Rômulo Marques (baixo).

As músicas “Caleidoscópica” e “Esperando a Chuva”, presentes no CD, fizeram parte do repertório de Marcos Frederico na 11ª edição do Prêmio BDMG Instrumental. A primeira música é uma parceria com o violonista Carlos Walter, enquanto a outra é uma composição de Rômulo Marques e do bandolinista.

Marcos Frederico
É bandolinista integrante do grupo Siricotico e produtor musical em seu estúdio, Liquidificador.
Participou de importantes eventos nacionais e internacionais como a 16 Cúpula de Mercocidades em Montevidéu, Festa da Música, ao lado de Rômulo Marques e o cineasta francês Pierre Barouh; 3º Festival Instrumental de Guarulhos (SP); 8º Prêmio Nabor Pires Camargo Instrumentista, em Indaiatuba (SP); Show do Centenário de Godofredo Guedes, em Belo Horizonte (MG) e, Festival Musique Du Monde, em Paris. Em 2008  tocou com o grupo Belo Choro, na semana de Belo Horizonte em Buenos Aires.

Com o grupo Siricotico, apresentou-se e ministrou workshops sobre música instrumental no Festival SESC Rio, nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Produziu seu primeiro álbum em 2007, intitulado Sinuca Tropical, sendo lançado no Brasil e na França, com apoio do Clube do Choro de Paris.

Assinou a trilha sonora para a campanha institucional da Vale do Rio Doce, em 2006, ganhando o primeiro lugar no concurso de jingles da rádio UFMG Educativa.  No V Prêmio BDMG Instrumental, o músico chegou ao final da seleção e, em sua décima primeira edição  foi um dos vencedores.


Preço – R$25,00

Faixas
01 – Vavin 47 – Marcos Frederico
02 – Fado Nordestino – Marcos Frederico
03 – Triângulo das Permutas – Marcos Frederico, Gabriel Guedes e Gustavo Maguá
04 – Carola – Marcos Frederico
05 – Esperando a Chuva – Marcos Frederico e Rômulo Marques
06 – Pistache – Marcos Frederico
07 – Persides – Marcos Frederico
08 – Edifício Santa Joana – Marcos Frederico
09 – Caleidoscópica – Marcos Frederico e Carlos Walter
10 – No Mar de Guarupá – Marcos Frederico
11 – Onze – Marcos Frederico

Rodrigo Borges – Qualquer Palavra (2011)

 
Rodrigo carrega no sobrenome o talento de um Borges e a responsabilidade e prazer de se fazer boa música. Publicitário, radialista, mas antes de tudo músico, o menino que cresceu entre rodas de violão e barras de piano lança seu primeiro trabalho solo.

Qualquer Palavra é o nome do CD, que não se atém as ricas influências do Clube da Esquina, mas passa também pela poesia da Bossa, a consistência dos metais do Jazz, a alegria e irreverência do Samba.
Uma bela miscelânea de sons, em doses certeiras, que Rodrigo Borges realiza com a ousadia e primor de quem nasceu na música e dela vive.  Surpreenda-se com a moderna e afinada mistura de sons e ritmos.

QUALQUER PALAVRA foi produzido por Tattá Spalla e Rodrigo Borges. O CD conta com as participações de Lenine, interpretando a faixa título e Lô Borges na canção Deixa Tudo Ser, parceria entre Rodrigo Borges e Márcio Borges. Marcelo Martins, saxofonista carioca de expressão internacional, assina os arranjos de metais do álbum.

Preço – R$28,00

Faixas
01 – Qualquer Palavra – Tatta Spalla e Rodrigo Borges
Participação Especial: Lenine
02 – Carona – Marilton Borges
03 – Amanheceu No Samba – Juliano Nunes e Rodrigo Borges
04 – A Volta de Sally’s Tomato – Rodrigo Borges
05 – Outro Cais – Marilton Borges e Duca Leal
06 – Deixa Tudo Ser – Rodrigo Borges e Márcio Borges
Participação Especial: Lô Borges
07 – Sempre a Cantar – Rodrigo Borges
08 – Véu do Oceano – Diana Popoff e Paloma Espínola
09 – O Que Há de Novo – Tatta Spalla e Rodrigo Borges
10 – Amanheceu No Samba (remix) – Juliano Nunes e Rodrigo Borges

domingo, 11 de dezembro de 2011

Capim Seco – Semba (2011)

Em disco de estréia, o Capim Seco revela uma sonoridade fértil concebida com arranjos sofisticados. O samba é o eixo condutor do álbum, em torno do qual giram o baião, a ciranda, a poesia, o congado mineiro, o jazz e até certa atitude rock and roll.

“Semba é uma palavra de origem bantu, ramo linguístico africano trazido para o Brasil com a escravidão, é a dança de umbigada, o batuque de roda do encontro. Esse título simboliza para nós a antropofagia cultural brasileira, o desejo da troca, a confluência dos gêneros que nos influenciam”, explica Michelle Andreazzi, cantora do grupo.

“Semba também é uma célula rítmica presente em muitos estilos musicais, como o samba, o baião, e grande parte dos ritmos de origem africana” revela Gabriel Goulart, diretor musical do CD e violonista do grupo.

Originalmente formado em trio, o Capim Seco surgiu em 2003 e tocava releituras de nomes da MPB, como Edu Lobo. A noite belo-horizontina aos poucos deu lugar às apresentações em grandes festivais como o Conexão Vivo e a Virada Cultural Paulista.

Hoje o septeto é formado por Gabriel Goulart (violão de 7), Luiz Lobo (bateria), Tiago Ramos (sax), Fábio Martins (percussão), Alberto Magno (baixo), Juventino Dias (trompete) e Michelle Andreazzi (voz).

Quem abre os caminhos para o álbum é o “Samba de Eleguá”, música de Nei Lopes. Onde a banda denota sua força de conjunto. A faixa seguinte é o samba de roda “Mãe do Céu Dona do Mar”, seguida pelo poema “À Margem” de autoria de Michelle Andreazzi.

A sutileza do grupo é percebida na ciranda lírica “Casa de Julieta” que faz referência as bandas do interior de Minas e na congada poética “Elisa no Paraíso” canções também de autoria da cantora. A direção musical do disco foi assinada por Gabriel Goulart e Flávio Henrique que consagraram essa parceria na composição da faixa “A Força dos Elementos”. Flávio também emprestou sua sofisticação a alguns pianos do álbum como no belo samba nostálgico “Sofre Mas Não Volta Atrás”.

“Casa de Nego” de Gabriel Goulart, Dé Lucas e Heleno Augusto, aproxima o Capim Seco da energia religiosa que metaboliza o samba. A faixa conta com a participação especial das “vozes” de Sérgio Pererê.

Preço – R$20,00

Faixas
01 - Samba de Eleguá (Ney Lopes)
02 - Mãe do Céu Dona do Mar (Michelle Andreazzi)
03 - À Margem (Michelle Andreazzi)
04 - Casa de Nêgo (Gabriel Goulart, Dé Lucas e Heleno Augusto)
05 - Sofre Mas Não Volta Atrás (Gabriel Goulart)
06 - Filho de Pemba (Michelle Andreazzi, Gabriel Goulart e Luiz Lobo)
07 - Semba (Michelle Andreazzi e Gabriel Goulart)
08 - Terra de Valente (Gabriel Goulart)
09 - A Força dos Elementos (Gabriel Goulart e Flávio Henrique)
10 - Casa de Julieta (Michelle Andreazzi e Gabriel Goulart)
11 - Santos e Luz (Mestre Jonas, Mário Ferreira e Miguel dos Anjos)
12 - Elisa no Paraíso (Michelle Andreazzi)

sábado, 10 de dezembro de 2011

Lima Jr. – Um Beija-Flor Me Avisou (2011)

O cantor e compositor Lima Junior lançou “Um beija-flor me avisou”, seu mais novo CD, dia 30 de outubro, 19h, no Palácio das Artes, Sala Juvenal Dias, com as participações especiais de Déa Trancoso, Maurício Tizumba e Lucinho Cruz.

Produzido pelo próprio Lima Junior e gravado no Planalto da Conquista, em 2011, com direção musical e arranjos em parceria com o maestro Clériston Cavalcante (que toca piano, teclados, acordeon, violão 12 cordas, violão aço, baixo e guitarra em várias faixas), o disco traz canções de sua autoria e parcerias com Papalo Monteiro, Edilson Dhio, Kaká Bahia. 

Participam também do disco o cantor e compositor baiano Thomaz Oliveira (guitarra em “Teus sinais”, co-produção em “Laços” e voz em “Cercado”) e os músicos Lúcio Ferraz (guitarra em “Estrada dos girassóis”), Rafael (cavaquinho em “Pensando”), Abdalan da Gama (sopros em “Presença”), Horton Macêdo (sopros em “Pai chão), Luciano PP (baixo em “Cercado), Júlio Caldas (viola em “Cercado”), Bráulio Barral (violão aço em “Renascer”), Cicinho de Assis (acordeon em “Renascer”), Welligton (violino em “Quem ama sabe” e “Pensando”) e Rita Pithon e Sued (backing vocals).

O primeiro lançamento do disco aconteceu dia 8 de julho 2011, em noite de festa e autógrafos no SESC/Almenara, seu berço artístico, com a participação de convidados como a cantora Paula Santos, o cantor e compositor Lucinho Cruz e outros artistas locais.

“Poesia e delicadeza dão colorido a música de Lima Júnior. Poeta que encanta e músico que fascina. Suas letras, arranjos, composições, tudo feito com esmero e dedicação. A melodia é a estrada de sua vida. A obra é pista celeste de estrelas brilhantes. Sua interpretação revela sensibilidade, sintonia, fineza e beleza”.
Paulo Mourão (jornalista, músico e compositor)

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Amigos Encantos – Lima Jr.
02 – Quem Ama Sabe – Lima Jr. e Lena Guimarães
03 – Um Beija-Flor Me Avisou – Lima Jr.
04 – Pensando – Lima Jr.
05 – Teus Sinais – Lima Jr. e Papalo Monteiro
06 – Pai Chão – Lima Jr. e Edilson Dhio
07 – Fresta de Luar – Lima Jr.
08 – Estrada dos Girassóis – Lima Jr.
09 – Renascer – Lima Jr. e Kaká Bahia
10 – Laços – Lima Jr.
11 – Cercado – Lima Jr. participação especial Thomaz Oliveira
12 – Presença – Lima Jr.
13 – Visitando a Paz – Lima Jr.       

Black Sonora - Poesia Urbana (2011)

“Poesia Urbana é o nome do aguardado CD de estréia da banda mineira Black Sonora. Com participações especiais de B Negão, Swing de Fogo e André Lima (entre outros), o disco promete agradar em cheio aos fãs da banda, com faixas que são verdadeiros hits, bem conhecidos por quem acompanha os shows da trupe, mas com roupagem mais definida, resultado da produção apurada de Chico Neves.

O álbum é o primeiro registro de estúdio do Black Sonora, cujo trabalho inspirado em ícones como Jackson do Pandeiro, Marku Ribas e Toni Tornado se mostra plural e aberto, ao mesmo tempo em que mantém uma identidade bem peculiar, resultado da construção coletiva das músicas e do interessante contraste entre as vozes de Cubanito, que traz a vertente hip-hop para o conjunto, e o vocal Black de Gustavo Negreiros. Em suma, Poesia Urbana tem tudo para atrair ainda mais adeptos para a “blequeira brazuca” dos rapazes.” por Roger Deff

"Poesia Urbana" foi gravado nos estúdios 304 (RJ) e no Acústico (BH). A produção musical foi comandada por Chico Neves, com mixagem e masterização de Hemir de França. O cd do Black Sonora conta ainda com participação do carioca BNegão e o grupo Swing de Fogo, projeto de arte educação apoiado pela banda.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Poesia Urbana – Rubén Santillana e Gustavo Negreiros
02 – O Mar Pra Mim – Milena Torres e Gustavo Negreiros
03 – Sambar Pra Que! – Ronan Teixeira
04 – Treta (Part. BNegão) – Yuri Leite e Bnegão
05 – Madêra (Muamba de Criolo) – Jr. Bocca e Pow MX
06 – Tempo – Zé Ylo e Gustavo Negreiros
07 – Donde Estas Yamaya – Rubén Santillana
08 – Brazil – Aloísio Alberto, Gustavo Negreiros e Tino Fernandes
09 – Prejuízo – Ronan Teixeira e Bruno Lima
10 – Yo No Quiero Stress – Rubén Santillana e Diamondog Feijó
11 – Molecada Part. Projeto Swing de Fogo – Bruno Lima

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Gabriel Rocha – Choro de Mar (2011)

“Quisemos algo 100% com gente de Belo Horizonte, inclusive fizemos até a masterização aqui. Primeiro porque é mais confortável para a gente, depois porque é uma forma de prestigiar os profissionais locais. Já temos um padrão de qualidade que não deve nada ao pessoal de fora. A cena é farta”, avalia Gabriel, de 33 anos. Ele passeia por bossa, xote e samba.

Gravado no Estúdio Verde entre julho do ano passado e agosto deste ano, Choro de mar contou com nada menos que Célio Balona, Lincoln Cheib, Enéias Xavier, Guilherme Monteiro, Adriano Campagnani, Ricardo Fiúza, Tatá Spalla, Chico Amaral, Lenis Rino, Carla Villar e Mariana Nunes, além de Paulo Márcio, Pedro Aristides e Vinicius Augustos (o trio de metais do Skank).

Apenas algumas participações especiais foram gravadas fora de Minas Gerais, caso dos vocais das cantoras Ângela Ro Ro e Marcela Mangabeira, que conferem brilho extra às canções Há controvérsia e Depois de você, respectivamente. Beto Guedes canta na faixa-título, que também contou com os teclados de José Lourenço, maestro de Erasmo Carlos.

Convites “Sempre gostei do trabalho da Marcela. Como Depois de você é new bossa e precisava de uma voz feminina, o nome dela me veio instantaneamente à cabeça. Também gosto da voz da Ângela e imaginava o bolero-blues Há controvérsia na voz dela. Foi um privilégio tê-la no meu disco”, conta.

Já a participação de Beto foi facilitada pelo fato de o pai de Gabriel, Cláudio (que assina a produção executiva do disco), ser o empresário do artista. “Quando começamos a produzi-lo, Beto já se mostrou disponível para participar. Queria que ele cantasse numa faixa que tivesse a ver com o universo dele, bem mineiro e com algo de Beatles”, conclui.
Eduardo Tristão Girão - EM Cultura

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Seu Dom
02 – Pedaço Dela
03 – Tua Direção
04 – Há Controvérsia
05 – Manha de Querer
06 – Depois de Você
07 – Aurora
08 – Choro de Mar
09 – With You
10 – De Volta Pra Casa

Todas as músicas são de autoria de Gabriel Rocha

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Viola Brasileira em Concerto - Homenagem a Renato Andrade (2011)

No repertório estão peças de Bach, Vivaldi, Mozart, Villa-Lobos e Ravel, entre outros. Já os arranjos foram feitos para cordas, mas não as dos violinos, violoncelos e baixos. São as 10 da viola caipira que brilham em Viola brasileira em concerto (Gvianna), disco recém-lançado que reúne parte da “nata” do instrumento em torno de alguns dos temas mais conhecidos do repertório clássico. São violeiros de várias partes do país, sendo os mineiros a maioria.

O projeto teve como inspiração outro CD, Clássicos em ritmo de bolero, do cavaquinista Waldir Silva e o saxofonista Eymard Brandão. Depois de ouvi-lo, o músico João Araújo, produtor do lançamento com o colega Geraldo Vianna, pensou que seria possível fazer algo semelhante, mas com a viola. Ouvindo interpretações de violeiros de toda parte e experimentando na própria viola, o desejo de concretizar a idéia só cresceu e foi aliado a outra vontade: homenagear um dos maiores violeiros brasileiros de todos os tempos, o mineiro Renato Andrade, morto em 2006.

A partir daí, os convites foram feitos para os músicos que tinham maior afinidade com Renato e que já tivessem alguma intimidade com a música clássica: Adelmo Arcoverde (PE), Cacai Nunes (DF; nascido em Recife, PE), Pereira da Viola (MG), Roberto Corrêa (DF, nascido em Campina Verde, MG), Valdir Verona (RS), Fernando Sodré (MG), Chico Lobo (MG), Rogério Gulin (PR), Fernando Deghi (SP) e Miltinho Edilberto (SP); atualmente radicado na Europa). Por questões de agenda, outros nomes cotados não puderam ser incluídos no projeto.

“Eu e Geraldo propusemos, às vezes, desafios, mas também respeitando as opiniões individuais, uma vez que os arranjos de viola são dos próprios intérpretes. Foi um estudo aprofundado, adequando o critério de tentar mostrar o máximo possível da variedade de timbres e toques de viola atualmente em prática no Brasil sem ferir a integração de cada executante, todos muito generosos e interessados em homenagear o mestre Renato Andrade”, conta João.

Gravado entre maio e agosto, em Belo Horizonte, o disco é quase todo de viola solo, com participações ocasionais de outros músicos, caso de Sérgio Rabello (baixo e violoncelo) e Zeca Magrão (percussão). “Um dos objetivos do trabalho é exatamente mostrar que a viola de 10 cordas é instrumento completo, que nas mãos certas pode executar qualquer tipo de composição, das mais complexas às mais simples e singelas”, explica ele.

O repertório é aberto com Primavera, de Vivaldi, interpretada por Adelmo Arcoverde. A beleza e precisão do músico na execução impressionam e as dificuldades técnicas de transpor a peça para a viola caipira aparecem mais adiante, enfrentadas com competência pelo músico. Outros pontos altos são Habanera (de Bizet; repare na levada de Pereira da Viola), Trenzinho do caipira (de Villa-Lobos; casamento perfeito entre a viola e a música, pensado por Miltinho Edilberto) e a admirável performance de Moto perpétuo (de Paganini; com balanço de baixo e percussão a escoltar Fernando Sodré).
Eduardo Tristão Girão - EM Cultura

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Primavera (Antônio Vivaldi) – Adelmo Arcoverde
02 – Arioso (Johann Sebastian Bach) – Cacai Nunes
03 – Habanera (Georges Bizet) – Pereira da Viola
04 – Prelúdios 01 e 07 Para Viola Brasileira (Theodoro Nogueira) – Roberto Corrêa
05 – Jesus, Alegria dos Homens (Johann Sebastian Bach) – Valdir Verona
06 – Moto Perpétuo (Niccolo Paganini) – Fernando Sodré
07 – Greensleeves (Autor Desconhecido) – Chico Lobo
08 – Bolero (Maurice Ravel) – Pereira da Viola
09 – Sinfonia NR 40 (Wolfgang Amadeus Mozart) – Fernando Deghi
10 – Trenzinho do Caipira ( Heitor Villa Lobos) – Miltinho Edilberto

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Transmissor – Nacional (2011)

Sim, sim! Isso é sentimento de verdade! É sincero aquilo que você sente no limiar de “Hoje”, faixa que encerra este bonito álbum. O que seus ouvidos escutam é um belo apanhado de canções criadas por pessoas que se colocaram dentro das músicas, interpretando-as com a alma e sentimento, gerando letras que correspondem aos seus anseios naturais momentâneos e arranjos que exploram a qualidade e versatilidade dos músicos.

Nacional, nome do segundo disco dos mineiros do Transmissor, mostra uma banda inspirada e ainda mais unida, dando mais espaço para composições coletivas. Jennifer Souza ganhou mais destaque com sua voz doce, servindo como interlocutora entre o ouvinte e o cantor em quase todas as faixas, mesmo quando faz apenas acompanhamento no fundo. Os arranjos passaram a ter guias fundamentais baseadas nos teclados, xilofones, metalofones e piano -- sem contar o adicional luxuoso de instrumentos de sopro em algumas faixas. Todo o processo foi levado como quem cuida de um filho e essa beleza e cuidado fica expresso logo na primeira ouvida no disco.

Jennifer se superou nas composições, com letras mais duras e trocando saudades por despedidas, assim como Thiago Correa canta na já citada “Hoje”. Thiago, alias, divide a composição de “Traz o Sol Pro Meu Lado da Rua” com a lenda Vander Lee, criando para o álbum uma canção legitimamente folk, ainda que recheada por xilofones e violinos, mas guiada pelo bom e velho violão.

Não negando as influências, a versão de “Nada Será Como Antes” -- parceria de Milton Nascimento com Ronaldo Bastos que figurou no primeiro disco do Clube da Esquina -- ganha guitarra e bateria mais pesada, meio que atualizando a música para os tempos atuais. Os vocais dobrados de Thiago e Jennifer traduzem a mensagem que a música passa, como se fosse o pensamento de um casal, ‘cada um ao seu canto’ -- e esse é um artifício que a banda usa magistralmente desde o disco de estreia, colocando backvocals em momentos que a letra se direciona para um casal, como uma resposta a cada frase dita.
“Dois Dias”, “Bonina” e “Só se For Domingo” são a linha de frente do álbum: canções fáceis, altamente assobiáveis, feitas para aproximar o público e fazê-lo se encaixar no álbum, como um abre alas para um belo desfile de músicas apaixonantes.

A grande dica para este disco é não tentar procurar um novo Sociedade do Crivo Mutuo e sim enxergar uma banda mais democrática, mais unida, com ideias fluindo de todos os lados. Além disso, as faixas funcionam muito melhor se você ouvi-las com sua própria ordem ou em separado, prestando bastante atenção nos detalhes mínimos que a banda se propõe a fazer -- “Dessa Vez”, “Longe Daqui” e “Outra Ela” são bons exemplos de músicas que deve-se escutar em separado.

Nacional é um bonito álbum feito para pessoas de coração aberto, ferido ou vazio. Relacionamentos terminam, mas a música sempre fica para nos contar uma nova história de amor, até o fim ou até a próxima faixa
Por Marcos Xi

Preço – R$25,00


Faixas
01 – Sempre – Henrique Matheus
02 – Dessa Vez – Thiago Corrêa
03 – Dois Dias – Leonardo Marques
04 – Bonina – Jennifer Souza, Leonardo Marques e Ludmila Fonseca
05 – Só Se For Domingo – Leonardo Marques
06 – Vazio – Thiago Corrêa e Helder Lima
07 – Outra Ela – Jennifer Souza
08 – Traz o Sol Pro Meu Lado da Rua – Thiago Corrêa e Vander Lee
09 – Nada Será Como Antes – Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
10 – Longe Daqui – Leonardo Marques e Jennifer Souza
11 – Hoje – Thiago Corrêa e Leonardo Marques

domingo, 4 de dezembro de 2011

Esdra Neném Ferreira – Coração Tambor (2011)

Neném  é um dos mais festejados bateristas da atualidade. Uma das maiores fábricas de baterias do mundo, a Ludwig, tem o instrumentista com um de seus “adotados” em reconhecimento à sua relevância como um dos porta-vozes mais expressivos desse instrumento tão singular e plural ao mesmo tempo. A Alba, fabricante brasileira de baquetas, tem, inclusive, uma linha que leva sua assinatura. E tudo isso a partir da Ritmos da Terra, loja da qual é "endosser", por meio da qual comumente ministra oficinas de bateria.

Nas noites de Belo Horizonte, Neném toca com um sem-número de artistas, sejam eles consagrados ou debutantes – não há como discutir a importância de seu nome na música que se faz em Minas Gerais. Como músico acompanhante, Neném impressiona, pois assume um protagonismo quase que imediato. Aliás, o melhor da casa é sempre a cozinha...

Mas, o que pouca gente sabe é que estamos falando também de um exímio compositor. Existe uma demanda interna em Neném ansiosa por apresentar seu conteúdo artístico personal, que há muito estava reprimida e que encontrou, neste seu primeiro registro, Coração Tambor, espaço privilegiado de expressão.

Este disco chega para suprir essa lacuna e presentear o público fã do baterista  (e também o próprio Neném)  com um CD que, certamente, contribui para a propagação de sua arte pelos quatro cantos do planeta.  A direção musical e os arranjos foram divididos entre três expoentes da música mineira, todos contemporâneos e parceiros de Neném: o violonista Juarez Moreira, o guitarrista Toninho Horta e o flautista Mauro Rodrigues.

O repertório, por sua vez, mescla autorias do próprio Neném; de sua mãe, Dona Lourdes; Toninho Horta; Juarez Moreira e também cânticos iorubas, de domínio público; dentre outras.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Das Marias – Neném e Mauro Rodrigues
02 – Minas Trem – Toninho Horta
03 – Teresa Meu Amor – Tom Jobim
04 – Atlantis – Neném e Mauro Rodrigues
05 – Samba da Mamãe – Neném e Lourdes
06 – Monte Castelo – Neném e Lourdes
07 – A Escolha do Amor – Yuri Popoff
08 – Berimbau – Baden Powell e Vinícius de Moraes
09 – Gershwin – Toninho Horta
10 – Tamba – Luiz Eça
11 – Quero-Quero – Beto Lopes/Conservatório – Neném
12 – Coração Tambor - Neném

Graveola e o Lixo Polifônico – Eu Preciso de um Liquidificador (2011)

Estranho quem têm observado o trabalho da banda mineira Graveola e O Lixo Polifônico como algo novo, quiçá inédito dentro do cenário musical brasileiro. Embora pareça como uma alternativa recente aos atentos seguidores da música independente nacional, a banda de Belo Horizonte, Minas Gerais já vem de uma longa data de apresentações ao vivo, pequenas e grandes gravações em estúdio. Entretanto, estranho não observar o grande salto criativo que a banda (estranho catalogá-los assim) dá em seu mais novo trabalho, Eu Preciso De Um Liquidificador (2011, Independente), um projeto que esbanja beleza, experimentos e uma formatação musical rara e habilmente desenvolvida.

Os mais apressados não tardaram em jogar o grupo – praticamente uma imensa família de músicos vindos de distintas vertentes musicais – no mesmo balaio em que artistas tocados pela “febre Los Hermanos” foram ao longo de uma década sendo empilhados. Os cruzamentos entre samba, rock e alguns toques de ritmo latino provavelmente foram os grandes responsáveis por isso, entretanto, o bloco da Graveola não está sozinho, muitas mais referências habitam as suculentas texturas musicais promovidas pelos mineiros, algo que o novo álbum apenas reforça.

Quem observar atentamente a afinação musical neo-hippie que se estende por todo o trabalho do grupo – assim como seu vasto número de integrantes – verá que muito do que delimita os compostos da banda vão além, muito além da geração 2000. Por mais que o indie rock suingado e carregado de referências latinas ainda esteja lá, é nas inspirações poéticas e sonoras que entrecortam tanto a Tropicália como os Novos Baianos de sua melhor fase que o coletivo mineiro encontra seu elemento de acerto.

Se grandioso é o número de mentes que trabalham por trás de cada uma das canções que brotam ao longo do disco, ainda mais diversificado é o conjunto de ritmos, sons e incontáveis referências que borbulham enquanto se desenvolve o álbum. Sejam as pequenas transições pelo Jazz e a Bossa Nova em Canção para um Cão qualquer e Inverno, o samba em Desenha (lembrando muito os Novos Baianos do disco Acabou Chorare) ou mesmo todo o clima caliente de Desmatelado, tudo se representa de maneira vasta, como um grande passeio por diferentes épocas, estilos e preferências musicais.

Típico registro que deve agradar em cheio aos arcaicos apreciadores da velha MPB, em todas as 14 faixas do álbum é possível encontrar um profundo toque de música brasileira, algo que se anuncia tanto de forma branda e quase imperceptível (O Cão e a Ciência), como de maneira escancarada e adornada em notas verdes e amarelas (Desdenha). Aos pouco instruídos nesse tipo de som, a trinca de abertura do disco proporciona o momento mais “rock” do trabalho, com o grupo moldando boas guitarras e versos que se sustentam em um pop agradável e nunca descartável.

Talvez aos despreparados o vasto jogo de sons que explodem ao longo do disco causem certa dose de desconforto, com o ouvinte desnorteado mediante o plural número de opostos ritmos e tendências que vão se acumulando dentro de cada faixa. Entretanto, esta é a lógica do disco, que cresce justamente através deste amplo conjunto de referências, quebrando assim o título da obra, afinal, a Graveola não precisa de um liquidificador como estampa na capa do álbum, já que a mistura que talvez eles ainda já está pronta desde e a primeira canção do disco.
Por Cleber Facchi

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Blues Via Satélite – Luiz Gabriel Lopes e Marcelo de Podestá
02 – Pra Parar de Vez – Luiz Gabriel Lopes
03 – Desencontro – José Luís Braga
04 – Farewell Love Song (Canção de Sei Lá o Que Sim) – César Lacerda e Luiz Gabriel Lopes
05 – Desdenha – José Luís Braga e Luiz Gabriel Lopes
06 – Desmantelado – José Luís Braga, Luiz Gabriel Lopes e Marcelo de Podestá
07 – Inverno – Luiz Gabriel Lopes
08 – Nesse Instante Só – José Luís Braga
09 – Lindo Toque – José Luís Braga e Luiz Gabriel Lopes
10 – Rua A – José Luís Braga e Luiz Gabriel Lopes
11 – Canção Para Um Cão Qualquer – Yuri Vellasco e Luísa Rabello
12 – Kg de Pão – Bruno de Oliveira e Luiz Gabriel Lopes
13 – Babulina’s Trip – Luiz Gabriel Lopes
14 – O Cão e a Ciência – José Luís Braga e Luísa Rabello

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Som que vem das Ruas - CD/DVD (2011)

"O Som que Vem das Ruas" é um projeto realizado pelo coletivo Família de Rua.

Reúne em CD 13 faixas com a participação de 23 artistas (MCs e BeatMakers) que fazem parte da história do “Duelo de MCs”.

E conta também com um documentário sobre a história do MC de Hip Hop em Belo Horizonte.

Preço – R$15,00

Faixas
01 – Nós – Roger Dee, Monge, PDR Valentim, Oz, Brisaflow e Dmorô
02 – Por Onde Eu Ando – Coyote Beatz, Nil Rec
03 – O Som da Vida – Eazy CDA, Simpson Souza
04 – Vivência – Gurila Mangani e Digô
05 – Maturidade – Giffoni, Kiko Ianni e Digô
06 – Passo a Passo – Coyote, Beatz e Destro
07 – Vende-se – Enece e Fabrício FBC
08 – Ciclo (Amor-te) – Eazy CDA e Kdu dos Anjos
09 – Sinceramente – Gurila Mangani e Din
10 – Carapuça – Giffoni, Kiko Ianni e Vinição
11 – Tá Tudo Errado – Enece e Pedro Vuks
12 – O Som Que Vem das Ruas   

Misturada Orquestra - Misturada Orquestra (2011)

Formada em 2005, por instrumentistas, compositores e arranjadores de uma nova geração de músicos mineiros, coordenados pelo músico e professor Mauro Rodrigues, a "Misturada", como remete o próprio nome, traz uma sonoridade de instrumentação variada, incluindo elementos da formação tradicional de uma orquestra, como flautas, trombone, trompete, saxofones, até outros menos "comuns", como violões, guitarras, bateria e uma gama diversificada de percussão.

O repertório do primeiro CD, homônimo, reúne dez faixas, que mesclam composições autorais de Mauro Rodrigues, João Antunes, Rafael Martini e Rafael Macedo, a releituras de clássicos de Toninho Horta ("Voo dos Urubus") a "Misturada", de Airto Moreira, que inspirou o nome da Orquestra, e uma versão bem brasileira de "Donna Lee", de Charlie Parker.

Gravado de maneira totalmente independente, o disco tem produção musical de Mauro Rodrigues e João Antunes e traz, ainda, participações especiais de Chico Amaral, Benjamim Taubkin, Antônio Loureiro e Toninho Horta, além de composições em parceria com Rodrigo Maranhão, Flávio Henrique e Murilo Antunes.

"O repertório da Misturada Orquestra passeia por muitas vertentes da música mundial, mas o fio condutor são os ritmos brasileiros, como congado, marchinhas e as referências nas obras de Hermeto Pascoal, Moacir Santos, Egberto Gismonti e Milton Nascimento", explica João Antunes, um dos integrantes da Orquestra.
Do Hoje em Dia - 8/11/2011 

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – José No Jabour – Rafael Martini
02 – Casa Nova – João Antunes
03 – Conversando o Som – Rafael Macedo e Ygor Rajão
04 – Donna Lee – Charlie Parker
05 – Sono – Rafael Martini
06 – Misturada – Airto Moreira
07 – Filho – João Antunes, Flávio Henrique e Murilo Antunes
08 – Presente – Antônio Loureiro
09 – Voo dos Urubus – Toninho Horta
10 – Ontogenia – Mauro Rodrigues e Bernardo Maranhão

Tibless - Afro-Beat-Ado (2011)

Depois de trabalhar com Vanessa da Mata se apresentando na América do Sul e Europa e em diversos programas da grande mídia, entre eles, Estúdio Coca Cola MTV com Charlie Brown Jr. e o DVD “Vanessa da Mata Multishow ao Vivo Sony BMG” o qual teve participação da dupla jamaicana e Sly & Robbie.

O cantor e compositor mineiro Tibless  faz o pré-lançamento do seu álbum de estréia intitulado, AFRO-BEAT-ADO. Composto por 11 faixas e repertório majoritariamente autoral, suas canções são, pequenos contos do cotidiano, histórias da sua vida construídas de forma agradável e límpida, sem esforço aparente e grande criatividade.

Utilizando o afro-beat como fonte rítmica e criativa, como bem diz o titulo, unido as suas influências brasileiras, samba-rock, samba, soul e congado mineiro, o álbum apresenta um novo ritmo, uma nova forma de afro-beat, autenticamente nacional, com beats eletrônicos, percussão, levadas pop com sonoridades que agregam ao repertorio nacional.

Influenciado por: Fela Kuti, Jorge Ben Jor, Marku Ribas, Sara Tavares e D’Angelo, Tibless criou sua marca própria.

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Menina das Candeia – Tibless
02 – Inevitável – Tibless
03 – Minha História – Tibless, Marco Lobo e Davi Moraes
04 – Tudo Diferente – Tibless
05 – Vai Molhar – Tibless
06 – Mediano – Tibless
07 – Segredos – Tibless
08 – Saudade do Cê – Tibless
09 – Te Ensinar – Tibless
10 – Lenda de Uebau – Tibless
11 – Wait For Another – Tibless

Clovis Aguiar - Fio Condutor (2011)


Fio condutor é o nome do mais novo trabalho do pianista e compositor mineiro Clóvis Aguiar e é também seu segundo trabalho autoral, que ele classifica como um disco que é a sua cara. “Ele revela a maneira como encaro a música”, diz. “Todos os arranjos, como os de base, os de cordas, são meus, com exceção dos metais. Tem tango, choro, balada, baião. Ficou do jeito que eu queria.”

O álbum tem 11 faixas, sendo que cada uma delas presta homenagem a um artista ou pessoa importante que passou pela vida do pianista, como Tom Jobim, Astor Piazzolla, Dori Caymmi, Ernesto Nazareth, Pat Metheny, César Camargo Mariano, Eliane Elias, João Bosco e Toninho Horta. Aliás, a música que dá nome ao CD é justa homenagem ao guitarrista mineiro. “Todos os artistas a quem dedico as canções foram fundamentais para a minha formação musical, mas o Toninho contribuiu de forma mais decisiva.

Outros artistas também estiveram presentes nas gravações, como Neném, Renato Saldanha, Sérgio Silva, Juventino Dias, Chico Amaral, Célio Balona, Milton Ramos, Leonardo Brasilino, Eliseu Barros (e a família Barros), Glaucus Xavier e Estêvão Teixeira. A única faixa de Fio condutor que não homenageia um artista é a romântica Valsa do coração, que Clóvis fez especialmente para a mulher, Sônia.

Clóvis Aguiar estudou harmonia com Wilson Curia e harmonização com Ian Guest. Viveu oito anos na França e, graças ao estilo suave e, ao mesmo tempo, de alta técnica, viajou pela Europa, Oriente Médio e África e tocou com nomes como Rosinha de Valença, Elza Soares, Maurício Tapajós e Kleiton Ramil. Voltou ao Brasil em 1994 e, desde então, vem sendo requisitado por artistas como Milton Nascimento, Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Marku Ribas, Beto Guedes e Sérgio Santos.
Ana Clara Brant - EM Cultura

Preço - R$25,00

Faixas
01 – Fio Condutor – Clóvis Aguiar
02 – Manhãs – Clóvis Aguiar
03 – Barefoot – Eliane Elias
04 – Valsa do Coração – Clóvis Aguiar
05 – Prefácio – Clóvis Aguiar
06 – Doce Elias – Clóvis Aguiar
07 – Astoriana – Clóvis Aguiar
08 – Êta João – Clóvis Aguiar
09 – Marítima – Clóvis Aguiar
10 – Na Estrada – Clóvis Aguiar
11 – Baianeira – Clóvis Aguiar
12 – Maxixando – Clóvis Aguiar