segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

A Outra Banda da Lua (2020)

O disco é resultado dos cinco anos desde a concepção do projeto, em nove faixas autorais e uma cover de “Desentoado” (Tino Gomes e Charles Boavista). O lançamento integra o catálogo do selo belo-horizontino Under Discos e contempla uma sonoridade inquieta que com certeza vai marcar presença na história da música mineira.

A junção de referências e sabores diferentes resultaram na sensorial experiência proporcionada pelo disco de estreia do grupo mineiro A Outra Banda da Lua. Mesclando a potência dos ritmos explorados à delicadeza das poesias, o álbum homônimo passeia por diversas fórmulas musicais e histórias. 

Na audição da obra, são perceptíveis toques tropicalistas, tais como da majestosa cena mineira dos anos 70 e da cena da vanguarda paulista. Tudo isso de forma orgânica e magicamente original.

Preço – R$30,00

Faixas:

01 – Serra do Mel – Mateus Sizilio

02 – Desentoado – Tino Gomes e Charles Boavista

03 – Na Roça - Mateus Sizilio

04 – Cavalaria – Marina Sena

05 – Lua – Marina Sena 

06 – O Novo Baile Perfumado – Edssada e Matheus Bragança

07 – Sangue no Olho – Marina Sena 

08 – Carrim de Picolé - Mateus Sizilio

09 – Mês de Cores na Avenida – Edssada e Celene Campos

10 – Menino do Lago - Mateus Sizilio e Adriano Lélis

 


Leopoldina – Semente Crioula - 2021


A mineira Leopoldina, cantora e compositora, lança o álbum Semente Crioula, misturando as sonoridades MPB e sertaneja. O projeto traz doze faixas inéditas e foi pensado pela artista como um manifesto feminino de afeto, abordando as muitas traduções possíveis para o amor.

Sobre o nome do disco, Semente Crioula, Leopoldina explicou que a ideia "veio dos frutos e sementes que iam 'brotando dentro da gente' através de canções, poemas e pinturas". Segundo a artista, o título "é a diversidade que existe quando nós pegamos uma semente e pensamos que ela carrega, dentro de si, um ancestral e a possibilidade de gerar e dar continuidade à vida. Portanto, esse disco saúda os ancestrais e carrega nele a possibilidade de gerar vidas em mim e entre os ouvintes".

Preço – 35,00

Faixas:

01 – Amor da Nanã – Leopoldina

02 – Girassóis – Henrique Vilela e Leopoldina

03 – Sanfoneira – Di Souza e Leopoldina

04 – No Nosso Tapete – Leopoldina e Renato Negrão

05 – Folia de Reis para Deus Menino – Leopoldina 

06 – Pra Tu – Leopoldina

07 – Semente Crioula – Rafael José e Leopoldina

08 – Orvalho – Leopoldina

09 – O Que eu Tenho Pra Te Dar – Leopoldina

10 – Morena Faceira – Leopoldina e Iaiá Drummond

11 – Sem Você – Leopoldina e Pedro Thiago

12 – Cadê Teus Olhos – Leopoldina


Makely Ka – Rio Aberto – 2021

Um disco instrumental de violas. Assim é “Rio aberto”, álbum do cantor, compositor e instrumentista Makely Ka lançado recentemente nas plataformas digitais. O novo trabalho integra a “Trilogia dos sertões”, iniciada com “Cavalo motor” (2015) e que será encerrada com “Triste entrópico”. O repertório traz 12 faixas autorais batizadas com nomes de cursos d’água e rios, além de uma composição de Tavinho Moura.

Dez músicas remetem a afluentes do São Francisco. Outras duas se inspiraram em rios que deságuam no mar, o mineiro Doce e o Vaza-Barris, que banha Canudos, no sertão baiano. “Tento simular o movimento desses rios, os sons de suas corredeiras, quedas d’água, seus poços profundos”, diz o compositor.

Nesse novo álbum, rios e cursos d’água costuram elementos da geografia, história e literatura, ligando o sertão de Guimarães Rosa aos sertões de Euclides da Cunha e ao universo mítico de Elomar. Makely comenta que busca chamar a atenção para a devastação imposta à natureza, por meio de sua música. “'Rio aberto' tem pegada ambiental também, é uma denúncia, homenagem para os rios Doce e Paraopeba, tão devastados pela mineração”, diz.

 “Rio aberto” surgiu despretensiosamente. “Digo isso porque, até então, não tocava viola”, explica Makely Ka. “Comecei a tocar e a compor nesse instrumento há cerca de três anos. Até tive uma viola, mas dei de presente a um amigo, que mora hoje na Alemanha, o João Nogueira”.

Ele comprou outra quando afinações inusitadas chamaram a sua atenção. “Não sou da música instrumental nem violeiro de fato. Porém, ao compor, as músicas iam fluindo feito água e resolvi gravar o disco”, comenta. Com exceção de “Encontro das águas”, canção de Tavinho Moura, todo o repertório foi composto por Makely.

“Somos praticamente eu e a viola nesse disco. Tem três músicas com Gustavo de Souza, que faz o violão comigo; outras duas com baixo, uma com o Paulinho Sartori e outra com o Rodrigo Quintela. Quatro têm arranjos de violoncelo que o Avelar Júnior escreveu e o Felipe José toca”, explica.

Agora, Makely Ka tomou gosto pelo instrumento. “Estou fazendo músicas de viola numa onda meio folk, talvez elas virem disco. São coisas meio Neil Young, até toco uma dele na viola.”

*por Augusto Pio

Preço – 30,00

Faixas:

01 – Batistério

02 – Paracatu

03 – Urucuia

04 – Jequitai

05 – Paraopeba

06 – Carinhanha

07 – Rio do Sono

08 – Das Velhas

09 – Verde Grande

10 – Pardo

11 – Doce

12 – Vaza-Barris

13 – Encontro das Águas

Todas as músicas são de Makely Ka, exceto Encontro das Águas, de Tavinho Moura