sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Luiz Gabriel Lopes – Mana (2017)

Cultivar as utopias. Não perder de vista a luz no fim do túnel. Como professar o otimismo em uma era carregada de más notícias? “Transformando a fé numa oração pra se cantar”, responde Luiz Gabriel Lopes já na primeira canção de “MANA”, seu terceiro disco. A produção é de Lenis Rino e todas as músicas foram gravadas por Téo Nicácio (baixo), Luiz Gabriel Lopes (voz e guitarra), Mateus Bahiense (bateria e percussão) e Daniel Pantoja (flauta).
“Na minha visão, o álbum se divide em dois lados, um mais solar e outro mais noturno”, afirma LG, lembrando que a música que divide as duas partes, “Quiléia”, tem participação de Ceumar. A outra participação é a do paulista Maurício Pereira, que divide os vocais com Luiz Gabriel em “Apologia”.“Em termos de sonoridade, o disco mostra a busca por um som mais enxuto, depois do ‘Fazedor de Rios’, que é muito arranjado. Queria um álbum com menos elementos e mais destaque para letra, melodia e voz”, explica. “Representa uma vibração que eu acredito e fico feliz em ser veículo. A coisa de ter esperança, de ser otimista neste momento que vivemos, de ver que a gente pode vencer obstáculos com a força da intenção”, finaliza.
Preço – R$28,00
Faixas:
01 – 1986 – Luiz Gabriel Lopes
02 – Apologia – Luiz Gabriel Lopes
03 – Matança – Augusto Jatobá
04 – Música da Vila – Luiz Gabriel Lopes e Téo Inácio
05 – O Cangaço Lírico – Luiz Gabriel Lopes, Téo Inácio Mateus Bahiense e Daniel Pantoja
06 – Quiléia – Luiz Gabriel Lopes e paulo Cesar Anjinho
07 – 381 Blues – Luiz Gabriel Lopes e Téo Inácio
08 – Caboclin – Gustavito e Thiago Braz
09 – Yoko – Luiz Gabriel Lopes e Téo Inácio
10 – Um Índio - Luiz Gabriel Lopes e Téo Inácio

Graveola – Camaleão Borboleta (2016)

Nessa última década, a Austrália firmou-se como lar da Psicodelia de nossos dias. Há, porém, uma raiz sua bastante brasileira, da tradição de Os Mutantes até o reconhecimento recente de Boogarins no além-mar, uma familiaridade que esse estilo parece encontrar organicamente no país, talvez pelas cores naturais de nossos ritmos, talvez pela desinibição de sobrepor timbres e efeitos, principalmente na guitarra, que por aqui habita.
Camaleão Borboleta tem a ver com isso. Ao longo de suas dez faixas, a banda mineira Graveoladeixa seu "lixo polifônico" nas entrelinhas para criar um disco dinâmico e destemido, uma reunião de influências e afluências no protagonismo no timbre da guitarra elétrica e nas vozes que argumenta em favor da "metamorfose ambulante" tão característica da música popular do Brasil - como o título da obra denuncia.
Essa mutação vem em ritmos e escolhas de timbres, que evocam desde Novos Baianos até o axé "de raiz" dos anos 80 dentro do nosso imaginário do que é ou deveria ter sido "MPB" nos últimos 40 anos, com suas harmonias tão próprias e seu natural jeitinho de fazer qualquer cotidiano virar uma crônica poética, seja com um certo humor (Tempero Segredo) ou cheia de romantismo (Carta Convite).
Seu maior mérito acaba sendo - mesmo e apesar das excursões da banda por outros países - criar uma obra que dialoga com os conceitos e preconceitos de seus conterrâneos, mais do que um disco "pra gringo ver". Aqui em sua casa, Camaleão Borboleta não é cool nem tenta ser, é uma grande obra que nos relembra a fluência que Graveola tem em criar belas canções em par com a safra do melhor que a terra dá - no caso, a tal da Psicodelia.
Por André Felipe de Medeiros
Preço – R$28,00
Faixas:
01 – Maquinário – LG Lopes
02 – Índio Maracanã – José Luis Braga
03 – Aurora – Luiza Brina e Maria Raquel Dias
04 – Tempero Segredo – José Luis Braga
05 – Talismã – LG  Lopes Gustavita e Chicó do Céu
06 – Sem Sentido - José Luis Braga
07 – Costi – Luiza Brina
08 – Lembrete - LG  Lopes Gustavita e Chicó do Céu
09 – Back in Bahia – Luiza Brina e Gabo Gabo
10 – Carta Convite – LG Lopes

Gedeon Antunes – Bagatelas e Badulaques (2017)

Gedeon Antunes é músico, publicitário, designer e empresário. Com influências da música das décadas de 1960 e 1970, ele leva para o seu primeiro disco o frescor do novo e as referências dos clássicos. A sua trajetória na música começou na adolescência tocando em bandas couvers e autorais de clássicos do rock da década de 1970. Agora, o músico apresenta o disco “Bagatelas e Badulaques” com repertório autoral e influências do rock, do blues e do folk.

O disco “Bagatelas e Badulaques” conta com sete músicas, o álbum mescla referências do clássico como Bob Dylan e Janis Joplin e também traz uma identidade moderna e atual, é possível identificar no repertório o rock clássico e também uma nova linguagem, mais atual e brasileira”, explica.

Artistas como Raul Seixas, Rita Lee, Alceu Valença, Beatles, Bob Dylan e Janis Joplin estão entre as referências do artista. Gedeon Antunes também é idealizador do projeto “Folk and Blues”, que leva para espaços alternativos de Belo Horizonte shows autorais e releituras de clássicos do folk e do blues e do aplicativo para celulares “Cena Autoral”, que reúne o ecossistema musical em uma plataforma.

Preço – R$15,00

Faixas:
01 – Blues do Fusquinha – Gedeon Antunes
02 – More Horse - Gedeon Antunes
03 – Rodo Novo - Gedeon Antunes
04 – Free Way - Gedeon Antunes
05 – Daquele Tempo - Gedeon Antunes
06 – O Que você Quer - Gedeon Antunes
07 – Montanha de Pedra - Gedeon Antunes