sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ledjembergs – Amanhecei-vos (2015)

A banda se formou despretensiosamente entre três amigos, Lucas Ucá, Adriano Queiroga e Rafael Costa Val, que compartilhavam do mesmo gosto pela música e revezavam-se no baixo e guitarras.

Contavam, também, com a presença do baterista, André Bastos, (que fez parte do projeto até 2010 e gravou as baterias do ultimo CD “Amanhecei-vos”). Tão logo deram início aos ensaios, surgiram as músicas autorais e em 2007 quatro músicas foram gravadas no EP demo intitulado “Pré”: La Nueva, Jardins, Longe a Nevoada e Imagine.

Após a realização de shows, dentre eles as aberturas do show do “Seu Jorge” no Ginásio Nilson Nelson em Brasília e do “Simple Plan” no Chevrolet Hall em BH em 2009, a banda fez um recesso para a gravação do primeiro Álbum - “Amanhecei-vos”, iniciada em 2010 e concluída em janeiro de 2012. O grupo, em junho de 2013, lotou a Praça da Savassi em BH, com o inédito show criado para o lançamento do autoral e pungente álbum “Amanhecei-vos”.

No momento, Ledjembergs Adriano Queiroga (voz, guitarra e violão), Lucas Ucá (voz, violão e Ukulelê) e Rafael Costa Val (guitarra e bandolim)está trabalhando a divulgação do “Amanhecei-vos”, enquanto prepara a gravação do próximo álbum..

Preço – R$15,00

Faixas:
01 – Aviso Aos Navegantes – Lucas Ucá
02 – Invernos Amanhã – Adriano Queiroga e Lucas Ucá
03 – Olho Mágico e O Décimo Girassol – Adriano Queiroga  Lucas Ucá
04 – Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor – Lô Borges e Márcio Borges
05 – Sabiá – Adriano Queiroga e Lucas Ucá
06 – Sala de Estar – Adriano Queiroga
08 – Amanhecei-vos – Adriano Queiroga, Lucas Ucá e Rafael Costa Val

Marina Gomes – O Samba é Meu Guia (2015)

A primeira sensação provocada pela presença de Marina Gomes no palco é a surpresa. Ninguém imagina que brote daquela mulher pequena de aparência delicada, uma voz tão poderosa, de emoção densa, que domina e transforma com naturalidade o samba, seu balanço e suas divisões.

O interesse, o envolvimento da cantora com a música, levaram‐na às rodas de samba nas periferias da capital mineira, onde um novo universo de possibilidades musicais se revelou para a cantora. A vivência nos guetos do samba, nas rodas, influenciou seu trabalho. “A roda tem a ver com o improviso, o samba orgânico, sem repertório definido, mas amplo. É ambiente de troca, um processo vivo que trago em minha música”, define.

Da relação com os compositores formou um diversificado repertório, que é delineado pela versatilidade. Marina passeia pelo universo do samba brasileiro; samba de quadra, partido alto e samba canção; entrelaçados a afoxés, samba de roda e nomes como Zeca Pagodinho, Cartola, Clara Nunes, Beth Carvalho, Arlindo Cruz entre outros.

É original, não porque inventou um novo jeito de fazer samba, mas por deixar claro de onde vem, com quais referências musicais dialoga e revela o samba, como condição de sua vida. “O samba é meu guia, minha brincadeira, tem a ver com espiritualidade, meu amuleto”, define Marina Gomes.
Marina Gomes é uma das representantes do samba mineiro. Traz consigo o terreno pouco explorado dessa cena musical, investindo em canções inéditas de jovens compositores, ou pouco conhecidos. A cantora inicia a pré‐produção do seu primeiro disco, denominado “O Samba É Meu Guia”, produzido de forma independente.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Meu Protetor – Pirulito da Vila e Márcio Nagô
02 – O Samba é Meu Guia – Dé Lucas e Heleno Augusto
03 – Guerreiros de Olodumaré – Toninho Geraes e Toninho Nascimento
04 – Pra Quem Sabe Amar – Marina Gomes e Thito França
06 – Nos Braços de Deus – Fábio Martins e Marina Gomes
08 – Canto de Fé – Dé Lucas e Marina Gomes
09 – Ai Ioiô (Linda Flor Yaya) – Henrique Vogeler, Cândido Costa, Luiz Peixoto e Marques Porto
10 – Coração Valente – Bruno Vidal e Gabriel Goulart
11 – Brasis – Moacyr Luz e Roberto Dido (?)
12 – Sonho Balão – Luiz Carlos da Vila e Cabral
13 – Cantiga da Despedida – Denti (?)

Renato Ribas (2015)

Com um repertório repleto de grandes compositores, como José Miguel Wisnik, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico César, além dos conterrâneos Sérgio Pererê e Ana Cristina, o cantor mineiro Renato Ribas lança seu primeiro CD, batizado com seu nome, o disco tem direção musical, arranjos e produção musical assinados por Rogério Delayon e conta com a participação de músicos como Felipe Continentino, Frederico Heliodoro, Tatá Sympa e Xande Tamietti e Jorge  Elder.

“A ideia de gravar um CD surgiu há quatro anos, logo após realizar meu último show, Filhos do Atlântico. O Rogério Delayon foi assisti-lo e me procurou dizendo que eu deveria gravar um disco. Apesar de eu estudar canto há 12 anos, não achava que estava pronto... Mas, a partir da conversa com o Delayon, amadureci a ideia, topei o desafio e o convidei para produzir o CD”, explica Renato Ribas.

Para o show de lançamento, Renato Ribas subiu ao palco acompanhado dos músicos Arthur Rezende (Bateria), Sérgio Rabello (Baixo Elétrico, Acústico e Cello), Renato Savassi (Flauta, Sax e Violão de Aço), Jelber Oliveira (Teclado e Acordeon) e Rogério Delayon (Guitarras), com participação especial de Regina Milagres e Luciana Vieira como backing vocals.

O repertório reúne canções do disco, como Pérolas aos poucos (José Miguel Wisnik e Paulo Neves), Boca da noite (Ceumar, Chico César e Tatá Fernandes), Mãe (Caetano Veloso), Cigarra (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), Insustentável (Sérgio Pererê) e O que me completa (Ana Cristina), e outras, como Chuva no mar (Arnaldo Antunes)e Momento Zero (José Miguel Wisnik).

O disco
Renato revela que as 11 faixas que compõem o CD foram selecionadas, num primeiro momento, aleatoriamente, a partir de músicas que ele sempre gostou de ouvir e de outras que buscou através de pesquisas. “Mas depois, com o repertório pronto, percebi que todas tinham uma conexão íntima, de momentos que eu vivi, de coisas que senti , de como eu sou e que fazem parte de mim. Porque pra mim, uma música precisa ter algo a dizer. E agora, com o trabalho pronto, acredito que o repertório foi construído partindo desse princípio”, relata.

As canções presentes no disco são: Poema da batalha (Gabriela Corrêa e Thiago Corrêa), Boca da Noite(Ceumar, Chico César e Tatá Fernandes), ), Insustentável(Sérgio Pererê), O que me completa (Ana Cristina), Pérolas aos poucos (José Miguel Wisnik e Paulo Neves), Beleza (Luisa Maita e Rodrigo Campos), Mãe (Caetano Veloso), Cigarra (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), Seu (Mayra Andrade), Sinal dos Tempos (Antônio Villeroy e Bebeto Alves) e Umbigo (Chico César e Arnaldo Black).

Sobre Renato Ribas  
A música está presente na vida de Renato desde a infância, como ele mesmo conta:
“Eu me lembro, quando criança, minha mãe colocava um gravador pra eu cantar. Eu decorava músicas em inglês, português e cantava. O tal gravador, que foi presente da minha avó, era inseparável, eu devia ter uns seis anos”. Nascido em Belo Horizonte, foi ainda pequeno viver em Sete Lagoas, onde morou até os 14 anos. Voltou para BH onde morou até os 21 anos, quando partiu para estudar medicina em Vitória-ES.

Renato sempre gostou de música popular brasileira e rock. É perceptível a influência desses dois gêneros na escolha do repertório e também no modo como o cantor constrói suas interpretações, conseguindo fundir, sem conflito,certa “doçura” e também “aspereza”. Essa mistura está no timbre da voz, por vezes “rasgado”, como de um roqueiro, e também no modo como inflexiona – com clareza – as palavras em seu canto. Esse domínio vem não só de seu talento, mas também de sua exigência e disciplina. Renato é médico e estuda canto há 12 anos, tendo iniciado os estudos na Babaya Escola de Canto, onde permaneceu por seis anos. Atualmente estuda com a professora e preparadora vocal Regina Milagres.

Preço – R$25,00

Faixas:

01 – Poema da Bataha – Gabriela Corrêa  Thiago Corrêa
02 – Boca da Noite – Ceumar, Chico César e Tatá Fernandes
03 – Insustentável – Sérgio Pererê
05 – Pérolas Aos Poucos – José Miguel Wisnik e Paulo Neves
06 – Beleza – Luisa Maita e Rodrigo Campos
07 – Mãe – Caetano Veloso
08 – Cigarra – Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
09 – Seu – Mayra Andrade
10 – Sinal dos Tempos – Antônio Villeroy e Bebeto Alves
11 – Umbigo – Chico César e Arnaldo Black

Aline Calixto – Meu Ziriguidum (2015)

Cantora e compositora nascida no Rio mas radicada em Minas Gerais desde criança, Aline Calixto vai lança seu terceiro disco intitulado Meu Ziriguidum. A cantora afinada que começou no samba e ganhou a simpatia e o apreço dos mais respeitados bambas do gênero musical mais popular do país mostra, neste álbum, que também é compositora (e de mão cheia, diga-se de passagem).

Mais madura e segura tanto do seu canto quanto do caminho que deseja seguir, Aline deu ao disco o nome de uma canção composta por ela em parceria com Gabriel Moura. Tal canção abre o disco e retrata a mulher moderna que vai pro samba do jeito que quer sem qualquer preconceito ou pudor. Os primeiros versos já denotam claramente esta segurança: Eu vou pra batucada / Eu vou de coração / Eu vou de madrugada / Eu vou com você ou não.

Meu Ziriguidum tem onze faixas, produção assinada por Paulão 7 Cordas e Thiago Delegado e as participações de Zeca Pagodinho, Alindo Cruz e do rapper paulistano Emicida que faz um belo dueto com Aline na releitura do clássico imortalizado por Clara Nunes, Conto de Areia. Assim como a produção do álbum uniu duas gerações, o repertório também teve essa preocupação. Composições dos renomados Arlindo Cruz, Moacyr Luz e Serginho Beagá se misturam com as de jovens autores como Rogê, João Martins e Leandro Fregonesi.

É da dupla de veteranos Moacyr Luz e Délcio Luiz a segunda faixa do disco, No pé miudinho, que traz a participação de Zeca Pagodinho. Um samba que se ‘auto exalta’ através de um personagem tipicamente caracterizado. Na sequencia, um samba do jovem compositor Leandro Fregonesi chamado Entre você e euque retrata claramente o término de um romance motivado pelas graves diferenças entre o casal, logo, sem volta.

A quarta faixa do disco, Papo de Samba, composta pelo trio Carlos Caetano, Moisés Santiago e Flavinho Silva, foi gravada no início da década de 2000 pela turma do Fundo de Quintal e é um samba divertido cuja letra faz alusão a um personagem suburbano e suas peripécias cotidianas. Toda Noite é a composição mais cadenciada do álbum e conta com a participação de Arlindo Cruz. Com letra do próprio em parceria com Maurição, este samba fala daquele amor que apesar de não estar mais ao lado, não sai da mente. JáIbamolê, de Serginho Beagá, é um samba-ijexá repleto de ruídos rítmicos oriundos da religiosidade afro-brasileira e fala do encontro de um pescador com Oxum, a orixá que reina nas cachoeiras.

A sétima faixa do disco é uma ode à mulher brasileira. Com letra de Arlindo Cruz e Rogê, Musas, é um samba exaltação ao feminino. Em Pedreira, a resistência do amor é cantada através de versos fortes comoSe o meu amor tivesse um fim / Não era pra recomeçar / Nao era para implorar / Um calor de um beijo seu / Custe o que custar / Vai pagar pra ver.
A décima canção do álbum, Lenda das Matas, composta por João Martins e Raul Dicaprio, é um samba com referências da Umbanda e faz alusão a personagens do folclore brasileiro numa história rica e cheia de mistérios.

Encerrando o terceiro disco de Aline Calixto, em total clima de festa, o samba de Serginho Beagá, Eu sou assim. Os instrumentos que fizeram deste ritmo um dos mais festivos do planeta são exaltados nos versos desta canção. Meu Ziriguidum, como o próprio nome indica, tem samba na rima, no batuque e nos arranjos. O álbum não tem a intenção de ser um disco de samba tradicional, ao contrário, é um álbum de samba em perfeita simbiose com seus gêneros irmãos como pagode, ijexá e o rap. Meu Ziriguidum é atitude carregada de swing, sensualidade, malemolência e liberdade.

Preço – R$28,00

Faixas:
01 – Meu Ziriguidum – Aline Calixto e Gabriel Moura
02 – No Pé do Miudinho – Moacyr Luz e Délcio Luiz
03 – Entre Você e Eu – Leandro Fregonesecá
04 – Papo de Samba – Carlos Caetano, Moisés Santiago e Flávio da Silva Gonçalves
05 – Toda Noite – Arlindo Cruz e Maurição
06 – Ibamolê – Serginho Beagá
07 – Musas – Arlindo Cruz e Rogê
08 – Conto de Areia (Incidental: Rap de Areia) – Romildo Souza Bastos, Antônio Carlos de Nascimento e Emicida
09 – Pedreira – Fabinho do Terreiro e Ricardo Barrão
10 – Lenda das Matas – João Martins e Raul de Souza Vidigal
11 – Eu Sou Assim – Serginho Beagá

César Lacerda – Paralelos & Infinitos (2015)

Ter o amor como tema pode parecer, num primeiro momento, algo corriqueiro e banal. O lugar-comum. Entretanto, o que acontece quando um artista decide converter essa matéria-prima em um elemento instável, de alto risco? E ainda, optar por uma abordagem leve e sintética? Foi esse o caminho que César Lacerda escolheu para o seu novo disco, Paralelos & Infinitos (Joia Moderna). E há algo de revolucionário nessa escolha. Afinal, em um momento de tanta hostilidade e descrença, nada mais radical para um artista do que abrigar em sua obra o afeto. Lacerda, como grande músico que é, sempre soube fazer isso de forma singular, exibindo, desde seu primeiro disco, Porquê da Voz (2013, independente), uma identidade luminosa, sensível e inventiva.

Nascido em Diamantina (MG) e radicado por oito anos no Rio de Janeiro, Lacerda jamais perdeu seu DNA mineiro, bem como jamais deixou de externar sua vontade em expandi-lo e se tornar universal. O que seria para muitos uma ideia conflituosa, para ele foi um poderoso impulso que o permitiu se abrir a vários diálogos. Algo que pode ser comprovado nos projetos em que vem se envolvendo desde o lançamento de seu álbum de estreia, há dois anos. Nesse período, o músico trabalhou ao lado de nomes de diversas cenas e gerações: Lenine, Marcos Suzano, Emicida, Paulinho Moska, Fernando Temporão, Letícia Novaes (Letuce), Juçara Marçal, o poeta Eucanaã Ferraz, o ator Matheus Nachtergaele, entre outros. Também esteve presente nos EPs Instantâneos (2014, DOBRA) e Banquete (2014, Banda Desenhada Records); no tributo aos Novos Baianos, Tinindo e Trincando (2014, Jardim Elétrico); e na coletânea Mar Azul (2015, Slap – Som Livre), em homenagem ao Clube da Esquina.

Por conta de seu trabalho, o músico se apresentou em diversas casas de show do país, como os SESC’s Vila Mariana (SP), Palladium (BH) e Tijuca (RJ), Oi Futuro (RJ) e Teatro Paiol (PA), além de ter realizado turnês por vários países, como Uruguai, Cuba, Portugal, Holanda, Alemanha e Itália. Toda essa experiência, tanto musical quanto pessoal, foi muito importante para a gestação de Paralelos & Infinitos. Lançado em um momento de transição, quando Lacerda decide mudar-se para a cidade de São Paulo, o disco trata, exclusivamente, de um relacionamento amoroso.
“Love is so essential! Love is so celestial! Love is so special! Love is so delicious!
Love is…”
Abordando os aspectos mais resplandecentes dessa relação, o artista desfruta dessa felicidade (perene ou efêmera, não importa) revolvendo-a, criando uma paisagem que, ao invés de revelar fissuras, mostra seu núcleo duro, explendoroso e brilhante. Ainda que efusivo, Paralelos & Infinitos se apresenta como um trabalho íntimo, delicado e confessional. Seu título foi retirado do livro Amor em segunda mão (2006) da escritora portuguesa Patrícia Reis. A expressão é usada pela autora para designar a linha do horizonte, o encontro do mar com o céu, uma metáfora à relação a dois.

Na capa e contracapa do disco, Lacerda e sua namorada, a atriz Victoria Vasconcelos, aparecem em um ambiente ao mesmo tempo aquático e cósmico, remetendo a Joia (1975), de Caetano Veloso; e a Histoire de Melody Nelson (1971), de Serge Gainsbourg. Esse clima familiar e cúmplice se estende ao longo de todo o álbum. Nele, Lacerda gravou a maioria dos instrumentos e vozes, contanto com colaborações pontuais, dentre elas, a própria Victoria, Cícero, Mahmundi, Lucas Vasconcellos (Letuce) e Pedro Carneiro, este último, também produtor do disco.

Esteticamente, Lacerda promoveu em Paralelos & Infinitos uma fusão de influências que lhe são bastante caras: Milton Nascimento, Caetano Veloso, Grizzly Bear e, mais fortemente, DM Stith. Assim, é possível observar tanto um preciosismo notoriamente ligado ao som de Minas quanto a pesquisa timbrística e uma ambiência que remetem aos artistas contemporâneos da cena indie folk norte-americana.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Algo a Dois – César Lacerda
02 – Touro Indomável – César Lacerda e Francisco Vervloet
03 – 21 – César Lacerda
04 – Olhos – César Lacerda e Luiz Rocha
05 – Guarajuba – César Lacerda
06 – Paralelos & Infinitos – César Lacerda
07 – Love Is – César Lacerda
08 – Quiseste Expor Teu Corpo a Nu – César Lacerda