quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Carlos Lucena - Brisa aos Homens (1997)

Houvesse no mundo um dicionário onde pudéssemos encontrar a definição, o sinônimo, que adjetivasse as pessoas, estabelecendo significado conceitual para a existência humana, certamente encontraríamos, no caso de Carlos Lucena, musico mineiro contemporâneo ao Clube da Esquina, que formou talentos como Paulinho Pedra Azul, Lô Borges, Milton Nascimento e Beto Guedes, todos seus parceiros de trabalho, alguma coisa tal como: “Ser iluminado. Luz. Parecido com ou igual a: ...”

Das suas cifras musicais, nas canções que entoa, poderíamos também subtrair o seguinte conceito: “ Toda força viva que assim/ toma forma oculta no viver/ para reger a orquestra do saber/ e despertar no reino do Sem-fim./ Dono de poderes naturais:/ Salamandras, anjos e vegetais./ É o poder de Deus que vive mais/ na magia etérea dos astrais./... Vida! É um beija-flor pousar no meu jardim./ Uma fada azul que entrou dentro de mim./ Tomou conta do meu ser./ Fez amor comigo no Sem-fim.”
“Menestrel da Nova Era”, Carlos Lucena transita, sem se importar na sua musica com questões banais de mídia ou modismos, entre o que é provável e improvável no mundo metafísico.

Parece, empunhando o seu violão modelo AK-47 “Kalashnikov”, municiado por cordas vocais pacifistas, desfiar, com táticas ligadas diretamente a tudo aquilo que é carmico e cósmico, no declarado amor que externa, por tudo o que é rítmico ou acústico, o “status quo” de um homem densificado de futilidades, no tanger da vida moderna, desconcatenada de quês e porquês ?

Com seus acordes, encantadoramente, faz ecoar do seu instrumento mágico musicalidade somente admissível aos que tem acuidade ligada ao Olímpio.
Transitando por mundos onde vigoram sonoplastias oriundas, desde o samba canção de raiz, até o romantismo apaixonado de um homem que, a todo momento, declara indefectível amor pelo planeta e pela existência humana, metaforizada na forma de uma mulher inatingível, passa por regionalismos, que vão do Vale do Jequitinhonha e Heitor Vila Lobos, até os Alpes Suíços, circunvizinho de Bethowen e Mozart, em linguagem melódica universal.

Na sua simplicidade complexa, Carlos Lucena é o “Senhor dos Arranjos” que anunciam um mundo ainda porvir:
Realmente, imagem humana, e “Ser Maiúsculo”, que somente podem ser enxergados pelos que possuem sensibilidade auditiva em seus corações.
Este é, um pouco, no dicionário fugaz da vida, o conceito imediato de Carlos Calmete Lucena: Retidão de caráter, em um mundo curvilíneo. Significado de vida, “Sem medo de amar”.
Por: Pettersen Filho

Preço – R$20,00

Faixas
01 - Clara – Carlos Lucena e Cristiano Salazar
02 - Romântica – Carlos Lucena e Cristiano Salazar
03 - Diamantes – Carlos Lucena
04 - Brisa aos Homens – Carlos Lucena
05 - Nada Demais – Carlos Lucena e Luís Lauar
06 - Meu Cantar – Carlos Lucena
07 - A Dança das Folhas – Carlos Lucena
08 - Olhos da Lua – Carlos Lucena e Lô Borges
09 - Pomar dos Deuses – Carlos Lucena
10 - Raízes do Franco – Carlos Lucena e Mozart Mello (Instrumental)
11 - Uma Canção Na Estrada do Sol – Carlos Lucena
12 - Viventes – Carlos Lucena
13 - O Canto Dos Deuses – Carlos Lucena
14 - Do Céu Da Cabeça – Carlos Lucena e Cristiano Salazar
15 - Plataforma Dos Cristais – Carlos Lucena

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