segunda-feira, 4 de abril de 2011

Play – Soul Brasileiro (2010)

Dez anos, ou mais ou menos que isso, foi o tempo que Gerson Pires  ( Play ) usou para criar, recriar, amadurecer e parir "Soul Brasileiro"; seu primeiro trabalho solo, que agora ganha as ruas. A vida do cantor, crooner ou como quiserem nominá-lo, perambulou por palcos, estúdios, sulcos e feixes musicais até desembocar neste trabalho.

Música, letra e sentimento. As canções que compõem o trabalho são fruto de uma parceria entre Play e seu irmão Geraldo Pires. Nada de letras enviadas por email ou melodias pré-gravadas. No método de composição dos irmãos Pires, o importante é o contato téte-a-tete e um bolo especial preparado por sua mãe.

Um assovio daqui, uma palavra de lá e o resultado são canções que assumem seu lado autobiográfico ao mesmo tempo em que  procuram dialogar com os sentimentos comuns das pessoas: amor, esperança, familia, conhecimento e a alma brasileira em sua essência.
Play cresceu ouvindo boa música e resultado não poderia ser diferente: um instinto musical, que desde cedo ensaiava seus primeiros passos no canto.


Do seio familiar para os colégios, o amor pela música fez com que se tornasse habituee das festas organizadas em datas comemorativas nas escolas por onde passou. O caminho natural percorrido foram os festivais colegiais. Logo no primeiro que participou, no Colégio Santo Agostinho, em Contagem (MG), faturou o troféu de primeiro lugar, como compositor e cantor. A carreira artística era iminente e ele rapidamente se tornou presença constante nas noites belorizontinas. Casas como Belo's, Janis, Maxaluna, Western House e outras foram seus segundo, terceiro e quarto lares. O nome Play virou sinônimo de boa música e as parcerias foram se ampliando.

Das casas noturnas até os galpões montados para abrigar até 2 mil pessoas. Sua popularidade cresceu junto com a noite belorizontina, que viveu um boom na década de 1990. Nomes como Skank despontavam nacionalmente e abriam portas para uma geração pop. Bandas como Pato Fu, Virna Lisi, Nepal e J. Quest (o futuro Jota Quest) floresceram em meio a esta efervescência, e Play já ensaiava seus passos com as bandas Hazamanaz, Dance Club e Dog Marley. Nos repertórios, muito reggae, pop, soul e funk - embriões daquele que viria a ser um de seus sucessos comerciais: a banda Nepal; que emplacou canções como “E Eu”
e “Mascate” na sua voz. Mais do que o sucesso experimentado com o Nepal, a banda foi importante para que o cantor se tornasse conhecido nacionalmente e atraísse uma atenção ainda maior para si mesmo.

Não foi toa que após o término da banda, ele foi chamado para trabalhar com alguns amigos, fazendo backing vocals e contribuindo nas composições de alguns trabalhos. Estes amigos, que uma vez chegaram a cogitar seu nome para assumir os vocais de forma definitiva, ainda na década de 1990, agora ocupavam o posto de uma das principais bandas pop do país e são conhecidos até hoje como Jota Quest. O trabalho com o Jota abriu portas para Play usar seus dotes vocais com artistas variados como Charlie Brown Jr, Vanessa da Mata e O Rappa.

Nos intervalos das inúmeras viagens pelo Brasil, Play se trancafiou no Estúdio Ultra, sob o comando do velho amigo e parceiro Gerson Barral, para finalmente colocar à prova as canções compostas pelos irmãos Pires. Para auxiliá-lo nesta força-tarefa, uma banda escolhida a dedo: Nas guitarras, Fabinho Gonçalves; na bateria, Leo Pires; nos teclados, Ricardo Fiúza e Johnny S.; no contrabaixo, Juninho Fiúza; na percussão, Serginho Silva; e nos backing vocais, Adriana Moreira e Mônica Horta, além do próprio Play e de seu irmão, Geraldo.

Barral, além de dividir a produção do disco com Play, ficou responsável pelos samplers e programação, ainda que o disco não seja ancorado nisto. A ideia sempre foi a de um som orgânico, fácil de ser reproduzido ao vivo. Uma escolha bastante natural, já que desde o início Play havia decidido que o trabalho seria registrado “ao vivo no estúdio” com todos os músicos tocando juntos.

No DNA das canções deste álbum, as influências de hoje e sempre na vida de Play: O funk e o pop, temperados com uma boa dose de rock, soul e black music. Pouco a pouco o disco foi sendo moldado até chegar no produto final que agora vai às lojas.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Door – Play e Geraldo Pires
02 – A Gente - Play e Geraldo Pires
03 – Take me Up - Play e Geraldo Pires
04 – Afagia – Djotta, Play e Geraldo Pires
05 – A Vida - Play e Geraldo Pires
06 – A Trilha - Play e Geraldo Pires
07 – Na Batida - Play e Geraldo Pires
08 – Quando tudo é Nada - Play e Geraldo Pires
09 – To te dando um Toque - Play e Geraldo Pires
10 – Soul Brasileiro - Play e Geraldo Pires

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