A Banda
A ideia era misturar estilos e influências próprias na busca de uma nova leitura da música brasileira. Os pontos de partida não eram difíceis de encontrar – cada integrante sabia bem do que gostava. A forma como eles iriam absorver essas influências e transformá-las em um multiplicador comum, isso sim era o desafio.
A Fase Rosa optou então por experimentar, procurar singularidades da música que queriam fazer. Na busca pelos elementos que os tocavam, entendendo como cada integrante sentia aquelas referências, nasceram as composições.
Sempre interessada na cultura popular, a banda construiu sua musicalidade em um flerte permanente com variações do samba, marchas e gêneros como o carimbó e o axé. Ao mesmo tempo, A Fase Rosa sobrepõe a esses contextos regionais influências da cultura cosmopolita, inspirada pela ironia do experimento tropicalista e pela ousadia do manguebeat. No fim das contas, o som da Fase Rosa explode híbrido, experimental, e sem vergonha de abraçar o que aparentemente é pura contradição.
Trajetória
Pertencentes à geração Praia da Estação, A Fase Rosa nasceu em 2009, em Belo Horizonte. Desde então, tem conquistado espaço no cenário da música independente do país - depois de várias apresentações em casas noturnas importantes de BH, no final de 2012, a banda esteve no estado do Rio de Janeiro para uma mini-turnê, que contou com duas apresentações na capital e uma em Niterói. No ano de 2013, foram destaques também as apresentações no Centro Cultural Rio Verde, na cidade de São Paulo, e na 16° Mostra de Cinema de Tiradentes (MG).
Já são dois EPs na bagagem: O arquiteto e o carnaval (2011) foi lançado na Casa do Baile, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, e o EP 2 (2012) atingiu a marca de 400 unidades vendidas e mais de 1000 downloads pela internet. Em março de 2013, A Fase Rosa lançou o seu disco de estreia, intitulado “Homens Lentos”. O show do disco “Homens Lentos” já foi apresentado em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Uberlândia e Poços de Caldas.
Devagar para ver
O título Homens Lentos foi inspirado nas ideias do geógrafo Milton Santos. De acordo com o estudioso, homens lentos seriam os que, devido à sua condição social de exclusão e revelia, não acompanham a velocidade do mundo contemporâneo. Por serem lentos, eles caminham devagar e podem perceber com mais clareza algumas das contradições presentes na cidade. O interesse pela relação do homem com seu entorno e, principalmente, com a cidade dialoga com vivências pessoais e acadêmicas dos integrantes da banda.
A produção de todas as composições do primeiro álbum d’A Fase Rosa dependeu também de momentos de descoberta e lenta maturação. Para criarem as canções, os músicos se reuniram na pequena cidade de Casa Branca, em encontros de produção intensiva. Com essas reuniões, foi possível abraçar as músicas, as ideias, e, a partir disso, encontrar a forma e o tempo corretos para que as experimentações sedimentassem arranjos consistentes.
As canções falam do que acontece ao redor e tratam especialmente da cidade de Belo Horizonte. O nome do disco nasce como uma síntese e uma provocação - abordar a necessidade de interpretar o ritmo que o mundo nos impõe de uma forma mais pessoal e verdadeira com a realidade que nos circunda.
Preço – R$35,00
Faixas:
01 – Lourdes & Leblon
02 – O Jogo
03 – O Arquiteto e O Carnaval
04 – Desmancha
05 – Tanta Flor
06 – Quantas Voltas
07 – A Faixa
08 – Levantado
09 – Casa
10 – Fellow, Felá
11 – Os Ateus
12 – Colorida
Todas as músicas de autoria de Thales Silva
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