quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gabriel Guedes (2012)

Neto do "chorão" Godofredo Guedes e filho do cantor e compositor Beto Guedes, do Clube da Esquina, Gabriel compõe clã criativo.

Depois de Choros de Godofredo, no qual passeia pela obra do avô “chorão”, Gabriel traz à tona a produção autoral, dando-se ao luxo de reunir os principais artífices do Clube da Esquina na faixa Estrela cadente. Além do pai, Beto Guedes, estão nos vocais da canção Milton Nascimento, Lô Borges, Flávio Venturini, Toninho Horta e Tavinho Moura. “O disco inteiro é uma homenagem ao clube”, avisa, dizendo-se “desaforado” ao cantar com um time de estrelas fazendo coro para ele.

A música chegou cedo na vida do filho de Beto Guedes. “As primeiras lembranças que tenho são de meus pais ouvindo Beatles e Clube da Esquina, quando eu tinha 7 anos”, recorda. Já naquela fase, gostava de dedilhar um cuatro venezuelano, instrumento de cordas semelhante ao cavaquinho. Aos 10 anos, Gabriel começou a se interessar pelo violão. O contrarregra de seu pai, Patu Hendrix, ensinou-lhe os primeiros acordes. Atraído pelo rock, três anos depois, ele passou a integrar, como guitarrista, uma banda cover dos Ramones, fazendo o primeiro show na antiga Capitão Caverna, na Savassi.

Aos 18 anos, diz ter sido atingido por “um raio”, ao ouvir pela primeira vez o Brandenburg concerto nº 3, de Johann Sebastian Bach. “Comecei a atinar para a pesquisa da música de orquestra”, que acabaria por chegar a bandas de rock como Yes e Genesis, com a qual mais se identificou. Aos 21 anos, nada mais óbvio, portanto, que criasse a banda Limbo, de rock progressivo, com a qual fez longa temporada na noite (extinto Mister Beef) belo-horizontina. “Naquele período, além da guitarra, estudava piano, saxofone e flauta em casa, estava começando a descobrir os instrumentos”, diz.

Despertar para a música do avô seria o próximo passo de Gabriel, que, ao descobrir partituras de Godofredo Guedes, trocou o violão de 12 cordas pelo bandolim. Montou um trio para tocar na noite. “Foi uma escola”, reconhece. No fundo, ele se acha um “oportunista vagabundo”. “Era para estudar mais arranjos de corda”, confessa.

Hoje, Gabriel sabe muito bem o que quer da música, que não é nada mirabolante ou espetacular. “O disco que estou lançando é a síntese de todo o trabalho”, acredita o músico, que, além de cantar, toca piano, guitarras, baixo, marimba, moog, rhoads, violão 12, órgão e bateria e outros instrumentos. Trata-se, de acordo com ele, do produto de mais de uma década de trabalho de composição.

Longe de se considerar um autor, Gabriel crê que a herança musical foi uma árvore que frutificou naturalmente em sua vida. “O Clube da Esquina é a referência”, assume o artista, dizendo que fez o novo disco para ele mesmo escutar, tomando vinho. “Não tenho pretensão de ser uma promessa do Clube, que sempre foi e será minha referência maior.”
*por Ailton Magioli - EM Cultura

Foto da Capa: Marco Aurélio Prates


Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Rumbha – Gabriel Guedes
02 – Valsa Mineira – Gabriel Guedes
03 – Vinheta 2 – Gabriel Guedes
04 – Para as Águas – Gabriel Guedes
05 – Júlia – Gabriel Guedes
06 – Lira – Gabriel Guedes
07 – Nina – Gabriel Guedes
08 – Vinheta Meninas – Gabriel Guedes
09 – Estrela Cadente – Gabriel Guedes
10 – Bituquebach – Gabriel Guedes
11 – Vinheta 1 – Gabriel Guedes
12 – Poente – Gabriel Guedes 
13 – Countless Days – Gabriel Guedes e Jasmin Godoy
14 – Veraneiro – Gabriel Guedes e Daniel Romano
15 – Prelúdio em G – J. S. Bach

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Uakti – Beatles (2012)

A música que o grupo Uakti faz exige, além de atenção redobrada, certa atitude solene no palco. Diante de instrumentos incomuns, feito de materiais inusitados como tubos de PVC, pedaços de vidro, cabaças, apitos, madeira ou latinhas de refrigerante recicladas, os artistas são obrigados a decorar cada movimentação e nota musical até conseguir o efeito desejado, não raras vezes, bem diferente do convencional. O novo projeto, um CD com releituras de clássicos dos Beatles exige algo mais dos integrantes do grupo.

O Uakti em 35 anos de carreira e ficou conhecido pelo trabalho autoral ligado ao repertório erudito e popular mais sofisticado. Raras vezes se aproximou do universo pop, como quando tocou com o Skank ou durante apresentação no Rock in Rio. Com o disco Uakti Beatles, o grupo flerta de vez com o movimento musical que, na essência, dialoga com multidões e com universo mais colorido e agitado do showbizz. Eles estão se preparando para a mudança. “Geralmente, pela exigência dos arranjos, tocamos mais compenetrados. Vamos continuar olhando para baixo, para as marimbas, mas não há como não ser mais alto astral. O repertório chega com uma carga pop que nos leva para cima”, diz Paulo Santos.

A ideia das recriações dos arranjos das obras-primas dos ingleses John, Paul, George e Ringo foi de Marco Antônio Guimarães. Além de responsável pela criação dos instrumentos, o músico e compositor, que há anos prefere se manter nos bastidores, tem cuidado de sinalizar os caminhos do Uakti. Com a homenagem aos Beatles não foi diferente. “O líder dos beatlesmaníacos é o Marco. Mas todos nós somos fãs. Temos afeto grande pelas melodias simples da banda inglesa, de resultado musical raro”, conta Artur Andrés. Foi necessário um ano inteiro para idealização dos arranjos e outro para gravação e ensaios para o show. “Incluiremos uns seis temas que não estão no disco”, completa Artur, mantendo em segredo os nomes das canções.

O disco Uakti Beatles chega com 16 faixas. Estão lá, por exemplo, Lucy in the sky with diamonds, Across the universe, With a little help from my friends, Something e Here comes the sun. As gravações, além de Paulo Santos, Artur Andrés e Décio Ramos, tiveram participação de Marco Antônio. No show, pelo menos até segunda ordem, ele não deve aparecer no palco. Para manter a fidelidade sonora nas apresentações ao vivo, o Uakti lançou mão de uma solução caseira. Pela primeira vez os filhos e esposas de alguns dos integrantes entrarão em cena. Josefina Cerqueira, mulher de Paulo Santos, e Regina Amaral, casada com Artur Andrés, vão participar. O guitarrista Ian Cerqueira, filho de Josefina, e o flautista Alexandre Andrés, filho de Arthur, também são presenças confirmadas.

Quem está acostumado com a sonoridade do Uakti vai se surpreender. O disco mantém a essência tanto do grupo quanto dos arranjos dos Beatles. “Todas as notas das melodias são originais. O que dá o diferencial é o timbre”, explica Décio. Mas engana-se quem imagina a sensação de déjà vu. A intenção é criar surpresa. Ao transpor para os instrumentos de sons singulares o repertório dos ingleses, o Uakti não cai no lugar-comum, nem mesmo da sonoridade que os notabilizou. Pela primeira vez os músicos mineiros flertam com instrumentos convencionais, usando o piano para conduzir a melodia de Come together, e a guitarra num solo de Get back. “Com o CD estamos realizando uma mudança de oitavas das mais amplas”, avisa Paulo Santos. Se a intenção é internacionalizar ainda mais o trabalho, como parece, o Uakti tem tudo para ganhar novos palcos.
*por Sérgio Rodrigo Reis - EM Cultura

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Mother Nature’s Son – Lennon e McCartney
02 – Get Back – Lennon e McCartney
03 – A Day in the Life – Lennon e McCartney
04 – With a Little Help From My Friends – Lennon e McCartney
05 – Lucy in the Sky With Diamonds – Lennon e McCartney
06 – Julia – Lennon e McCartney
07 – Come Together – Lennon e McCartney
08 – Here Comes The Sun – George Harrison
09 – Dig a Pony – Lennon e McCartney
10 – Across the Universe – Lennon e McCartney
11 – For No One – Lennon e McCartney
12 – She’s Leaving Home – Lennon e McCartney
13 – Eleanor Rigby – Lennon e McCartney
14 – Golden Slumbers – Lennon e McCartney
15 – Ob-La-Di, Ob-La Da – Lennon e McCartney
16 – Something – George Harrison             

Luiz Salgado – Trem Bão (2000)

Luiz Salgado é natural de Patos de Minas - MG, e atualmente mora em Araguari, no Triângulo Mineiro.

Desenvolve seu trabalho na área da Cultura Popular, Folclore e Cantorias Próprias, de outros cantadores e de Domínio Público. Atua como violeiro e cantador, dentro dessas manifestações Culturais.

Desenvolve um trabalho fincado na expressão musical arraigada no Brasil profundo, na música que emana do que há de mais autêntico e genuíno da tradição das festas populares, da folia de reis, do congado e da viola caipira.

No seu ofício de cantador faz de sua viola não só um instrumento musical de trabalho, mas também uma ferramenta de combate. Com seus acordes, ponteados e versos, canta o cerrado, o mato, a prosa, o causo, tornando sua música uma atitude diante da cultura e da vida, imprimindo uma maneira de ver o mundo e celebrar a beleza da tradição, da natureza, dos costumes e do folclore dessa região de Minas Gerais.

Tem se apresentado em diversas partes do país e participado de diversificadas atividades ligadas à música, com participação em trabalhos de Consuelo de Paula, Cátia de França, Orquestra de Viola Caipira do Cerrado, Viola de Nóis, Trem das Gerais, Pena Branca & Mano Véio, entre outros.

Preço – R$10,00

Faixas:
01 – Raízes – Luiz Salgado
02 – Norte e Viola – Luiz Salgado
03 – Rio – Luiz Salgado
04 – Resistência – Luiz Salgado
05 – Pau de Atiradeira – Papalo Monteiro
06 – Alma Penada – Caco Sodré
07 – Reza de Novena – Domínio Público
08 – Folia de Reis – Luiz Salgado
09 – Nhô Brás – Luiz Salgado
10 – Pequeno Dicionário das Grandes Coisas – Luiz Salgado
11 – Aroeira – Dalla e Wander Porto
12 – Que Nem Eu – Luís Dillah

Luiz Salgado – Navegantes (2012)

Dentre os nomes de Luiz Salgado, o que mais gosto é Xibiu. É quando ele se veste de palhaço e mágico. É quando sua viola soa como nos sonhos de uma criança e sua voz é mais generosa. O sorriso é o mesmo que une todas as suas obras, mas o coração se alarga. “Navegantes” nos convida a uma viagem linda.

A canção de abertura, Faz de Conta, traz o caminho de chegada, a festa na porta da entrada do navio, do circo, da escola, do teatro, da alma. “Mundaréu” é a segunda abertura, o canto que se adianta assim que a roda é formada. Em seguida, a festa é anunciada com a forte “Panela de Barro”. “Pequeno Dicionário’ e “ Criança” nos  colocam definitivamente no universo do CD.

A essa altura, uma história começa a ser contada, seguida de percussões irresistíveis. “Suíte dos Passarinhos” – aqui já estamos no meio da obra – é uma peça riquíssima que une passado, presente e futuro. A história continua com “Ciranda do Bem” e faz parecer que poderíamos recomeçar tudo novamente. Sorrimos com “Égua Branca” e logo após, a “Tarde” cai numa cantiga/acalanto trazendo o cheiro da saudade. “Alecrim”, alecrim dourado... A cor do alecrim se mistura ao dourado da tarde e todos começam a se despedir da viagem. A delicadeza de “Sabiá” provoca um sentimento tão bonito que nem sei nomear. E seguimos para a vida cantarolando “Urupaco”, sem parar...

As canções, os convidados, as vozes, os instrumentos, tudo sorri a favor da vida. E Xibiu olha pro cerrado e pro mundo com olhar de quem seguiu o curso do rio, de quem ouviu o coração e para ele entregou sua arte musical. Ele sabe que a vida vale a pena por causa de um jasmin ou de um pequeno gesto amoroso espontâneo. Por causa de uma nota musical que sai da voz e dos olhos de uma criança para depois pousar na emoção de quem ouve.
*por Consuelo de Paula 

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Faz de Conta – André Salomão
02 – Xavier Bartaburu e Edson Penha
03 – Panela de Barro – José Pedro Simeão
04 – Pequeno Dicionário das Grandes Coisas (Parte 3) – Luiz Salgado
05 – Criança – Luiz Salgado
06 – O Sapo – Domínio Público
07 – Suíte dos Passarinhos – André Fernandes e Luiz Salgado
08 – História Contada, Porta Aberta, Semente Plantada – Luiz Salgado
09 – Ciranda do Bem – Thigaga
10 – Égua Branca – Domínio Público
11 – Tarde – Luiz Salgado
12 – Alecrim – Domínio Público
13 – Sabiá – Antônio Sabiá e Luiz Salgado
14 – Urupaco – Caco Sodré


Foliões e Tocadores – Taboquinha da Tapera (2012)

Foliões tocadores de taboquinha da tapera, pequena comunidade no sertão de Minas Gerais. Fica a algumas horas de estradas de terra e paisagens roseanas, no município de São Francisco. São os guardiões da cultura e da religiosidade popular. Pessoas simples, de grande sabedoria guardada e vivida.

Semblantes enigmáticos e de rara beleza. São artesãos, tocadores, violeiros, aboiadores de cantigas e crenças, cantadores de modas e trovas, rezadores, benzedeiros, lavradores, carpinteiros e tantas outras coisas que passam por entre as mãos e sonhos desse povo.

Sua música é extremamente funcional, mesmo quando tocam, cantam e dançam as coisas deixadas pelos seus antepassados. Sua fé e suas práticas religiosas são diárias, às vezes mais intensas, outras mais lúdicas.

E assim, vão cumprindo seu destino, sua sina de teimosia em existir e resistir às tempestades e secas mais diversas. É assim que nos recebe e nos transmite seu mais precioso dom: a alegria.
*por Joaci Ornelas

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Folia de Bom Jesus da Lapa
02 – Folia do Divino Espírito Santo
03 – Fala Rabeca (Instrumental)
04 – Folia de Santos Reis
05 – Eu Não Criava Mais Boi
06 – Folia de São José
07 – Eu Não Acompanho Boiadeiro
08 – Folia de São Sebastião
09 – Lundu do Avião
10 – Folia de Santa Luzia
11 – Jaca (Instrumental)
12 – Folia de Mártir de São Sebastião
13 – Chula (Instrumental)      

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Choro Livre - Coletânea Volume 1 (2011)

Para registrar o momento importante de efervescência da cena de choro na cidade de Belo Horizonte, no final de 2011, foi especialmente produzida a “Coletânea Choro Livre – Volume 1”, que traz um belo retrato da recente produção fonográfica dos grupos e artistas mineiros que se dedicam a esse gênero musical.

A coletânea é composta por 10 faixas dos músicos e compositores: Ausier Vinícius, Eduardo Macedo, Gabriel Guedes, Geraldinho Alvarenga, Gustavo Monteiro, Marcos Frederico, Thiago Delegado, Rodrigo Torino, Sílvio Carlos e Warley Henrique. Além dos grupos Cortajaca, Flor de Abacate, Piolho de Cobra e Sarau Brasileiro.

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Chorinho da Jéssica – Ausier Vinícius
02 – Ilustre Visita – Grupo Piolho de Cobra
03 – Boa Praça – Marcos Frederico
04 – Pensando em Ti – Warley Henrique
05 – Saudade de Itabira – Grupo Flor de Abacate
06 – Tardes em Fortaleza – Gabriel Guedes
07 – Os Matutos – Grupo Corta Jaca
08 – Malandrinho – Thiago Delegado
09 – O Carnaval Que Vem – Grupo Sarau Brasileiro
10 – Savassi Samba Play – Grupo Senta a Pua!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Consuelo de Paula – Casa (2012)

A mineira Consuelo de Paula lança seu quinto CD, Casa. O disco é mais um trabalho primoroso que registra a parceria entre a cantora e compositora e o violonista Rubens Nogueira (1959 – 2012), iniciada com Dança das Rosas, em 2004. Rubens fez todas as melodias para as letras de Consuelo que assina a concepção, direção e produção deste álbum.

A música de Consuelo de Paula chega muito bem amparada neste trabalho; ganhou nova moldura para mais uma vez surpreender até os ouvidos mais atentos. Todas as faixas têm o acompanhamento da orquestra curitibana À Base de Corda, formada por nove instrumentistas, conferindo ainda mais frescor para o personalíssimo trabalho da artista.

Surpresas vão permeando todo o CD. Cada canção, um toque, um tempero diferente. É que Consuelo convidou não apenas um arranjador para a “construção” de sua Casa: além de João Egashira, André Prodóssimo e Luís Otávio Almeida (integrantes da orquestra), os músicos Dante Ozzetti, Chico Saraiva, Weber Lopes e Luiz Ribeiro assinam os belos e delicados arranjos deste trabalho. São arranjos diferentes para conduzir com unidade a poesia e o canto de Consuelo.

A cantora declara: “Casa é um recomeço após a trilogia, é a continuidade da minha obra agora com outra textura, um aprofundamento e ao mesmo tempo um vôo mais amplo”. Ela ainda explica que o DVD Negra foi um condutor para esta nova fase, aquecendo os caminhos para este CD. É inevitável considerar que ele mantém a mesma coerência e equilíbrio observado em toda sua arte: ritmos, melodias e poesias em perfeita harmonia.

Neste disco a mineira se apresenta com diálogos sensoriais, canto livre e pleno; registra seu afeto e admiração por Rubens Nogueira e a incalculável dor de sua perda: “Rubão traduzia em notas musicais a expressão contida na letra, por mais metafórica que fosse. Ele fazia a música certeira para elevar e respeitar a poesia. E fazia isso de forma genial”.

Preço R$26,00
Faixas:
01 – Convite
02 – Marinheiro
03 – Desafio
04 – Notícias
05 – Borboleta
06 – Espera
07 – Navegações
08 – Destino
09 – Azul
10 – Fé
11 – Réquiem
12 – Estrela

Todas as canções são de Consuelo de Paula e Rubens Nogueira