sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Antonio Loureiro – Só (2012)

O compositor e multi-instrumentista Antonio Loureiro chega ao segundo álbum solo apostando na liberdade do improviso e defendendo uma criação musical que prescinda de rótulos classificatórios. Em sua concepção, não há diferença entre canção e música instrumental ou entre o popular e o erudito. “Se me perguntam qual tipo de música eu faço, não tenho resposta para dar”, confessa Loureiro.

“Só” é fruto da coleção das referências sonoras que acompanharam Loureiro nesses seus 26 anos de vida. Se determinado momento do disco faz lembrar o som progressivo das bandas Yes ou Genesis e, logo na sequência, surge um toque de jazz contemporâneo à la Brad Mehldau, ou então uma canção, no melhor estilo da tradição brasileira, não se trata de coincidência. A mistura foi intencional e serviu de mote não apenas para o processo de composição como para a produção do álbum.

“Eu fico muito intrigado com essa não barreira que podemos ouvir em trabalhos como os de Mario Laginha, André Mehmari, Egberto Gismonti ou Guillermo Klein. Num mesmo assunto estão contextualizados paisagem sonora, arranjo e letra”, explica Loureiro que, apesar de nascido em São Paulo, despontou entre os novos artistas da atual cena musical de Belo Horizonte, cidade onde foi criado.

Formado em percussão na Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em composição e teclados de percussão, sua trajetória de músico profissional teve início em 2000. Como baterista e percussionista, acompanhando diversos artistas, entre eles, Toninho Horta (como integrante da Orquestra Fantasma), Chico Amaral, Flávio Henrique, Juarez Moreira, Robertinho Silva e Duofel.

Mais adiante, ajudou a formatar a sonoridade das bandas A Outra Cidade (com Kristoff Silva, Makely Ka e Pablo Castro) e Ramo (ao lado de Daniel Pantoja, Felipe José, André Rocha, Rafael Martini e Frederico Heliodoro). Com a primeira, entre outros shows, se apresentou no Mercado Cultural da Bahia de 2009. Mesmo ano em que o grupo Ramo foi selecionado para o Projeto Pixinguinha, rendendo a gravação e o lançamento de um CD, com produção assinada por Benjamim Taubkin.

O trabalho autoral do artista ganharia maior destaque em 2010, com “Antonio Loureiro”, seu primeiro álbum solo. O disco, que conta com participações do pianista André Mehmari, do quinteto de clarinetes Sujeito a Guincho e dos cantores Marcelo Pretto e Fabiana Cozza, contribuiu também para revelar a faceta multi-instrumentista de Loureiro – nas faixas, ele se alterna entre piano, violão, vibrafone, marimba e, naturalmente, percussão.

A estreia em disco solo veio acompanhada pela transferência do músico para São Paulo, onde vive atualmente, e de uma pequena turnê por Portugal e França, para concertos de divulgação. Foi na Europa que começou a planejar seu segundo álbum, já pensando em investir num trabalho que explorasse a liberdade do improviso.

Nenhuma das faixas de “Só” teve seu arranjo formalmente escrito. O álbum está centrado em piano, baixo, vibrafone, bateria e vozes – e, na maior parte das gravações, é o próprio Loureiro quem responde por todos os instrumentos. “Passagem”, por exemplo, foi composta a partir de acordes soltos de piano. “No espaço entre os acordes, coloquei improvisos de bateria e, depois, acrescentei vozes, com a mesma aleatoriedade”, explica Loureiro.

A opção pelo imprevisível também está na segunda parte de “Cabe na minha Ciranda”. Os solos de saxofone de Thiago França são improvisos que foram registrados separadamente e, mais tarde, sobrepostos e colados na edição.

Outra característica marcante desse novo álbum é a influência da cultura popular brasileira. Abrindo o disco, “Pelas águas” apresenta trechos da letra em tupi-guarani, com a sonoridade das palavras indígenas se misturando à melodia. “Boi”, por sua vez, tem a forte marcação rítmica inspirada no bumba-meu-boi do cantador Mestre Humberto de Maracanã. O contorno regional também está na já citada “Cabe na minha Ciranda”, trazendo a poesia e a voz de Siba. A parceria deles é antiga: Loureiro é integrante da banda do artista pernambucano.

“Só” destaca-se ainda pelas participações especiais, com as presenças de Tatiana Parra (voz), Pedro Durães (programações eletrônicas), Frederico Heliodoro (baixo elétrico), Rafael Martini (acordeon e vozes), Trigo Santana (contrabaixo), Alexandre Andrés (flautas), Daniel Santiago (violão), Sérgio Krakowski (pandeiro) e dos argentinos Santiago Segret (bandoneon) e Andrés Beeuwsaert (piano).

Preço – R$30,00

Faixas
01 - Pelas Águas – Antonio Loureiro
02 – Reza - Antonio Loureiro
03 - Cabe na Minha Ciranda - Antonio Loureiro e Siba
04 - Lindeza - Antonio Loureiro
05 - Antonio Loureiro
06 - Parto - Antonio Loureiro e Thiago Amud
07 – Passagem - Antonio Loureiro
08 - Antidotodesejo - Antonio Loureiro
09 - Boi - Antonio Loureiro e Makely Ka
10 - Luz da Terra - Antonio Loureiro

Chico Amaral – Província (2012)

Cristalino, o registro do solo do saxofonista belo-horizontino Chico Amaral na linda balada 12 de outubro, de Nivaldo Ornelas, revela mais que a perícia do improvisador. É nítido seu talento para conferir sentimento às notas, sopradas como se o músico estivesse ao lado do ouvinte, em timbre cheio de calor. A composição é uma das nove que compõem o repertório de seu segundo disco solo, Província, no qual o músico contempla exclusivamente peças de autores ligados à música mineira.

“Todas as músicas foram praticamente gravadas ao vivo em estúdio. Tocamos tudo juntos. Para música instrumental, é perfeito. A gente sempre ouve e almeja essa sonoridade. Inclusive, tenho tocado melhor assim, ao vivo. Fica mais intenso”, observa Chico Amaral. A propósito, ele conta ter tentado gravar tudo sem fone de ouvido, na tentativa de aproximar ainda mais o ambiente de gravação da atmosfera de suas apresentações.

“Não conseguimos, pois é preciso uma sala pensada para isso. Miles Davis e Gil Evans fizeram assim, mas com muitos takes e a gravadora Columbia bancando tudo”, justifica. Mesmo assim, ele e a banda (com a qual toca desde 2000) conseguiram imprimir textura de música ao vivo ao novo disco. Como resultado, obteve som mais espontâneo e menos “premeditado” que em Singular, seu álbum anterior, focado em composições e arranjos.

“Singular tem algo quase pop na concepção e colagem de arranjos, com a gravação de uma camada de cada vez. Esse novo disco é mais orgânico, com a base saindo pronta e junta. Ainda assim, me deu trabalho”, diz. Acompanhado por Magno Alexandre (guitarra), Ricardo Fiúza (teclados), Enéias Xavier (baixo) e André “Limão” Queiroz (bateria), Chico tocou flauta, piano e saxofones tenor, alto e soprano. Gravou as composições entre agosto e novembro do ano passado em três estúdios da capital mineira.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Canoa, Canoa – Nelson Ângelo e Fernando Brant
02 – Estação 104 – Chico Amaral e Eneias Xavier
03 – 12 de Outubro – Nivaldo Ornelas
04 – From The Lonely Afternoons – Milton Nascimento e Márcio Borges
05 – Moça de Fino Trato – Túlio Mourão
06 – Bolero de Ana – Tavinho Moura
07 – Samblues – Juarez Moreira
08 – Pedra da Lua – Toninho Horta e Cacaso
09 – Nem Nada – Beto Lopes e Murilo Antunes    

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Humberto Junqueira - Latina Levada (2012)

Da mistura entre a imparidade rítmica africana e a racionalidade harmônica européia surgiu enorme variedade de formas, gêneros e ritmos que compõem uma das hibridações culturais mais bem sucedidas do mundo contemporâneo: a música popular da América Latina.

Parte dessa riqueza é traduzida por aquilo que os músicos atuais chamam de “levadas”, ou seja, aqueles padrões rítmicos característicos, aquele modo particular de conduzir o acompanhamento, aquela distribuição peculiar dos acentos que determina um jeito, um sotaque.

Ao inverter a expressão “levada latina” para “latina levada”, Humberto Junqueira e seus convidados fazem emergir outros sentidos: desviam a atenção do ouvinte para a brejeirice, a sensualidade, a desobediência e a malícia da maioria das mulheres nascidas no pedaço de terra entre o México e a Patagônia

Mas há um terceiro sentido para o termo “levada”, que revela ainda outra possibilidade de leitura (ou escuta) do disco: o sentido de desvio que se faz na água de um rio, “para regar ou mover algum engenho” (Aurélio).

Nesses rios desviados, emergem surpresas. O tango vira choro, o choro vira tango, vira rumba, valsa, salsa, samba, vira bossa. É assim que a levada latina vira latina levada, porque é igualmente afeita ao intercurso, é aberta à fusão, é predisposta ao hibridismo e à mestiçagem.
*por GUILHERME PAOLIELLO

Preço – R$25,00

Faixas
01 – Latina Levada (Humberto Junqueira)
02 – Bordel 1900 (Astor Piazzolla)
03 – Quase Dia (Humberto Junqueira e Marcelo Chiaretti)
04 – Turbilhão de Beijos (Ernesto Nazareth)
05 – Firma o Pelo (Humberto Junqueira)
06 – Tristezas de um Violão (Choro Triste nº 1) (Garoto)
07 – Brasiliana nº13 – 1º movimento: Samba Bossa- Nova (Radamés Gnatalli)
08 – Danza Caracteristica (Leo Brouwer)
09 – Isabela (Humberto Junqueira)
10 – Provei (Noel Rosa e Vadico)
11 – Ai, Maria (Humberto Junqueira e Vinícius Carvalho)
12 – Xapanã (Sérgio Pererê)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Márcio Levy – Banana Pra Dar e Vender (2011)

Marcio Levy, cantor e multi-instrumentista nascido na cidade de Pirapora- MG lançou o seu primeiro CD, chamado “Banana pra Dar e Vender”, onde mostra composições autorais inéditas de artistas nascidos na bacia hidrográfica do rio São Francisco.

O trabalho foi gravado no Centro Mineiro de Cultura, e os arranjos foram feitos pelo próprio compositor.

Preço – R$20,00
Faixas:
01 – Rap das Bananas – Márcio Levy e Lilian Maria
02 – Riacho Correndo – Inácio Loiola e Juniô do Assuruá
03 – Peleja do Jumento Com o Tropeiro – Márcio Levy, Cuca Moon e Inácio Loiola
04 – Lexixe – Inácio Loiola e Juniô do Assuruá
05 – Icatú na Feira – Juniô do Assuruá
06 – Parto da Lua Cheia – Márcio Levy e Ivinho Lopes
07 – Frevo do Sapo Cachorro e Paturebas Amestrados – Márcio Levy e Ivinho Lopes
08 – Lírio das Cores – Márcio Levy e Inácio Loiola
09 – Contos de Roça – Magela
10 – Nas Ranca da Mandioca – Márcio Levy e Inácio Loiola
11 – Pirapora – Márcio Levy e Ivinho Lopes  

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Roberto Guimarães - Saudade de Mim (2010)

Centro das atenções do país desde sempre, o Rio de Janeiro, como não poderia deixar de ser, foi responsável pelo surgimento da chamada bossa mineira. Bastou o baiano João Gilberto, radicado naquela cidade, incluir a canção de um compositor do estado no repertório de seu segundo e antológico LP, O amor, o sorriso e a flor (1960), para Minas Gerais entrar definitivamente para a história do gênero, influenciando autores e intérpretes – do veterano Pacífico Mascarenhas à vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai, passando por Toninho Horta, Affonsinho e tantos outros bossa-novistas. De carteirinha ou não.

“Como naquela época a TV era rudimentar, em Belo Horizonte passávamos o dia ligados nas ondas médias da Rádio Nacional e em outras emissoras cariocas, bebendo tudo da pré-bossa nova”, relembra Roberto Guimarães, de 71 anos, autor de Amor certinho, que ganhou o mundo na voz de João Gilberto, com arranjo de Tom Jobim. “Daqui de Minas, nós comungamos do nascimento da bossa com a turma do Rio”, acrescenta o compositor.

Ao lançar o segundo disco autoral, Saudade de mim (independente), ainda hoje Roberto se mostra surpreso com a decisão de João, que, depois de ouvir e tocar Amor certinho, anunciou que gravaria a canção em seu LP. “Sabe aquelas coisas do acaso?”, recorda o compositor mineiro. Os dois foram apresentados, em 1959, por uma amiga da turma de serenata de Roberto. O encontro ocorreu na casa da tia de Astrud Gilberto, ex-mulher do baiano, logo depois de uma apresentação de João no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte.

“Naquela noite, toquei no violão do João cinco músicas minhas. Ele não falava nada, apenas ouvia. Por fim, pediu que repetisse a segunda – Amor certinho –, que escutou outra vez antes de pegar o violão e tirar a harmonia, enquanto eu escrevia a letra no papel”, revela Roberto. Não por acaso, o mineiro teve parte de sua trajetória registrada por Ruy Castro no livro Chega de saudade: a história e as histórias da bossa nova, lançado em 1990.

O compositor e economista aposentado mantém a rotina tranquila em sua confortável casa no Bairro São Bento, Zona Sul da capital. Ele apenas lamenta que, devido à pendência judicial de João Gilberto com a gravadora Odeon, proibida de lançar mundialmente em CD os três primeiros álbuns do baiano nem sequer possa desfrutar dos direitos autorais de Amor certinho. Isso, apesar da extensa execução da canção e das centenas de cópias piratas de O amor, o sorriso e a flor circulando mundo afora.
*por Ailton Magioli - EM Cultura

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Minas – Roberto Guimarães
02 – Sobe O Verão – Chico Amaral e Roberto Guimarães
03 – Com Você – Roberto Guimarães
04 – Ela – Robertinho Brant e Roberto Guimarães
05 – Wait – Roberto Guimarães
06 – Encontro – Roberto Guimarães
07 – Sem O Teu Carinho – Chico Amaral e Roberto Guimarães
08 – Salsa e Cebolinha – Robertto Guimarães
09 – Saudade de Mim – Roberto Guimarães
10 – Seis Cordas e Uma Voz – Roberto Guimarães
11 – Gosto de Mel – Bob Tostes e Roberto Guimarães
12 – Saudade de Mim (Instrumental) – Roberto Guimarães    

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Paula Santoro - Mar do Meu Mundo (2012)

“Mar do Meu Mundo” é o retrato de uma cantora que chega ao quinto álbum de sua discografia segura da estética musical que defende e acredita.

Paula Santoro aposta num estilo quase camerístico e canta para colocar a música, e não a si própria, no centro das atenções. Sua voz vem somar-se ao instrumental da banda, formada por Rafael Vernet (piano e arranjos), Kiko Freitas e Rafael Barata (bateria), Guto Wirtti e Zeca Assumpção (contrabaixo), Marco Lobo (percussão) e Daniel Santiago (violão).

São 10 faixas que trazem o mar como tema, combinando parcerias renomadas com autores de uma nova cena musical brasileira.

Preço – R$28,00

Faixas
01 Guanabara (Fred Martins)
02 Alegria (Léo Minax/Chico Amaral)
03 Homem Ao Mar (Zé Paulo Becker/Mauro Aguiar)
04 Samburá De Peixe Miúdo (Sivuca/Glória Gadelha)
05 Flor (Frederico Demarca/Marcelo Fedrá)
06 Mar Deserto (Kristoff Silva/Makely Ka)
07 Arabesco (Danilo Caymmi/Alice Caymmi)
08 Luz Da Terra (Antonio Loureiro)
09 Joana Dos Barcos (Ivan Lins/Vítor Martins)
10 Água Salobra (Eduardo Neves/Mauro Aguiar)

Téo Azevedo – Blues Matuto (2004)

Blues Matuto é mais um álbum fantástico de Téo Azevedo, com participações especiais de Bobby Keys, Dominguinhos, Antônio Carlos Nóbrega, Blues Etílicos e Jackson Antunes.

São 14 faixas com o melhor do estilo, incluindo "A Borboleta Amazônica", "O Vaqueiro e o Aboio" e "A Lenda do Rio Abaixo", alguns dos destaques.
Um CD excepcional Confira!

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Blues da Favela – Téo Azevedo
02 – O Vaqueiro e O Aboio – Vaquejadas Country
03 – A Balada de Robert Johnson – Bráulio Tavares e Sebastião da Silva
04 – A Borboleta Amazônica – Téo Azevedo e Peter Alouche
05 – A Bala de Ouro – Téo Azevedo
06 – Presépio – Téo Azevedo e Virgílio de Paula
07 – A Formação do Ser Humano – Téo Azevedo
08 – For Bobby Keys – Téo Azevedo
09 – Estrelas do Céu e da Terra – Téo Azevedo e Assis Ângelo
10 – A Lenda do Rio Abaixo – Téo Azevedo
11 – A Gaita e A sanfona – Téo Azevedo
12 – De Repente Blues –Téo Azevedo e Flávio Guimarães
13 – Desaconteço – Téo Azevedo e Rosa Maria Mano
14 – Puxe O Fole Sanfoneiro (Dominguinhos Tocador) – Téo Azevedo 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Bilora - Balanciô (2012)

Balanciô é uma palavra tirada de um batuque, tradição africana forte em sua região, o Vale do Mucuri, MG, especificamente o Córrego do Norte (Santa Helena de Minas). “Balanciô, balanciô, eu pisei na pedra, a pedra balanciô, endireitou, endireitou, o mundo estava torto, Santo Antônio endireitou”. A música que leva o titulo do cd foi composta por Bilora e tem como abertura vinheta de um batuque gravado lá na Comunidade do Córrego do Norte.

Também de lá, tem a participação do índio Maxakali, Rogério Maxakali, na música Mai (Bom Sujeito). A música foi composta por Bilora e a versão na língua maxakali foi feita por Rogério Maxakali e Major Maxakali, índios da Aldeia Maxakali do município de Santa Helena de Minas, única tribo em Minas que ainda preserva sua cultura (língua, crença, etc).

O CD remete ao gingado, à dança, ao movimento, com elementos da cultura popular mineira e brasileira. Além do batuque, tem o moçambique (Véa Chica, do baiano Álisson Menezes) que também é um voltado inteiro, uma forma popular de cantar voltando sempre ao começo do verso; tem um xote misturado com coco (Teima do Capim Dourado, de Josino Medina); um boi meio xaxado ( Mundaréu, de Bilora e Paulim Amorim) música que abre o disco; tem uma mistura de viola com Rap (Rap’ente, música de Bilora em parceria com seu filho Djavan Carvalho); Rastapé (Viola Festeira, Bilora); Pagode de viola (Parece, mas não é, de Bilora); um samba (viola no samba, de Bilora); Calango (Beira mar, beira rio, de Bilora); tem um domínio Público recolhido na Comunidade do Córrego do Norte com Ana de Sinvaldo e conta com a participação das irmãs de Bilora Anedite e Laurita nos vocais (Boi Preto); além de outras três músicas mais canção, mais leve: Antes do Fim, parceria com Lula Barbosa e participação dele; Cantiga do Bem Querer, de Paulim Amorim e Suspiro e Saudade, de Bilora.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Mundaréu – Bilora e Paulim Amorim
02 – Balanciô – Bilora
03 – Rap’ente – Bilora e Djavan Carvalho “Djah”
04 – Teima do Capim Dourado – Josino Medina
05 – May – Bom Sujeito – Bilora
06 – Beira Mar, Beira Rio – Bilora
07 – Suspiro e Saudade – Bilora
08 – Boi Preto – Dom. Público
09 – Cantigas do Bem Querer – Paulim Amorim
10 – Antes do Fim – Bilora e Lula Barbosa
11 – Viola No Samba – Bilora
12 – Véa Chica – Álisson Menezes
13 – Parece Mas Não é – Bilora
14 – Viola Festeira - Bilora    

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Radar Tantã – Passeio Entre O Céu e O Mar (2004)


Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Cão Em Fuga – César Maurício
02 – E Ela Disse – César Maurício
03 – Cônsul Caramelo César Maurício
04 – Passeio Entre O Céu e O Sol – César Maurício
05 – Esse Nosso Amor – César Maurício
06 – Nos Jornais – César Maurício e Barral
07 – Aquelas Horas – César Maurício, Barral e Ronaldo Gino
08 – Radio Song – César Maurício e Barral
09 – Durmam, Durmam... – César Maurício
10 – Tarde de Terça-Feira –César Maurício e Barral
11 – Pode Esquecer – César Maurício e Barral  

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Odilara (2010)

Fundado em março de 2006, o grupo ODILARA vem chamando a atenção do público com sua forma peculiar de fazer samba. Com uma formação diferenciada (bateria, baixo, gaita, guitarra, violão nylon e três vozes) o grupo apresenta um show animado abrangendo releituras de compositores já consagrados da música popular brasileira além do crescente trabalho autoral.

O ODILARA iniciou sua trajetória no projeto “Sambas de Holanda” - músicas de Chico Buarque e parceiros. Com o sucesso deste, resolveu ampliar seu repertório - pesquisando e rearranjando sambas de outros compositores - e seguir em frente. Atualmente o grupo se apresenta nas principais casas de Belo Horizonte e em eventos da capital e do interior de Minas Gerais, chamando atenção com sua presença de palco, escolha de repertório, qualidade e personalidade sonora.

Seu primeiro álbum foi gravado de forma independente no “Estúdio Casa Antiga” com o técnico Fabrício Galvani e produção musical de Rogério Delayon. O seu lançamento aconteceu em Belo Horizonte (Abril / 2010) na “Boate do PIC”, com ingressos esgotados e um show muito bem recebido pelo público.

O CD tem ótima aceitação e está entrando em sua quinta edição. Este trabalho já rendeu alguns frutos, como um terceiro lugar entre as cinco finalistas para participar do programa "Afinando a língua", com Toni Belloto, no canal Futura, algumas aparições no site da “Garagem do Faustão” e na participação da seletiva do festival PLANETA INDEPENDENTE, para tocar no evento PLANETA BRASIL 2011, que contou com a presença de artistas como “Seu Jorge”, “Nando Reis”, “Gabriel o Pensador” e “Teatro Mágico”, além de atrações internacionais como “Playing for Change” e “Slightly Stoopid”.

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Já é – Eurípedes Neto, Gustavo Scarpa e Marcelo Franco
02 – Tristeza – Haroldo Lobo e Niltinho
03 – O Telefone Tocou Novamente – Jorge Benjor
04 – Vem Se Esconder – Eurípedes Neto, Gustavo Scarpa e Marcelo Franco
05 – Samba de Uma Nota Só – Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça
06 – Andarilho – Eurípedes Neto
07 – Berimbau/Consolação – Baden Powell e Vinícius de Moraes 
08 – Não Quero Sair – Eurípedes Neto, Gustavo Scarpa e Marcelo Franco
09 – O Meu Amor – Chico Buarque
10 – O Samba da Minha Terra – Dorival Caymmi    

Alarido (2006)

Com seis anos de existência, após dez meses de concepção do trabalho, a banda apresenta um primeiro CD puramente autoral de faixas com mesclagens que vão do blues, folk, jazz e rock, e que se fundem a ritmos brazucas: como o samba, maracatu, baião, samba-rock, entre outros.

Um trabalho que pode ser incluído na safra de novos artistas da MPB contemporânea, ou da MBM – Música Brasileira Mundializada, como define o crítico Arthur Nestroviski – que, defende a banda, “não deixa de ser popular”.

Nas letras – maioria assinada por Eurípedes Neto, vocalista e violonista na banda -, críticas e crônicas do cotidiano estão presentes (em músicas como “Receita Diária”, “Cidade de João Ninguém” e “Cara novo, mundo louco”) e se somam a uma poética lírica e bucólica, de canções como “Vida a dois”, “Novo dia” e “Sensibilidade”.

Tendo já se apresentado no circuito de casas noturnas de BH, diversas cidades mineiras e até em São Paulo, a ALARIDO prima pela presença cênica nos shows, abusando do bom humor, que no CD está mais que visível nas vinhetas, como em “Av. Viés”, que abre a música “Receita Diária”, ou “Alarido”, que exemplifica o porquê do nome adotado.

Segundo o dicionário Aurélio, “alarido” é: clamor de vozes, vozeria de homens que trabalham, canto (...) barulho, algazarra, alarme de briga, conflito, gritaria (...). Mas é também: Andréa Furtini (voz, gaitas e percussão), Eurípedes Neto (voz e violões), Gustavo Scarpa (voz e baixo), Marcelo Franco (guitarras e violões) e Paulo Spiña (bateria).

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Memórias de Um Amor Eterno Em Vida – Eurípedes Neto
02 – Av. Viés – Eurípedes Neto e Daniel Protzner
03 – Receita Diária – Eurípedes Neto
04 – Cidade de João Ninguém – Eurípedes Neto
05 – Novo Dia – Eurípedes Neto e Marcelo Franco
06 – Vida A Dois – Eurípedes Neto e Marcelo Franco
07 – Sensibilidade – Eurípedes Neto
08 – Transeunte
09 – Caminho – Andréa Furtini, Eurípedes Neto e Paulo Henrique Faleiro
10 – Tapoã – Eurípedes Neto, Paulo H. Faleiro e Marcelo Franco
11 – Alarido
12 – Cara Novo, Mundo Louco – Eurípedes Neto
13 – Vai Viver – Eurípedes Neto, Marcelo Franco e Andréa Furtini
14 – Olheiras de Eurípedes – Eurípedes Neto
15 – Andarilho – Eurípedes Neto