sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Agua de Cachorro - Todo Dia Eu Tô No Bar – (2011)

Como pouco mais de um ano, o Água de Cachorro foi formada por dois amigos de longa data que costumam dividir, na mesa de bar, além da cerveja, a criatividade musical com o violão em punho. O resultado foi o primeiro álbum da banda, “Todo dia eu tô no bar”.

São 12 faixas de puro despojamento punk, engajamento do hip hop e funk de morro, tudo sobre uma base sertaneja folk, aquela tradicionalmente tocada por um violeiro em um bar. O álbum produzido por Andre Lanari conta com as participações do irmão de Dois Sete, Estêvão; Mc Fael, funkeiro da zona leste; e Carlin, o MC poeta que rima no final da última música do disco.

Para a abertura foi convidada a banda do irmão do vocalista, a Mohandas. Formada por oito membros, o grupo alia diversas correntes e vertentes musicais para criar composições que ultrapassam a esfera da música brasileira e se encontram com uma série de influências mundiais. Vale lembrar que o Água de Cachorro já tem um clipe feito pelo Sávio Leite, da música Immigrant Song, que foi relançado com o áudio do CD.

Preço – R$10,00

Faixas:
01 – Todo Dia Eu Tô No Bar
02 – Sereia
03 – Mar
04 – Amor Grande Amor
05 – Immigrant Song
06 – Saudade
07 – En La Playa
08 – Sol
09 – Karolayne
10 – Amigo Cão
11 – Sentença
12 – Marinheiro

Todas faixas são de Água de Cachorro

Low-Fi - Ready For Rock – (2011)

O lançamento do álbum Ready for rock, o primeiro da banda Low-Fi, vai reunir boa parte da geração 1980 do rock produzido em Belo Horizonte. Integrantes dos grupos Sexo Explícito, O Grande Ah! e Divergência Socialista participam do show, tocando músicas que fazem parte da história do underground da cidade. Isso porque na formação do Low-Fi estão também músicos que integraram essas formações.

Ready for rock começou a ser gravado em 2008 por Elio Silva (sax e voz), Délio Esteves (guitarra), Fernando Righi (baixo) e Rogério Daros (bateria). Nos anos subsequentes houve outros registros. Não havia pressa alguma em lançar, pois o grupo costuma fazer apresentações bissextas. “Como todo mundo trabalha com outras coisas, fomos gravando com o tempo que tínhamos”, comenta Délio.

Ainda que a base seja o rock setentista, o Low-Fi bebe em outras fontes, como a soul music. Isso garante uma quebrada na sonoridade roqueira (ainda mais com a forte participação do saxofone). Das 11 faixas, a maior parte delas de autoria de Elio Silva, também produtor do álbum, houve espaço para duas versões. A mais inusitada é a de Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida), que não tem nada a ver com o clássico registro de Nelson Gonçalves. A outra é de O filho predileto de Rajneesh, de Rubinho Troll, do Sexo Explícito, que é mais conhecida na gravação do Pato Fu.

No álbum, o grupo não economizou nas participações especiais. Chama a atenção o rap de Deco Lima em Sinceramente; já em Divertir, o convidado foi Gabriel Guedes, que fez as guitarras. Há ainda várias canções em inglês, como a faixa de abertura Ready for love, além de I’m sure e To die for.
Mariana Peixoto - EM Cultura

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Ready For Love – E. Silva
02 – Seu Segredo – E. Silva
03 – No Crime – E. Silva
04 – To Die For – E. Silva
05 – To Die For – E. Silva
06 – Belém-Belém – E. Silva e Ruy Izidoro
07 – Negue – Adelino Moreira e Enzo de Almeida
08 – O Filho Predileto do Rajneesh – Rubinho Troll
09 – Sinceramente – E. Silva
10 – I’m Sure – E. Silva
11 – Divertir – E. Silva
12 – I’m Worried – E. Silva e Fábio Leite

Marcinho Itaboray - Artigos Impalpáveis (2011)

Com participações especiais do cantor Zé Renato (Boca Livre), da compositora Sueli Costa, do maestro Jaime Alem e da cantora Nair de Candia, da banda Lúdica Música, dos cantores Myllena e Édson Leão e do Márcio Hallack Trio, o CD é o terceiro álbum de Marcinho.

Com intensa participação na vida musical e cultural de Juiz de Fora, o compositor já lançou os CDs “Da Cor do seu Sonho”, em 1996, e “Olhares Cruzados”, em 2008, este com a participação de Milton Nascimento. É autor de “Assuntos de Vento”, livro publicado em 2001, sobre a música em Juiz de Fora.

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Rio de Águas Claras – Marcinho Itaboray e Guilherme Andrade - participação Lúdica Música
02 – Santo de Barro – Marcinho Itaboray e Gerrô - participação Lúdica Música
03 – Garras da Paixão – Marcinho Itaboray e Marcus Pestana - participação de Marcio Hallack
04 – Água e Pão – Marcinho Itaboray - participação Lúdica Música e Myllena
05 – O Menino (Pra Casa Toda Enfeitar) – Marcinho Itaboray - participação Lúdica Música
06 – Dor e Carnaval – Marcinho Itaboray e Rodrigo Barbosa - participação Zé Renato
07 – O Amor Me Acordou – Marcinho Itaboray e Márcio Hallack - participação Sueli Costa
08 – Tempo do Amor – Marcinho Itaboray e Rodrigo Barbosa - participação Lúdica Música
09 – Transbordou – Marcinho Itaboray e Marcus Pestana - participação de Marcio Hallack
10 – Guardar e Não Guardar – Marcinho Itaboray e Fernando Brant - participação Nair de Candia e JAime Alem
11 – Foi Melhor Assim – Marcinho Itaboray - participação de Marcio Hallack
12 – Palavras de Rosa – Marcinho Itaboray e Rodrigo Barbosa - participação Edson Leão
13 – Artigos Impalpáveis – Marcinho Itaboray e Marcus Pestana - participação Lúdica Música

Bob Tostes e Marcelo Gaz – Horizonte (2011)

“Este disco é uma virada no meu trabalho. Não rompi com nada, mas estou mais livre, ousado”, conta Bob Tostes, referindo-se ao CD Horizonte. A satisfação com o momento artístico tem explicação. Depois de décadas atuando como cantor, ele retomou a composição movido por encanto com os poemas de Marcelo Gaz. O repertório traz ainda canções de CDs mais antigos, medley de bossas novas compostas por roqueiros e clássicos norte-americanos dos anos 1940 em ritmo de samba e em português.

O gosto por samba, jazz, bossa nova, Frank Sinatra, canções antigas e pela conexão com o presente, conta Bob Tostes, também colaborou para a empatia com Marcelo Gaz. “Há coincidências que animam uma conversa e criam amizade”, garante. E foi se movendo por esse universo que surgiram Canção pra despertar, Prova de amor, Rimas pequenas. Elas carregam sentimentos distintos, da evocação a acalantos ao “samba denso”, passando por experimentos musicais e composição de caráter social – Meu país. “Compartilhamos ainda nossa visão do mundo e do cotidiano”, acrescenta.

Retomar a composição de maneira inesperada, explica Bob Tostes, foi experiência forte. “Compor é salto no escuro, dá frio na barriga, ansiedade, mas o resultado é muito compensador. Não considero mais a possibilidade de parar de escrever músicas”, afirma. “Marcelo é multitalentoso: escreve bem, canta bem, é perfeccionista. Tem conexão com o contemporâneo e, ao mesmo tempo, com Tom Jobim, Noel Rosa, Paulinho da Viola”, elogia, lembrando que também gosta do passado, “mas sem nostalgia”. Em Horizonte estão 12 canções da dupla, mas eles já somam cerca de 30 – e estão preparando o segundo disco.

Respeitado conhecedor de música popular e de cinema, Bob Tostes tem cinco discos gravados ao longo de 30 anos de atividades (o mais antigo, Sambacana 3, com músicas de Pacífico Mascarenhas). Cruzando toda a obra, explica, estão a leveza da bossa nova, as harmonias do jazz e o acervo histórico da MPB. Que, frisa, é muito rico. “Trinta anos de atividades permitem que você vá aprimorando, conhecendo-se melhor, ficando mais natural”, diz. Não há fórmulas para cantar bossa nova, jazz e afins: “O importante é que você cante do seu jeito, seja qual for. Mas é preciso ter conhecimento do assunto”, observa.
Walter Sebastião - EM Cultura

Preço – R$25,00

Faixas:
01 – Canção Pra Despertar – Bob Tostes e Marcelo Gaz
02 – Jazz e Vinho – Bob Tostes e Marcelo Gaz
03 – Onde Foi Que Eu Errei? – Bob Tostes e Marcelo Gaz
04 – País – Bob Tostes e Marcelo Gaz
05 – Samba Sem Ponto – Bob Tostes e Marcelo Gaz
06 – Prova de Amor – Bob Tostes e Marcelo Gaz
07 – Ultimato – Marcelo Gaz
08 – Rimas Pequenas – Bob Tostes e Marcelo Gaz
09 – Thalia – Bob Tostes e Marcelo Gaz
10 – Pelas Costas – Bob Tostes e Marcelo Gaz
11 – Horizonte – Bob Tostes e Marcelo Gaz
12 – Change Your Mind – Bob Tostes e Marcelo Gaz

Wilmar Silva e Francesco Napoli - Neo Não (2010)

Em NEONÃO, o expectador é constantemente provocado a sair da clássica posição de “leitor confortavelmente entrincheirado atrás de suas mesas e cadeiras”, para construir, também a partir de suas próprias leituras, através de suas próprias referências, de suas vivências particulares, a percepção de que existe uma poética que não se traduz apenas por palavras de dado idioma, que independe de interpretações objetivas ou cartesianas do discurso linguístico que um poema poderia ou, segundo alguns, “deveria” encerrar.

A “poesia sonora”, embora há muito não seja exatamente uma novidade, tem suas raízes, ainda conforme Philadelpho Menezes, fixadas na “poesia fonética das vanguardas futuristas e dadaístas do início do século.” (MENEZES)

Mas não são apenas alguns ecos das vanguardas do início do século passado que podem ser percebidos em neonão. É fragrante sua aproximação, seu diálogo, com outros trabalhos de “poesia sonora” que tiveram, entre seus criadores e representantes mais significativos, nomes como Kurt Scwitters e Jaap Blonk. Aqui no Brasil, atualmente, vale destacar neste sentido os trabalhos de Márcio-André, Marcelo Sahea, Ricardo Aleixo, entre outros.

A primeira faixa de NEONÃO, “EE TU MAO”, demonstra o tom que permeia grande parte do trabalho: o esvaziamento do sentido semântico da palavra, uma desconstrução do léxico até sua transformação em pequenas unidades fonéticas fraturadas, fragmentadas. Tudo complementado pela melodia e pelo ritmo que, juntos, reconstroem significados alinhavados junto às palavras, então despidas de sua habitual carga de plurissignificações previamente codificadas.
“caracter”, cujo ritmo lembra o barulho cadenciado das linhas de montagem, deixa nas entrelinhas uma crítica não exatamente a pop-art em si, mas à pasteurização que foram submetidos certos segmentos da arte pós-moderna.

“atlas”, com um arranjo que parece misturar Bach e berimbau, nos atenta para o caráter de intertextualidade presente em NEONÃO. Intertextualidade que é levada a termo na medida em que tanto os elementos humanos, orgânicos, junto aos elementos eletrônicos, tecnológicos, dialogam entre si o tempo todo, construindo a si mesmo e ao outro, numa relação simbiótica. É o discurso poético agindo sobre a melodia da voz e do instrumento e vice-versa. Interação intertextual instantânea.

A coloquialidade, assim como na poesia contemporânea de maneira geral, está presente em NEONÃO. Mas, neste último, a coloquialidade não se faz presente apenas pelo uso de expressões tomadas ao léxico diário, cotidiano, e sim a alusão à situações que constroem o lócus de alguns poemas, como em “réquiem” ou “céu dos olhos”. Silviano Santigo, a propósito da coloquialidade em relação a literatura produzida no Brasil a partir de 1964 escreveu: “[...] prefere se insinuar como rachaduras em concreto, com voz baixa e divertida, em tom menor e coloquial” (SANTIAGO, 2002).

Conforme já mencionado anteriormente, a poética de neonão, do ponto de vista de execução, não traz nenhuma novidade que já não tenha sido devidamente investigada pelos movimentos de vanguarda. Todavia, tanto nos primórdios do “dada” como no contexto pós-moderno artístico atual, essa “poesia sonora”, ou conforme a própria definição de Wilmar Silva e Francesco Napoli, “poesia biossonora”, para fazer sentido enquanto manifestação artística, literária, necessita de algo mais que o suporte oferecido pelos livros.

À “poesia sonora” ou “biossonora” é necessário o elemento humano funcionando nem sempre como ser vivo racional, mas como um canal, uma via capaz de gerar sonoridade e sentido através da melodia dos instrumentos e do próprio idioma, na voz do intérprete. Além do mais, uma mera junção dos elementos acima enumerados, por si só, não poderia validar tal tarefa como artística ou poética. Ao ler os poemas no encarte e escutar o CD, ou ter a oportunidade de presenciar a performance da dupla ao vivo, fica a certeza de que a interpretação, a performance do trabalho é um dos pilares da “poesia biossonora”.

E tal performance só faz sentido, plenamente, quando executada ao vivo, para um coletivo de pessoas. Nisso, o conjunto de poemas em NEONÃO perde para uma performance ao vivo dos mesmos poemas. Não há dúvida de que o registro em CD é válido, mas se a proposta é fazer “poesia biossonora”, nada mais coerente que essa poética só possa ser apreciada em sua plenitude quando presenciada ao vivo.

Na faixa “iiii” (sim, é esse o título do poema!) que soa como um híbrido de mantra hindu e guitarras pós-punk-pinkfloydianas fantasmagóricas, há quase uma relação de simbiose entre os elementos do poema, em que cada uma das partes só sobrevive, só faz sentido, junto às outras. Ocidente e oriente entrelaçados. Tal simbiose fica ainda mais evidente e apreciável em “outono”, que traz uma melodia que também evoca ares orientais.

“Anu”, aqui presente sob a forma de um excerto do longo poema de Wilmar, ganha ritmo e melodia hipnóticos. A poesia de NEONÃO, para melhor ser apreciada, requer, exige a presença, enquanto performers, de seus criadores para ser apreciada plenamente.

O flerte com a etnopoesia, visível em alguns dos trabalhos de Wilmar Silva que também estão representados no CD, também dá as caras em NEONÃO através do “poemeto ecológico para a amazônia”, referência, reverência, homenagem aos índios, sistematicamente erradicados desde a chegada dos colonizadores portugueses em terras brasileiras, e a “chico mendes”, mártir da causa da floresta amazônica.

Enfim, pode ser dito que NEONÃO, de Wilmar Silva e Francesco Napoli, representa um passo interessante em busca de uma poesia, de um pensar e fazer poéticos que não se prendam exclusivamente aos limites impostos pelo branco da página, mas que consigam construir significados independentemente do sistema léxico em que são executados. É uma caminhada rumo a essência da poesia, forma de arte intrínseca à humanidade.
por Leonardo Morais

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – EE Tu Mão – Wilmar Silva
02 – Caracter – Wilmar Silva
03 – Réquiem – Wilmar Silva
04 – Atlas – Wilmar Silva
05 – Eu Te Blue – Wilmar Silva
06 – Céu dos Olhos – Wilmar Silva
07 – White – Wilmar Silva
08 – iiii – Wilmar Silva
09 – Estuário – Wilmar Silva
10 – Outono – Francesco Napoli
11 – Anu – Wilmar Silva
12 – Saudade Dada – Fernando Pessoa
13 – Chaparral – Wilmar Silva
14 – Poemeto Ecológico Para a Amazônia – Luiz Edmundo Alves
15 – Íris Retinas – Wilmar Silva
16 – X – Wilmar Silva
17 – Atilho – Wilmar Silva

Falcatrua – Urbano (2011)

A banda Falcatrua gravava no Rio de Janeiro seu quarto álbum quando o vocalista André Miglio e o baixista Danilo Guimarães ficaram sabendo que os seus então baterista (Glauco Mendes) e guitarrista (Gleison Túlio) não iriam continuar. Dois músicos, que já tinham uma relação estreita com a banda, foram chamados para ocupar os postos: o baterista Luis Lopes (do Virna Lisi, tocou na primeira formação do Falcatrua) e o guitarrista Léo Lachini (ex-Tianastácia, tinha substituído Gleison em alguns shows do próprio Falcatrua). Só que bateria, baixo e metade das guitarras já haviam sido gravados. “Chico Neves (que produzia o álbum) nos propôs regravar tudo, o que foi muita generosidade da parte dele”, afirma Miglio.

No fim das contas, a mudança foi superpositiva. Urbano, o novo álbum – que será apresentado integralmente na noite de hoje no projeto Esquema novo, parceria do programa Alto-falante, da Rede Minas, com a Fnac – traz uma sonoridade que a banda almejava há tempos. “Com a mudança das peças, pudemos entrar mais na história do rock, deixando a brasilidade surgir naturalmente. Também o encontro com Chico foi imprescindível para que isso acontecesse, pois ele fez sugestões bem sutis em cima da nossa proposta, que traz um som do nosso momento, mais contemporâneo.”

Urbano reúne 10 faixas, todas autorais. Uma parte delas já existia há algum tempo; outra, ganhou corpo durante o processo de gravação, já com os novos integrantes. Pedras rolando, por exemplo, que fecha o álbum, foi finalizada no estúdio, quando a maior parte havia sido registrada. “Houve algumas em que mudamos o arranjo. Não quero ser só era meio reggae, e não havia nos convencido, estava meio largada. Com o Léo e o Luís, ela ganhou corpo, com um trompete no fim. Ficou meio Tarantino, um espetáculo.” A mixagem foi realizada na Inglaterra por Tchad Blake, que traz no currículo trabalhos com Elvis Costello, Peter Gabriel, Dandy Warhols e Pearl Jam. O disco é lançado já com um remix, assinado por Henrique Portugal, tecladista do Skank, da canção Menina. Cheia de groove, até sua letra convida para a pista.

Para um grupo que já flertou com samba, Urbano aponta para outro caminho. O rock é a tônica, mas aqui ele aparece diverso e, o mais importante, atualizado. O Falcatrua está completando sua primeira década. Traz na bagagem três álbuns: Álbum de família (feito em parceria com os grupos Armatrux e Trampulim), Falcatrua pau de arara espacial e Vou com gás, este com versões roqueiras de canções do repertório de Tim Maia. “Acho que, depois de ter experimentado várias coisas, pudemos saber em que funcionamos melhor. E sou um cara muito ligado ao rock and roll, mas minhas maiores referências não eram. Acabei vendo que hoje fico mais à vontade com o rock do que com a MPB, mesmo gostando muito”, conclui Miglio. Depois do showcase de hoje, o Falcatrua pretende fazer show de lançamento completo no inicio de julho.
Mariana Peixoto - EM Cultura

Preço – R$20,00

Faixas:
01 – Urbano – André Miglio e Danilo Guimarães
02 – Por Merecer – André Miglio e Danilo Guimarães
03 – Não Quero Ser Só – André Miglio
04 – Menina – André Miglio
05 – Tudo Termina em Nada – André Miglio
06 – A Vida é Tudo – André Miglio
07 – Paixão dos Asteróides – André Miglio
08 – A Vida é – André Miglio
09 – Eu Vou Pra Você – André Miglio
10 – Pedras Rolando – André Miglio e Danilo Guimarães

Cachaça com Arnica - Samba da Roça (2011)

Aguardente, branquinha, cachaça... Ou melhor ainda, Cachaça com Arnica! Reza a tradição que a junção da cachaça com a raiz da arnica serve como remédio para tudo, desde a simples torção até para um ferimento grave. Assim é esta banda homônima, remédio para todos os males.

Grupo de samba de raiz e chorinho, o Cachaça com Arnica, criado em 1998 na cidade de Itabirito, em Minas Gerais, resgata e valoriza a cultura popular mineira em suas letras, que retratam acontecimentos bem humorados vividos pelos compositores, envolvendo personagens reais que integram o universo dos artistas. A cultura de raiz acompanhada pelo samba de raiz, chorinho e marchinhas. Além das músicas de própria autoria, no cardápio, músicas de Adoniran Barbosa, Aldir Blanc, Ary Barroso, Ataulfo Alves, Cartola, Chico Buarque, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Dorival Caymmi, João Bosco, João Nogueira, Gonzaguinha, Nelson Sargento, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Zé Kétti, entre outros. Outro resgate, daquelas músicas que estão esquecidas das rádios.

O Cachaça com Arnica possui uma carreira marcada por participações em eventos de grande porte que já reuniram mais de 10 mil pessoas, como o conhecido Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana. Por duas vezes, participou da Multiminas, feira de negócios que acontece no Parque de Exposições Expominas, em Belo Horizonte. De 2000 a 2011, fez marcantes participações na Julifest. Tocou também no Fórum das Artes 2005 e 2006, em Ouro Preto, no Festival de Inverno de São Gonçalo do Bação e no projeto Rota Cultural MBR, que circula em vários municípios mineiros.

O Cachaça com Arnica também atua em bares, restaurantes e teatros de Minas Gerais, sempre atraindo platéias de todas as faixas etárias. Atualmente, o grupo integra a cartela de bandas que se apresentam semanalmente no Gamboa, na Savassi, em Belo Horizonte. Em 2011, foram mais de 50 shows, com destaque para o Carnaval de Conceição de Mato Dentro, 28º Congresso Mineiro de Municípios no Expominas, Aniversário do Bar do Luiz Fernandes em São Paulo, Festival de Inverno de Mariana, Festival Cultural de Inverno de Monte Sião, 21º Julifest, Ação e Cidadania Coca-Cola, entre outros.

Em Novembro de 2011, o Cachaça com Arnica lançou o CD intitulado “Samba da Roça”, que consolidou a trajetória de 12 anos do grupo. O disco, patrocinado pela VDL Siderurgia por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, foi gravado em abril deste ano e possui 11 faixas que abordam vários temas. “Samba de alto nível. Parabéns pelas composições”, comentou Vander Lee. “O grupo Cachaça com Arnica faz samba com gosto de Minas”, escreveu Walter Sebastião no Jornal Estado de Minas.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Samba Dentro de Mim – Márcio Lima “Fuim” e Pirulito da Vila
02 – Firvi de Raiva – Márcio Lima “Fuim”, Eraldo Soares, Marcelo Lima, Pirulito da Vila, Manuel de Assis e Nilberto Braga
03 – Breque do Péia – Márcio Lima “Fuim”
04 – As Meninas de Neuza – Márcio Lima “Fuim”
05 – Mercearia Paraopeba – Pirulito da Vila
06 – Pensava Que Não Ia Mais Sofrer – Márcio Lima “Fuim”
07 – Cachaça Com Arnica (Instrumental) – Márcio Lima “Fuim” e Pedro de Assis
08 – Camelô – Pirulito da Vila
09 – Jogando Paz, Extinguindo a Guerra – Márcio Lima “Fuim”
10 – O Tombo da Tia Lilia – Márcio Lima “Fuim” e João Bosco Lima
11 – Samba da Tia Inês – Pirulito da Vila

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Túlio Rangel – Astronauta (2011)

Após 10 anos de composição e aperfeiçoamento, Túlio Rangel lançou em dezembro de 2011 o seu primeiro CD; Astronauta, inteiramente autoral.

Com uma voz rara e poderosa, expressa sua visão, hora imparcial, hora tomada de sentimento, mas sempre intensa. “...tudo o que eu sei fazer é falar sobre a vida, expressar minha alegria ou a dor das feridas, seja com palavra, som ou imagem...”. Viajante cósmico, o Astronauta busca inspiração no Universo e no cotidiano para dizer ao mundo o que pensa.

Túlio acredita que não existem elementos novos, mas que a autenticidade garante uma nova forma de fazer canção.  Eclético e denso, compõe para “denunciar” o que considera “inadequado” no comportamento humano, resultando em canções irônicas que não perdem em sutileza e beleza.

O disco foi produzido pelo próprio Túlio Rangel, com o apoio de Jairo de Lara, arranjador, produtor, instrumentista e compositor e do técnico de som Eloísio Oliveira. Este jovem talento construiu seu primeiro álbum com maturidade, é o que demonstra a ficha técnica no mínimo respeitável, pois ele assina como produtor, compositor, cantor, múlti – instrumentista e fotógrafo.

O álbum “Astronauta” conta com participações importantes como a do baixista Vagner Faria, da cantora Violeta Lara, do baterista Quinho Neiva, e do próprio Jairo de Lara como flautista, saxofonista, percussionista e vocal de apoio, entre outros músicos.

Já foi convidado para três entrevistas por Tutti Maravilha, produtor e apresentador do programa Bazar Maravilha, da Rede Inconfidência de Rádio, despertando assim o interesse do público que desde então faz pedidos musicais pelo telefone.Tutti o apadrinhou e o batizou de Astronauta, que veio a ser o título do  álbum. 

As canções e vídeos também vêm atingindo marcas de acessos e “downloads” muito relevantes na internet em sites de relacionamento como Youtube, Palco MP3, Facebook e Myspace.

Túlio Rangel
Em 2001 estudou canto popular na Babaya  Escola de Canto. Fez também aulas de Violão Popular com Ricardo Trigueiro. Mais tarde, em 2004, se aprimorou no CEFAR (Centro de Formação Artística do Palácio das Artes), onde cursou canto lírico e violão erudito.

Também foi produtor e percussionista das bandas de reggae Safári Sonoro e Kaya Jah por dois anos
Já em 2007, produziu e interpretou Saraus de Música e Poesia junto ao maestro cubano Pepe Calderon, apresentados na Serra do Cipó-MG.

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Peixe Fresco – Túlio Rangel
02 – Capim Seco – Túlio Rangel
03 – Clichê – Túlio Rangel
04 – A Mulher Paradoxo – Túlio Rangel
05 – Na Roda de Fogo – Lu Izidoro e Túlio Rangel
06 – 0 Homem Galáctico – Túlio Rangel
07 – Espiral Sorriso – Túlio Rangel
08 – Flor de Caqui – Túlio Rangel
09 – O Palhacinho e a Palhacinha – Túlio Rangel
10 – Tutti Buona Gente – Túlio Rangel
11 – 25 Centávu Pá Pagá u Zé – Carlos Augusto, Limão, Walmey Ataíde e Túlio Rangel
12 – Profecias e Ilusão – Túlio Rangel
13 – Andarilho – Walmey Ataíde, Fernando Picardi e Túlio Rangel
14 – A do Piano – Túlio Rangel

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Top 19 da música mineira em 2011

Começo de ano é sempre assim, começam aparecer centenas de listinhas com as melhores disso & daquilo, melhores discos, melhores músicas, então tá, neste ano (2012) resolvi botar na roda 19 músicas, escolhidas por mim, são músicas de CDs gravados no ano de 2011, todos de artistas/bandas mineiros, a primeira etapa foi escolher os lançamentos, depois a música do CD.

Foi ótimo escutar todos os 19 CDs e escolher a música para entrar na coletânea, letra, melodia, harmonia, tudo me chamava muito à atenção, estilos e gêneros variados.

Não tem o melhor, coloquei as músicas na ordem alfabética por artistas, e não é que depois que eu escutei as músicas nesta sequência bateu bem a onda, dá vontade de escutar até o fim, uma por uma.

Gostaria de salientar que esse é o meu universo musical, coloquei por aqui músicas de artistas com quem troco figurinhas, amigos, parceiros, são CDs do projeto A Música que vem de Minas, uma pesquisa que eu já venho desenvolvendo desde junho de 2002, neste período já cadastrei mais de mil títulos de CDs e DVDs, de todo o estado.

Todos os títulos aqui postados se encontram a venda no blog, a idéia é dar uma pequena amostra do perfil da nova música feita em Belo Horizonte, aproveito para dizer também que muitos destes trabalhos são inéditos na vida dos artistas/bandas aqui presente, muita gente gravou seu primeiro CD em 2011, o ano foi simplesmente favorável para a cena musical mineira.
Pode baixar, escutar e comentar...
*por Edu Pampani

Faixas
01 - André Limão Queiroz - Emoções Contemporâneas (Laércio Vilar e Beto Lopes)
02 - Black Sonora - Sambar Pra Que! (Ronan Teixeira)
03 - Capim Seco - Santos e Luz (Mestre Jonas, Mário Ferreira e Miguel dos Anjos)
04 - Déa Trancoso - Obikawa (Déa Trancoso)
05 - Diapasão - Menino (Alexandre Andrés)
06 - Esdra Nenem Ferreira - Samba da Mamãe (Neném e Lourdes)
07 - Ezequiel Lima - O Lobo do João (Ezequiel Lima e Marku Ribas)
08 - Flavio Renegado - Sai Fora (Flávio Renegado)
09 - Garbo - Babilônia 336 (Garbo)
10 - Graveola - Lindo Toque (José Luís Braga e Luiz Gabriel Lopes)
11 - Julgamento - O poder da palavra (Julgamento)
12 - Juliana Perdigão - Fio Desencapado (Makely Ka)
13 - Marcos Frederico – Esperando a Chuva (Marcos Frederico e Rômulo Marques)
14 - Músicas do Espinhaço - Perereca-de-pijama (Bernardo Puhler)
15 - Patricia Ahmaral - Desejo de Flor (Vander Lee)
16 - Patricia Lobato - Artimanhas (Renato Motha e Malluh Praxedes)
17 - Rodrigo Borges - Qualquer Palavra (Tatta Spalla e Rodrigo Borges) Part. Especial: Lenine
18 - The Hell's Kitchen Project - Ibiza (JL Barroso)
19 - Transmissor - Vazio (Thiago Corrêa e Helder Lima)

Música Maestro!!!

Constantina – Haveno (2011)

Com uma estética minimalista e delicada, o Constantina têm figurado como uma das bandas mais interessantes da nova seara do rock instrumental. Os arranjos são trabalhados de maneira experimental, com um uso inteligente de guitarras e sutis interferências eletrônicas, sempre aberto ao improviso.

Merece também destaque a preocupação do grupo com a linguagem visual do Constantina. O projeto gráfico dos discos, desenvolvido pelo designer Bruno Nunes, também músico e integrante da banda, se estendem em diálogo intenso com o som produzido. Capas dos discos, cartazes dos shows e outras peças sempre primaram pelo desenvolvimento de uma linguagem própria, em consonância com a linguagem musical da banda.

A proposta de fazer essa conjugação das visualidade com a linguagem musical não é novidade para o Constantina. No trabalho anterior, gravado em 2008 quando a banda ainda era um sexteto, ¡Hola Amigos...! registra muito bem esse casamento. Produzido em home studio, o álbum apresenta quatro passeios sonoros distintos que também aparecem no conceito gráfico. É um trabalho mais coeso e pop, calcado em elementos mais enxutos.

Fazem parte ainda da discografia da banda os álbuns de estúdio Jaburu (2006), Constantina (2005), além de outros álbuns ao vivo e
participações em coletâneas. O grupo mineiro já teve a oportunidade de tocar em uma dezena de festivais e casas dedicadas à música independente pelo Brasil, incluindo as cidades de São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro.

Em março de 2011, o Constantina foi convidado a participar do Festival South by Southwest (http://sxsw.com). O Festival, conhecido por ser um dos maiores festivais de música independente do mundo, contou nessa 25a. edição com nomes conhecidos, como Strokes,
Man Man, Joan of Arc, Cold War Kids.

Na atual formação - com sete integrantes - o Constantina está trabalhando na divulgação de seu quarto álbum gravado em estúdio, Haveno. Palavra tomada da língua franca internacional Esperanto, Haveno significa porto. O conceito do disco está inteiramente ligado ás idas e vindas do mar e a seu movimento natural de expansão e contração. O porto, lugar de chegada, é também o local da partida para novos caminhos e novas possibilidades. O álbum cria imagens sonoras que partem de uma calmaria depois das tempestades, mas que sempre antevê novas viagens.

Gravado pelo selo independente La Petite Chambre, o novo trabalho foi lançado oficialmente em setembro de 2011.

Preço – R$20,00

Faixas
01 - Imobilidade Tônica
02 - Azul Marinho
03 - Juan, El Marinero
04 - Benjamin Guimarães
05 - Bagagem Extra
06 - Pequenas Embarcações
07 - Monte Roraima

Todas as músicas compostas por Constantina

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Nivaldo Ornelas – Ao Vivo (2011)

 
Ao bancar o próprio trabalho, o artista independente acaba pagando um preço às vezes caro por tudo que produz. Que o diga Nivaldo Ornelas, que está lançando seu primeiro DVD quatro anos depois da gravação, ao vivo, do show no projeto Rio Jazz Instrumental, no Teatro Caixa Cultural, do Rio de Janeiro. “Como sou meu próprio mecenas e DVD é um produto muito caro, acabei me bancando”, explica o saxofonista, cujo reconhecido talento acabou garantindo o patrocínio de algumas empresas para o projeto.

Na opinião de Nivaldo, o DVD é uma mídia fantástica para a divulgação da música instrumental. “Hoje, as pessoas preferem o DVD ao CD”, constata, salientando o fato de as pessoas também estarem baixando tudo via internet. Com repertório montado em função dos convidados, Nivaldo Ornelas – Ao vivo surpreende pela adesão do saxofonista ao samba. “Sou um mineiraço”, posiciona-se, sem desprezar o samba de origem baiana, que acabou encontrando terreno fértil em terras cariocas.

O filho Mayo, de 37 anos, segundo admite, pode até ser considerado um sambista, ainda que a música não seja seu objeto de trabalho. Profissionalmente, o cavaquinista é desenhista e trabalha com publicidade.

De sua autoria, inéditas, Nivaldo gravou as faixas Tijuca, Sob controle (originalmente feita para o festival Estação Viçosa, da Zona da Mata) e Dina, cadê você?. Entre as releituras não poderia faltar um clássico do samba: A flor e o espinho, de Alcides Caminha, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho.

Mas também há um clássico da Broadway, You go to my head, de Gillespie, Haven, Coots e J. Fred, enquanto o Samba de Orfeu, de Luiz Bonfá e Antonio Maria, vem da trilha do filme Orfeu negro, do diretor Marcel Camus, inspirado em peça de Vinicius de Moraes com música de Tom Jobim.

O lançamento anterior de Nivaldo Ornelas foi Fogo e Ouro, disco de repertório autoral, inédito. Com cerca de 16 trabalhos lançados, o saxofonista também gravou outros em parceria com Juarez Moreira, Ricardo Leão e Márcio Rezende. Criado em família musical, já na infância Nivaldo integrava o grupo de seresta dos pais Revivendo o Passado, mais tarde rebatizado Revendo o Passado. Aos 11 anos, foi estudar música na escola, e aos 15 já tocava em festinhas. Integrado aos famosos conjuntos de Célio Balona e Gilberto Santana, em 1971 ele acabaria se mudando para o Rio de Janeiro.
*por Ailton Magioli - EM Cultura

Preço – R$35,00

Faixas
01 - Tijuca - Nivaldo Ornelas   
02 - Sob Controle - Nivaldo Ornelas   
03 - Dina, cadê você? - Nivaldo Ornelas   
04 - A Flor e o Espinho - A. Caminha , G. Brito e N. Cavaquinho       
05 - You Go To My Head - Gillespie, Haven, Cotts e J. Fred   
06 - Roque Novo - Nivaldo Ornelas       
07 - Samba de Orfeu - Luiz Bonfá e Antônio Maria      

Patricia Lobato – Suspirações (2011)

Ouvi pela primeira vez a cantora mineira Patrícia Lobato no CD “Planos”, lançado no Japão, ficando sumamente impressionado com suas interpretações, demonstrando firmeza absoluta da sua voz de belíssimo timbre e alta sensibilidade.

Em seu novo CD SUSPIRAÇÕES, gravado em janeiro e fevereiro deste ano, Patrícia é acompanhada por Renato Motha (violão, guitarra, voz, arranjador e produtor), Tiago Costa (piano e teclados), Sylvinho Mazzucca ou Kiko Mitre (baixo), André Queiroz “Limão” (bateria) e Serginho Silva (percussão), ela interpreta 14 novas composições, sendo 13 de autoria de Renato Motha com versos da poetisa e escritora Malluh Praxedes (“Meu Revirado Coração”, “Coração Desmontado”, “Gabriel”, “Tardes Castanhas”, “Quando Abri a Porta”, “Artimanhas”, “O Homem Que Quero”, “Manhas”, “Seja Como For”, “Nosso Estranho Mundo”, “Doce Lampejo”,” We Still Have Time”, com versão em inglês de Cláudia Mol, e “Doce Menino”), além de “Tudo o Que Você Queria”, de Renato Motha.
 
Nesta magnífica produção Patrícia reafirma suas qualidades que tanto me impressionaram como cantora extraordinária de amplos recursos, cuja arte deve ser devidamente apreciada ao valorizar sobremaneira os versos primorosos de Malluh Praxedes.

A firmeza de sua voz de belíssimo timbre sempre uniforme, muito sentimento e técnica incomparável pela forma como sustenta a emissão das notas sem qualquer hesitação são atributos que a colocam num plano de amplo destaque em nossa música. Devem ser realçados os arranjos e os imaginativos acompanhamentos de Renato Motha ao violão, ocasionalmente também em efetivos vocalises, bem como a atuação da ótima seção rítmica que valoriza sobremaneira a música deste CD, que desde já antecipa-se como “O melhor CD vocal de 2011″.

Nestes tempos em que as mediocridades são exaltadas pela mídia, em que berros sem nexo e pulos no palco são aplaudidos delirantemente, é reconfortante ouvir uma cantora como Patrícia que transmite sua arte com talento e dignidade, proporcionando aos ouvintes momentos de rara beleza e enlevo.
*por José Domingos Raffaelli

Preço – R$30,00

Faixas
01 - Meu revirado coração – Renato Motha e Malluh Praxedes
02 - Coração desmontado – Renato Motha e Malluh Praxedes
03 - Gabriel – Renato Motha e Malluh Praxedes
04 - Tardes castanhas – Renato Motha e Patricia Lobato
05 - Quando abri a porta – Renato Motha e Malluh Praxedes
06 - Artimanhas – Renato Motha e Malluh Praxedes
07 - O homem que quero – Renato Motha e Malluh Praxedes
08 - Manhas – Renato Motha e Malluh Praxedes
09 - Seja como for – Renato Motha e Malluh Praxedes
10 - Nosso estranho mundo – Renato Motha e Malluh Praxedes
11 - Doce lampejo – Renato Motha e Malluh Praxedes
12 - We still have time – Renato Motha, Malluh Praxedes e Cláudia Mol
13 - Tudo o que você queria – Renato Motha
14 - Doce menino – Renato Motha e Malluh Praxedes

Luiz Marques – Mira Certa (2011)

Luiz Marques lança em 2011 seu quarto CD - "Mira Certa" com dez canções autorais e participação de grandes músicos mineiros como: Célio Balona, André Campagnani, Sérgio Rabello, Célio Balona, Rogério Delayon, Frederico Heliodoro, Serginho Silva.

O guitarrista e violonista Juarez Moreira foi o convidado especial na faixa Tudo Será. O CD foi produzido por Luiz Marques e Geraldo Vianna. Os arranjos foram elaborados por Geraldo Vianna.

Luiz Marques fez o lançamento do CD "Mira Certa" em Belo Horizonte, no dia 31/08/2011 no teatro da biblioteca pública. Atualmente o cantor e compositor está realizando uma turnê pelas cidades históricas de Minas Gerais, entre elas Diamantina, Ouro Preto, São João Del Rey, Tiradentes e Sabará divulgando as novas canções do novo trabalho.

O artista, também, está em fase de pré-produção de seu primeiro DVD que será gravado em 2012.

Preço – R$20,00

Faixas
01 - A espera do Amor
02 - Tudo Será
03 - Mira Certa
04 - Tudo Certo
05 - Sino
06 - Campo Dos Girassois
07 - Ela No Jardim
08 - Em Cima Da Hora
09 - Itacoatiara
10 - Maracatu Derradeiro           

Todas as músicas são de Luiz Marques

The Hell’s Kitchen Project – A Hell of a Day (2011)

Apenas vocal, baixo e bateria. Essa inusitada formação é a fórmula da The Hell's Kitchen Project, uma das bandas mais interessantes surgidas recentemente na cena belo-horizontina.

O álbum A hell of a day chega para coroar o trabalho do grupo, que há cinco anos mistura rock, electro e batidas dançantes. Por mais diferente que possa parecer, o som é de alto nível e faz o público superar rapidamente a ausência de uma guitarra no palco. “Muita gente ainda estranha quando vê a banda pela primeira vez. Mas a gente compensa isso com muita energia ao vivo. Então, no fim do show já está todo mundo acompanhando”, avalia o baterista Leo Braca.

Formado em 2006, o trio, que conta também com o baixista Fernando Craviée e o vocalista Jon Bazko, resolveu abandonar o instrumento de seis cordas por conveniência. “Éramos de outra banda, que acabou. Mas continuamos com a vontade de tocar e resolvemos tentar sem guitarrista mesmo”, recorda Leo Braca. “Quando entramos no estúdio pela primeira vez, o som saiu tão fácil que vimos que podia dar certo”, conta. De lá para cá, a banda fez inúmeros shows em BH e no interior de Minas e também rodou por festivais pelo Brasil, passando por Bahia, São Paulo e Pará.

Para a gravação de A hell of a day, o trio convidou o produtor Chico Neves, que já trabalhou com nomes como Los Hermanos, o Rappa e Hebert Viana. “Conhecemos o Chico por um amigo em comum e ele abraçou a idéia do disco. Tivemos um diálogo muito bom no estúdio, ele deu muita liberdade para a banda e deixou tudo aberto para o que queríamos fazer”, avalia o baterista.

Além de virar parceiro, o produtor presenteou a banda com uma mixagem no exterior. “Foi uma surpresa. Estávamos finalizando a montagem depois da gravação, quando ele disse que ia mandar para a Inglaterra, para ser mixado lá por um parceiro”, explica Leo Braca. O responsável em questão foi Ben Fingley, que tem no currículo trabalhos com Paul McCartney, Jeff Beck e Sting. O calibre do profissionalismo no estúdio deixa bem claro o caminho que o grupo quer percorrer daqui para a frente. “Pensamos na banda como produto de exportação mesmo. Queremos consolidar o nosso público aqui, mas há sim a intenção de tentar alguma coisa no exterior”, detalha o baterista.
*por João Renato Faria - Portal UAI

Preço – R$20,00

Faixas
01 – Fasten Yr Seat Belts + Ferris-Wheel – Leo Braca
02 – Nova – Leo Braca
03 – Threat Detected – JL Barroso
04 – Ibiza - JL Barroso
05 – Corruption is our Proposal - JL Barroso
06 – Nouvelle Vague - JL Barroso
07 – Loft - JL Barroso
08 – Unbalande – Leo Braca
09 – One Day as a Lion - JL Barroso
10 – Balboa - JL Barroso e Leo Braca

Ezequiel Lima – Continental Dancing (2011)

Personagem da zona boêmia de Belo Horizonte, na década de 1960, onde comandava o Continental Dancing, o saxofonista Antônio Lima Sobrinho, mais conhecido como “O Príncipe", é a fonte de inspiração do segundo disco solo do filho e contrabaixista Ezequiel Lima, de 62 anos. “Cheguei a ir na gafieira uma vez, mas como era criança, ele não deixava ficar”, recorda, com carinho, do pai, que também acabaria responsável por introduzir o filho no universo musical, ao lhe dar o violão “pendurado” na casa noturna por um cliente endividado. Localizada ao lado do Clube Montanhês, à gafieira da Rua Guaicurus, na esquina de Rua São Paulo, deixou saudades, além de fazer escola.

“Sabendo que eu gostava do instrumento e que meu irmão não ia me deixar entrar na banda dele, meu pai acabou me colocando no meio musical. Dali, fui embora”, recorda Ezequiel, que, pouco tempo depois, por iniciativa própria, já se tornara baixista do conjunto Brasa 4, no qual foi tocar na adolescência. Somente anos mais tarde, decidido pelo novo instrumento, foi se aprofundar no contrabaixo com Héctor Espinosa, professor da Fundação de Educação Artística (FEA), com o qual aprendeu inclusive a ler partitura, além do guitarrista Juarez Moreira, que também lhe ensinou muito de teoria.

Eleito melhor composição, pelo júri popular do Prêmio BDMG Instrumental de 2002, o choro Continental Dancing lidera o repertório do novo CD de Ezequiel Lima. Selecionado na Conexão Vivo 2011, na categoria gravação e circulação de espetáculo musical, o disco trará o baixista cantando pela primeira vez, ao lado de amigos. “É um trabalho instrumental variado, que também terá algo comercial”, anuncia o instrumentista, que, para tanto, contou com a colaboração de letristas como Sílvia Pinheiro e Valéria Costa Val, em algumas composições. Ronaldo Bastos e Murilo Antunes também poderão assinar letras.

Valsa (Trapézio), blue-bolero (Light in bluelero), merengue (Batman e Carona de avião), funk (Andando sem compromisso), samba (Canal mil), balada (Ato nº 2) e o que classifica de uma “gozeira” (És tu, my love) em cima das pessoas que falam “portinglês” estão no repertório de Continental Dancing. Com o disco, Ezequiel Lima promete usar e abusar dos ritmos da gafieira, usando para isso desde o baixo acústico ao piston, passando pelo piano e bateria de vassourinha, obviamente. “Quero fazer um disco com meus amigos”, anuncia, antecipando que, além de instrumentistas – entre os quais o filho Carlinhos Lima (violão e teclado), convidará cantoras para dividir com ele a interpretação das canções.

Além de músicos de sua atual banda – Cristiano Caldas (piano), Fabinho Gonçalves (violão e guitarra) e Eugênio Aramuni (guitarra) – Ezequiel vai contar com instrumentistas convidados na gravação do disco, entre os quais Célio Balona (acordeom), Marilton Borges (piano) e o inseparável Esdra “Neném” Ferreira (bateria), com o qual comandou a mais suingada “cozinha” musical mineira das últimas décadas. O baixista iniciou carreira aos 22 anos, tocando no Conjunto Célio Balona. Posteriormente, formou reconhecido trio da noite mineira, ao lado do violonista-guitarrista Juarez Moreira e do baterista Neném.

Ao se tornar bandleader, ele gravou o primeiro disco Outra história, de 2000, prosseguindo, paralelamente, na carreira de músico acompanhante de artistas como Toninho Horta, Elza Soares e Dominguinhos, além de Juarez Moreira. Em 2006, o baixista excursionou pelo Sul/Sudeste com a maestrina e cantora Zélia Vaz e o cantor Mácleim, dentro da programação do Projeto Pixinguinha. Mais recentemente, Ezequiel gravou e excursionou com Marku Ribas pela ilha de Tenerife, na Espanha, e Nova Zelândia, na Oceania.
*por Ailton Magioli - EM Cultura
Preço – R$25,00

Faixas
01 – Quarta-feira –Ezequiel Lima   
02 – Não pode Parar - Ezequiel Lima e Silvia Pinheiro
03 – Trapézio - Ezequiel Lima
04 – O Lobo do João - Ezequiel Lima e Marku Ribas
05 – Medo de Chuva - Ezequiel Lima e Silvia Pinheiro
06 – Playboy Enamorado - Ezequiel Lima
07 - Continental Dancing - Ezequiel Lima
08 – Carona de Avião - Ezequiel Lima
09 – Cinema - Ezequiel Lima
10 – Bêbada - Ezequiel Lima
11 – Canal 1000 - Ezequiel Lima e Silvia Pinheiro

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Músicas do Espinhaço - Jardim do Mundo (2011)

"Embora o Músicas do Espinhaço tenha sido criado há quase dez anos, podemos dizer que nossa idade é de apenas dois já que apenas no ano passado aconteceram as primeiras apresentações e o primeiro disco publicado no mercado. O que existiu antes disso foi um embrionário processo criativo que nos torna mais vigorosos agora" relata Bernardo Puhler, cantor, compositor e idealizador do projeto.

O projeto Músicas do Espinhaço e de Outras Naturezas traz composições inspiradas nas paisagens e nos aspectos culturais da Serra do Espinhaço, maciço montanhoso que nasce em Ouro Branco na região central de Minas e termina no norte da Bahia, contemplando destinos famosos como a Serra do Cipó e a Chapada Diamantina. Ouro Preto, também inserida neste contexto, é considerada pelo grupo uma das mais significativas cidades no Espinhaço, "Vila Rica está para o Espinhaço como Nova York está para o mundo" brinca Puhler.

Alem do cancioneiro com elementos da música regional, do clube da esquina e do jazz, o trabalho se caracteriza pela recorrente interação com a imagem, seja por meio de vídeos ou de fotografias. Três dos cinco integrantes, aliás, são fotógrafos.
Outra peculiaridade do projeto é a forte conotação ambiental, que estimulou a criação de ações para a preservação das montanhas do Brasil.

O projeto Portal Serra do Espinhaço (www.serradoespinhaco.com.br), que reúne ONGs, voluntários e comercializa produtos ecológicos, germinou de ideias lançadas pelo grupo. Além disso, parte do lucro obtido na venda do cd anterior foi investida na construção de uma casa no Morro Redondo (Ipoema).

O espaço será utilizado pela comunidade local para venda de artesanato e produtos típicos. Das 1.000 unidades produzidas, mais de 600 foram doadas para a geração de recursos em outros projetos de preservação ao longo das localidades da cordilheira.

O Músicas do Espinhaço é formado por Bernardo Puhler (voz, violão, piano e flauta transversal), Pablo Maia (contrabaixo elétrico e fretless), Gustavo Campos (percussão), Matheus Félix (violino e bandolim) e Rafael Furst (violoncelo, violão e bateria).  

Preço – R$25,00

Faixas
01 - Tema de Abertura – Bernardo Puhler
02 - Perereca-de-pijama - Bernardo Puhler
03 – Canastra - Bernardo Puhler e Rafael Furst
04 - Folclore de Estrelas - Bernardo Puhler
05 - Morro Redondo - Bernardo Puhler
06 - Extrema Ponta - Bernardo Puhler e Rafael Furst
07 - Cachoeira e Sumidouro - Bernardo Puhler
08 - De Repente Cabeça de Boi - Bernardo Puhler
09 – Delicadeza - Bernardo Puhler
10 - Nossa Casa Velha - Bernardo Puhler e Rafael Furst
11 - O Encontro das Cordilheiras - Bernardo Puhler
12 - Oração ao Homem do Espinhaço - Bernardo Puhler

Ceumar & Trio – Live in Amsterdam (2010)

O trabalho é fruto de um encontro em 2006, quando Ceumar foi convidada pela Plataforma Brasil x Holanda para participar junto ao trio holandês, liderado pelo pianista Mike del Ferro, de um show em São Paulo, no Sesc Ipiranga.

Desse evento, surgiu o desejo de prosseguir numa pequena turnê pela Holanda. Foram sete shows em diversas cidades, como Amsterdã, Roterdã, Groninga e também em Antuérpia, na Bélgica, em outubro de 2006. As canções do show foram escolhidas pelo grupo dentro do repertório de Ceumar, desde "Dindinha" (2000) até o mais recente CD autoral, "Meu Nome" (2009).

Após três anos de encontros — Ceumar mora na Holanda desde 2009 — ocorreu o registro ao vivo do show realizado no Tropenteather de Amsterdã.

O álbum "Live in Amsterdam", de 2010, produzido por Mendes & Coelho Productions, traz 9 músicas, entre regravações de "Dindinha" (Zeca Baleiro), "Pecadinhos" (Zeca Baleiro/Tata Fernandes) e "Banzo" (Itamar Assumpção) e uma inédita de Zeca Baleiro — "Iá Iá".
Ainda tem as autorais "Jabuticaba Madura" e "Dança", esta em parceira com Yaniel Matos.
As cores do jazz que estes maravilhosos músicos trazem em sua bagagem se unem à voz cheia de nuances de Ceumar.

Preço – R$35,00 (importado)

Faixas
01 - Oração do Anjo - Ceumar e Mathilda Kóvak
02 - Banzo - Itamar Assumpção
03 - Dindinha - Zeca Baleiro
04 - Iá Iá - Zeca Baleiro
05 - Jabuticaba Madura - Ceumar
06 - Pecadinhos - Zeca Baleiro e Tata Fernandes
07 - Dança - Yaniel Matos e Ceumar
08 - Gírias do Norte - Onildo Jacinto Silva
09 - Gira de Meninos - Ceumar e Sérgio Pererê

Déa Trancoso – Serendipity (2011)

O primeiro álbum de Déa Trancoso, Tum tum tum, lançado em 2006, era um mergulho nas tradições de uma região, o Vale do Jequitinhonha, de onde ela veio. Uma música que se afirmava e construía sua ligação com o ouvinte a partir de características absolutamente regionais: catimbós, folias de reis, cocos, batucões, acalantos, lundus. Música regional, música brasileira, com toda a largueza de dimensões que isto acarreta.

O segundo álbum chama-se Serendipity, neologismo inglês com o significado aproximado do título deste artigo, o que já é a indicação de uma mudança. E os avisos e diferenças se sucedem: logo na abertura, Déa canta: Eu mudei, até a voz eu mudei. A canção seguinte é um blues, nada mais, nada menos. E, contraste dos contrastes, o álbum seguinte a um chamado Tum tum tum não tem percussão. Nem uma sequer. Ao contrário, à primeira escuta, soa como um álbum voz e violão.

(A propósito, o álbum pode ser ouvido online aqui: http://deatrancoso.tnb.art.br/.
Recomendo ler o artigo com as referências da música, fica muito mais interessante.)

Então possivelmente o leitor espera a frase de alívio: mas as diferenças param por aí. Mas a maior diferença ainda não foi dita, e é a fundamental: Onde Tum tum tum era um álbum de pesquisa (mas também vivência, e muito), Serendipity é autoral. E a partir deste dado é que é possível, por assim dizer, reconstruir a sua escuta, sob novas expectativas.

Serendipity é Tum tum tum em movimento ora centrípeto, ora centrífugo. Déa, que antes cantava o lugar em volta de si, agora canta o lugar dentro de si. Tudo é profundamente pessoal, a delicadeza que já transparecia (a percussão de tum tum tum era sempre delicada, mesmo sem perder a força) agora é explícita na escolha do repertório, quase que apenas de cordas dedilhadas – violões, viola, banjo, sitar, ukulele, guitarra.

E então, a partir da escolha da sonoridade instrumental dentro das sutilezas das cordas dedilhadas, vindas de diversas tradições, transparece um estado de alma – mas também um sotaque, que agora não é mais apenas do Vale do Jequitinhonha, mas pode ser de qualquer lugar.

E então é possível entender a presença não só de um blues no repertório – caso de Minha voz, mas também de uma espécie de ragga-repente como a canção O corpo, em que numa temática absolutamente pessoal, se harmonizam tradições musicais e sonoridades díspares, com um resultado quase impressionista.

Então, Serendipity, abrindo os braços para o mundo, o faz de forma totalmente intimista. Egberto Gismonti disse a Déa que Serendipity aparenta depoimento da alma.

Me faz um bem danado saber que você segue expondo sua decisão e vontade; me faz feliz sentir nas músicas a sua voz casada com a MÚSICA que te achou e adotou. Antes você “adotava ELA”, como fez no TUM TUM TUM, no Violeiro e a Cantora, e outros. ELA te achou; agora é você a responsável em GUARDÁ-LA bonita como ela se deu a você. 
* por Túlio Villaça

Preço – R$30,00

Faixas
01 – Água Serenada – Déa Trancoso
02 – Minha Voz - Déa Trancoso
03 – Bem - Déa Trancoso
04 – Oferenda - Déa Trancoso
05 – Pra Tavinho - Déa Trancoso
06 – Bordado – Chico César e Déa Trancoso
07 – Meu Colo, tua Casa – Badi Assad e Déa Trancoso
08 – Obikawa - Déa Trancoso
09 – Gismontiana 2 - Déa Trancoso
10 – Corpo - Déa Trancoso
11 – Castiça - Déa Trancoso
12 – Rapsani - Déa Trancoso
13 – Sansara - Déa Trancoso
14 – Serendipity – Rogério Delayon e Déa Trancoso